quinta-feira, 28 de abril de 2011

Resfriado

Érima de Andrade

No excelente Atchiiim!, livro da Sonia Hirsch, ela explica que resfriado é uma indisposição úmida que pega principalmente o nariz, mas pode incluir garganta, brônquios, pulmões, olhos, ouvidos e sinus.

E continua: “o nariz escorre porque as mucosas do trato respiratório ficam úmidas demais, e a saída mais natural para escoar essa umidade é a protuberância nasal, que tem a vantagem de poder ser assoada (já pensou em assoar os olhos? ou as orelhas?). Também é pelo nariz que saem os espirros, com uma ativa participação da boca e da garganta.

Só o fato de não sentir cheiro e gosto já mostra o quanto a vítima está prejudicada: dois entre os cinco sentidos não funcionam. Vai ver, os olhos ainda lacrimejam e os ouvidos parecem que vão entupir. Fora isso pode haver sensação de frio ou calor, dor de garganta muito leve, estado febril passageiro.

Resfriado dá mal-estar, mas não dá febre, e é muito mais fácil de tratar do que a gripe, se a vítima agir rapidamente. Bendito o organismo que dá sinais quando fica sobrecarregado.”

No livro, A Doença como Caminho, os autores explicam que os resfriados são expressões da elaboração de conflitos.

“O resfriado sempre aflige a pessoa quando ela enfrenta situações críticas, quando se “sente entupida até o nariz” ou “está a ponto de sufocar” com algo (...) com situações frequentes de excesso de tensão, corriqueiras, mas importantes para a nossa psique; nossos desejos de fuga devido ao cansaço se manifestam pela necessidade de repouso, que assim tem uma justificativa legítima.”

“Tentamos expelir grande parte desses problemas em forma de muco. Quanto mais nos livramos deles, tanto mais aliviados nos sentimos.”

“É por isso que todo resfriado termina pondo algo em ordem e esse é um sinal de progresso em nosso desenvolvimento. Portanto, a medicina natural tem razão quando vê no resfriado um processo saudável de purificação através do qual as toxinas são expulsas do corpo; no âmbito psíquico, as toxinas correspondem aos problemas que, analogamente, são liquefeitos e expelidos. Corpo e alma saem fortalecidos da crise, até a próxima vez em que as coisas “ultrapassarem o limite do nariz”...”

Se aconteceu com você, se o seu organismo está sobrecarregado, é hora de se cuidar. Resfriados acontecem porque estamos vivos e o corpo sabe se defender muito melhor do que a gente pensa, mas podemos ajudá-lo.

Descansando você contribui para seu organismo se auto-regular, diminui o gasto de energia, e às vezes isso é o suficiente para que tudo volte ao normal; assoando o nariz, eliminando o muco, pondo tudo para fora, você facilita o processo de cura, mas é importante evitar fungar quando em vez de para fora, você colocaria o muco para dentro, piorando tudo; lavando com mais frequência suas mãos para se livrar dos micróbios que ficam no ambiente; bebendo com frequência água ou chá, isso vai desintoxicando, lavando, mudando o ambiente interno; e prestando atenção às suas sensações térmicas: com frio se aqueça, com calor se mantenha protegido, nada de pegar vento ou friagem.

Massagear o rosto, bem devagar, ajuda a soltar o muco retido, e massagear os pés, dando atenção aos dedinhos, pode se revelar uma ajuda e tanto na sua melhora geral.

Resfriados são um sinal de que precisamos nos cuidar. Permita-se esse cuidado e já já, tudo volta ao normal.

Saúde!

domingo, 24 de abril de 2011

Vivendo e aprendendo

Érima de Andrade

Já cantava Elis Regina, a música do Guilherme Arantes:

“Vivendo e aprendendo a jogar
Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando
Nem sempre perdendo
mas, aprendendo a jogar.”

É isso, vivendo e aprendendo. Nós nascemos com um enorme potencial para o aprendizado e aprendemos com tudo o que nos acontece. Aprendemos inclusive quando não queremos aprender mais nada.

Aprendemos quando estamos motivados e também aprendemos por conta de uma necessidade. Aprendemos com tentativas e erros, fazendo, observando e ajustando até sair como queremos, ou como achamos que deve ser.

Aprendemos, especialmente, prestando atenção a experiência adquirida com o que já vivemos.

Nossos relacionamentos, e a convivência com os outros, também são grandes estímulos à aprendizagem, onde a principal lição a aprendermos é que não temos que mudar as pessoas, e apesar dos nossos desejos, elas mudam.

