quinta-feira, 30 de maio de 2013

E aconteceu de ganharmos mais uma gata

Érima de Andrade

Cléo chegou aqui em casa com 1 mês e acaba de completar 6 meses. Chica tem 2 meses e acabou de chegar. Duas gatas pretas, lindas, e em tudo diferente uma da outra: pelo, olho, temperamento, tamanho. Mesmo assim precisam dividir o mesmo espaço, e queremos que as duas se deem bem.

Temos obtido progressos, já até brincam juntas. Mas se você está passando por isso, e não sabe o que fazer, as dicas da Juliana Carpanez, do site Diário de dois gatos, podem lhe ajudar. Como ela mesma diz, a solução pode estar bem aqui, a um bigode de distância.

As dicas servem para melhorar a relação de gatos que não se gostam (tipo terapia de casal) e também introduzir novos felinos sem que eles sofram (ou promovam) bullying.
Como sempre faço nos posts de dicas, peguei informações das melhores fontes que encontrei na internet e tentarei passá-las de uma maneira bem fácil.

Aceite e não force a amizade
Você não gosta de muita gente, que eu sei. Então imagina a treta se pusessem você para morar com essas pessoas, dividir a casa, o banheiro, o controle remoto da TV, a conexão Wi-Fi e o pacote de bolachas Calipso. Nesse caso, já seria uma grande vitória se todos se respeitassem – e com os gatos não deve ser diferente. Aceite que eles talvez não se gostem e tente fazer com que a convivência seja da forma mais pacífica e respeitosa. Se rolar isso, já é lucro.

Uia, que legal!
Você, que por padrão já serve seu gato, ganhará mais uma função quando quiser aproximar os inimigos. Será seu dever e obrigação, humano, criar um ambiente bacaninha e divertido quando os rivais estiverem próximos (vale brincar e dar petiscos, por exemplo). Pensa numa cena de faroeste, naquela hora em que os bandidos vão se enfrentar. Cabe a você tirar a música tensa de fundo e colocar um “Gangnam Style”, para acabar com o clima da briga.

Também vale recompensá-los (um jeito agradável de falar, por exemplo) sempre que vir uma situação bacana/fofa entre os envolvidos nesse climão. Por outro lado, nunca estimule ou ignore uma briga: interrompa-a com barulho, spray de água, whatever.

Assim como fazia a tia do prezinho, seu papel será indicar que ter amigos é bom e brigar é ruim. Vale até estrelinha no caderno, se for preciso.

Calma, tem pra todo mundo
Se você não gosta de dividir sua Coca Zero com estranhos, pense que o gato também pode se sentir assim. Portanto, no caso de inimizade doméstica, tenha múltiplos potinhos de comida, de água, caminhas e caixas de areia espalhadas pela casa (pelo menos um por gato). Assim, eles não terão de dividir seus recursos de sobrevivência, e a competição diminui. O mesmo vale para os new cats on the block, que acabaram de chegar a sua casa.

Prazer em conhecer. Ou não.
O site PetPlace, cheio de veterinários colaboradores, diz que a chegada de um novo gato pode sempre desestabilizar o grupo de felinos (ou um único animal). Há controvérsias, mas os especialistas aconselham que a introdução seja feita de forma gradual.

Ela deve começar com os bichos mantidos em áreas separadas por uma porta, e essa barreira vai ficando mais flexível com o tempo. Vale também fazer um leva-e-traz de objetos desses lugares, para que os animais se acostumem com o cheiro alheio.

Nesse processo, os especialistas da ASPCA dizem que cada espaço deve ter os recursos necessários para cada bicho – caixa de areia, pote de comida e de água. Eles ensinam a colocar os potes de comida separados apenas pela porta, para que um animal sinta o cheiro do outro durante uma situação prazerosa.

Depois de alguns dias, você pode abrir a porta bem pouquinho e ir aumentando esse espaço com o tempo (o período varia de horas a dias ou semanas, dependendo do grau de inimizade). Se der tudo certo, ótimo. Se der tudo errado, vale retomar a introdução do zero e demorar mais até a realização dos encontros.

O tempo para os gatos se acostumarem completamente com seus companheiros é estimado em 90 dias.

Reintrodução
O processo de introdução explicado anteriormente pode virar reintrodução, sendo usado também com gatos que já se conhecem e se odeiam. O adestrador Jackson Galaxy (gênio/mestre/sábio/ídolo) usa essa técnica, reforçando o fato de colocar potes de comida nos dois lados da porta. Assim, diz ele, o bicho pensa: “toda vez que cheiro esse gato, cheiro comida”.

O segredo é só alimentá-los dessa forma, pois os animais não sentirão o cheiro de comida em outras situações. Com isso, eles necessariamente associam o rival a uma situação prazerosa (é interessante que eles não cogitem, literalmente, comer o inimigo).

Carta na manga
O spray Feliway promete aumentar o bem estar e tem o melhor slogan do mundo: “O segredo dos gatos felizes”. Ele indica ao gato que o ambiente é seguro, fazendo com que ele não se sinta ameaçado. Testado e aprovado aqui em casa (só não gosto do preço, equivalente ao valor da felicidade em spray).

Último caso
Se você (realmente) tentar e nada disso funcionar, talvez seu caso não tenha jeito.
Alguns gatos simplesmente não conseguem viver em paz. Como o estresse e tensão crônicos não são saudáveis para as pessoas nem para os bichos, talvez seja mais humano mantê-los permanentemente separados em sua casa ou encontrar uma nova casa para um deles”, diz um texto da ASPCA. Espero, mesmo, que esse não seja o caso.” Por Juliana Conciliadora"

Que a vida com seus gatos seja uma aventura deliciosa!






  

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