Precisamos aprender a conviver com tantas diferenças. A grande arte do ser humano é viver em grupo, e o grande desafio é manter relações de qualidade.

Aprendemos que na vida tudo, e todos, se transformam, cada um de um jeito, dentro das suas possibilidades, e ainda que alguns insistam em não se transformar, eles também estão se transformando.

A nossa tendência é permitir processos de repetição na nossa vida, é viver numa roda de repetições. O caminho conhecido parece sempre mais fácil, mesmo que a gente já saiba que ele não é o melhor. Não é o melhor, mas é o mais fácil, é o conhecido.

Para que o aprendizado aconteça, para que a vida se renove, há que fazer uma ruptura na repetição, romper com a estagnação provocada pela repetição. E se a gente já se acostumou a deixar que tudo aconteça sempre do mesmo jeito... lá vamos nós repetir os mesmos erros que já cometemos no passado.

Discípulo: Como faço para ter sua sabedoria?
Mestre: Faça boas escolhas.
Discípulo: E para fazer boas escolhas?
Mestre: Tenha experiências.
Discípulo: E para ter experiências?
Mestre: Más escolhas.”


E quando finalmente pudermos parar para observar o que tanto se repete nas nossas vidas, poderemos dar um salto no nosso aprendizado e amadurecer. E à medida que amadurecemos, ampliamos nossa capacidade perceptiva e entendemos os fatos passados com maior clareza. Podemos mudar a nossa história nos apropriando da nossa própria vida, compreendendo a importância de caminhar, deixando paisagens para trás. O que nos diferencia não é o que nos acontece, mas como reagimos ao que nos acontece.

E ao observamos o que nos acontece, ao tomarmos consciência das nossas repetições, podemos alterar nossas atitudes e reações. As circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos, por nossa mudança, pelo nosso crescimento.

O aprendizado depende da nossa intenção de aprender, de se abrir para o novo, para novas pessoas, novos olhares, novas perspectivas. Nossa maneira de ser é uma escolha e podemos escolher ser diferentes.

Mas só a intenção de mudar não basta, é preciso ação, é preciso colocar a mão na massa, é preciso agir. Antes de decidir temos escolhas, depois que decidimos, arcamos com as consequências da nossa escolha, nos responsabilizamos. Então...

“Esteja pronto para tomar responsabilidade pela sua própria miséria, alegria, negatividade, positividade, inferno ou paraíso.
Quando essa responsabilidade é entendida e aceita, mudanças começam a acontecer. Esteja aberto a uma nova possibilidade.” Osho


“Sei que me enganei várias vezes, mas isso faz parte do aprendizado e não da derrota.” Meishu-Sama


domingo, 17 de abril de 2011

Páscoa

Érima de Andrade

A palavra páscoa, do hebraico pessach, significa passagem e era uma festa de passagem muito antes de ser a festa da ressurreição de Jesus Cristo. Era comemorada entre povos europeus há milhares de anos, na passagem do inverno para a primavera, tempo em que os animais e as plantas apareciam novamente.

A páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para um tempo de luz, e para os cristãos é a "passagem" de Jesus Cristo da morte para a vida, a ressurreição.


Os espanhóis chamam a festa de pascua, os italianos de pasqua e os franceses de pâques e para todos eles, como para nós, a festa usa a imagem do coelho, como símbolo de fertilidade, e ovos, representando a renovação, pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, que são dados de presente.

Nas culturas pagãs, o ovo trazia a idéia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos, na primavera, como referência à renovação da vida.

Nós não estamos na primavera, mas podemos aproveitar a energia da páscoa, a energia da passagem, da renovação da vida, para planejarmos um futuro melhor. Afinal, também é feriado, e podemos tirar um tempinho para pensar em nós.

Regina Restelli escreveu um artigo na revista Personare, Meditação para Planejar o Futuro, onde ensina a usar a Escala de Orientação Emocional sugerida no livro "Peça e será atendido", dos autores Esther e Jerry Hicks. Com essa meditação é possível aumentar significantemente os pensamentos positivos, os sentimentos otimistas, e se manter estimulado a continuar no seu caminho de mudanças. Exercício ideal para entrar na sua vida nessa época de renovação.

Quer experimentar? Identifique na tabela o que está sentindo em relação ao seu momento atual. Pense: "Não seria bom se esta situação se resolvesse a meu favor?”A partir desta possibilidade, lembre-se que você não controla nada no futuro, que precisa ter consciência de que existem mil possibilidades a cada segundo, e que você pode e deve escolher sentir tudo resolvido positivamente em sua vida. Como será? Não importa. Acalente a certeza de merecer e receber o melhor. Nada mais do que o melhor para você. Sinta essa verdade, agora. O intuito é você ir subindo na tabela de emoções de 22 em direção ao 1.

1. Alegria/Conhecimento/Autoconfiança/Liberdade/Amor/Admiração
2. Paixão
3. Entusiasmo/Ânsia/Felicidade
4. Crença/Expectativa positiva
5. Otimismo
6. Esperança
7. Contentamento
8. Tédio
9. Pessimismo
10. Frustração/Irritação/Impaciência
11. Sobrecarga
12. Desapontamento
13. Dúvida
14. Preocupação
15. Reprovação
16. Desânimo
17. Raiva
18. Vingança
19. Ódio/Ira
20. Inveja
21. Insegurança/Culpa/Desvalorização
22. Medo/Sofrimento/Depressão/Desespero/Impotência

Depois de identificar os sentimentos, medite sobre o que deseja realizar.

Sente-se confortavelmente. Feche os olhos. Faça três respirações profundas. Sinta o seu corpo físico em todos os seus detalhes. Inspire, segure a respiração por alguns segundos e sinta seus pés. Expire, segure por alguns segundos seus pulmões sem ar. Inspire segurando mais uma vez e sinta suas pernas. Expire, segure e suba para os quadris e vá subindo alterando e segurando a respiração até o topo de sua cabeça. Depois de reconhecer seu corpo, relaxe e só preste atenção em sua respiração ou apenas sinta-se presente, aqui e agora. Após o tempo que quiser, ainda com os olhos fechados, se questione: "Não seria bom se...", e traga para seu coração a alegria de sentir que seria ótimo, seria maravilhoso... E aí, sem ao menos perceber, você já vai ter mudado sua escala de emoções. Faça isso sempre que quiser e principalmente quando estiver triste ou preocupado com o futuro. Mude seu pensamento ou a perspectiva da sua visão limitada acerca do que deseja realizar.

Sua realidade está sempre em suas mãos. Depende só de você se propor a pensar, a sentir, a acreditar nas melhores possibilidades da sua mente.”

Boa Páscoa!!!!!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A importância da amizade

Érima de Andrade

Leonardo Boff, autor do livro “Princípio de Compaixão e Cuidado” explica que:

“Somos essencialmente seres com-passivos.”

“Vamos ao encontro do outro para salvar-lhe a vida, trazer-lhe água, alimentos, agasalho e especialmente o calor humano. Sabemos pela antropogênese que nos fizemos humanos quando superamos a fase da busca individual dos meios de subsistência e começamos a buscá-los coletivamente e a distribuí-los cooperativamente entre todos.”

E conclui:

“O que nos humanizou ontem, nos humanizará ainda hoje.”

A compaixão nos fez humanos, e a amizade nos mantém humanos. As amizades são uma parte importante da nossa vida, é do ser humano a necessidade de compartilhar a vida com outras pessoas.

Num texto, de autor desconhecido, que circula pela internet, um pai aconselha o seu filho, recém casado, a nunca esquecer seus amigos.

“Serão mais importantes na medida em que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos.”

O texto termina com o filho descrevendo o que aprendeu nos 50 anos que seguiu o conselho do pai:

“O tempo passa. A vida acontece. A distância separa. As crianças crescem. Os empregos vão e vêem. O amor fica mais frouxo. As pessoas não fazem o que deveriam fazer. O coração se rompe. Os pais morrem. Os colegas esquecem os favores. As carreiras terminam. Mas... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.”

“Quando iniciamos esta aventura chamada vida, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.”

Amigos nos ajudam a preencher os vazios emocionais e a recordar quem somos realmente.
A amizade, afirmam os especialistas, é uma das estratégias para administrar o estresse. Os momentos com os amigos são momentos preciosos de troca, desabafo e compaixão.

Entre as mulheres, a amizade é ainda mais especial. Estudos concluíram que a amizade entre as mulheres constitui uma fonte recíproca de força, bem-estar, alegria e saúde.

Homens e mulheres podem, e devem, cultivar amizades. O psiquiatra Cyro Masci, dá algumas dicas para fortalecer os laços entre amigos:

invista tempo, energia e dedicação.

- expresse sempre seus sentimentos, opiniões e desejos. Não espere que o outro adivinhe o que você pensa.

- fale o que seu amigo precisa ouvir, mas tenha o cuidado de preparar o terreno.

- procure renovar os interesses em vez de se apegar aos papéis antigos. Afinal, as pessoas e as situações estão sempre mudando.

- esteja aberto para conhecer gente que pensa de modo diferente, que tem outros hábitos e atitudes. Respeitar a diversidade é um grande aprendizado.

- lembre-se ainda de que todo desconhecido é um amigo em potencial.


Vamos fazer amigos?

domingo, 10 de abril de 2011

Falhas na comunicação

Érima de Andrade

Costumo dizer que a gente sofre por falhas na comunicação. A gente sente e pensa uma coisa, e faz e fala outra, imaginando que o outro prefere assim.

E de tanto tentar a “resposta certa”, para o outro, deixamos de viver o momento, nos afastamos de quem somos, engolimos todo tipo de sapo e construímos todas as barreiras possíveis para não dar ao outro a possibilidade nos conhecer. Deixamos de ser quem somos para tentarmos ser o que imaginamos que o outro espera da gente.

Perdemos a facilidade de interagir com nossos pensamentos e sentimentos mais profundos, de onde viriam, com certeza, nossas melhores respostas a cada situação. Criamos a nossa Torre de Babel particular onde ninguém se entende, e nem fala a mesma língua... “confundir de tal modo a linguagem deles que não consigam compreender-se uns aos outros.”( Gênesis 11:7)

Li há alguns anos, na revista Seleções, uma história que ilustra bem o tipo de encrenca que a gente se mete ao tentar agradar o outro ignorando o que sentimos, pensamos e fazemos.

Era a história de um casal de namorados que decidiu comunicar à família que iam se casar.  A família dela morava em outro estado e eles aproveitaram um feriado para a viagem de conhecer-os-futuros-sogros. Família comunicada da chegada deles, tudo carinhosamente preparado para que os dois se sentissem bem. A futura sogra caprichou no jantar, e o bolo de carne, receita de família, foi o prato principal.

Ele detesta bolo de carne. Ela não sabe. Ele não conta. Come, elogia e repete, pois considera que seria uma indelicadeza com a sogra se fizesse diferente. A sogra ficou radiante por ter acertado logo da primeira vez um prato que ele gostasse tanto.

Casaram. Vinte anos depois ela ainda faz o mesmo bolo de carne para agradar o genro. Mesmo que ele não seja mais o prato principal, mas não custa nada, fazer um bolinho para o caso do genro não gostar muito dos outros pratos do cardápio. E o genro se sente obrigado a comer, às vezes nem ao menos experimenta as outras opções.

O genro sofre cada vez que tem que ir à casa dos sogros. A sogra se vangloria de cozinhar um prato que o genro tanto gosta.

Até que um dia, não suportando mais, o genro conta a verdade. A sogra ficou tão magoada com ele que levou algum tempo para que se falassem de novo. Uma exímia cozinheira. Em vinte anos de convivência podia ter descoberto um prato que ele verdadeiramente gostasse, mas ele não lhe deu essa oportunidade. Ela achando que o agradava, e ele cada vez mais insatisfeito...

Que falta fez nessa relação uma boa conversa.

Será que valeu a pena?

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Desafios

Érima de Andrade

Os desafios fazem parte da nossa vida e podem ser muito estimulantes. Essa é inclusive a proposta dos exercícios cerebrais: fornecer ao cérebro pequenos desafios no dia a dia.

Os exercícios/desafios fazem com que as células nervosas produzam nutrientes naturais, as neurotrofinas, que promovem o crescimento neuronal em diferentes regiões cerebrais, principalmente no hipocampo, área responsável pela memória. Ao reagir a uma novidade, ao desafio, a atividade neural aumenta melhorando a saúde geral do cérebro.

A avó de uma amiga só joga bingo com a cartela de cabeça para baixo. E explica para quem estranha: “estou exercitando o meu cérebro.” Está mesmo! Exercitando, estimulando, tornando mais ágil, saudável e flexível.

Os desafios estão em toda parte. Tudo que fazemos pela primeira vez é sempre um desafio.

Para o filho de outra amiga, andar de ônibus pela primeira vez foi um desafio. Ele vibrou ao descobrir como identificar o ônibus; comemorou reconhecer o ponto que precisava saltar; se sentiu independente ao descobrir o caminho de volta.

Como diz Padma Samten: “O mundo ao redor continua o mesmo, mas nós mudamos nosso olhar, e isso muda tudo.” E como mudou para ele! Um mundo novo foi descoberto.

Para uma ex-paciente o mundo também ficou maior ao aceitar o exercício, proposto por mim, de preparar uma refeição. Ela pensou no cardápio, pesquisou as receitas, e foi pela primeira vez a um supermercado. Precisou descobrir as diferenças entre mamão e abóbora; entre coco verde e coco seco; entre ervas frescas e ervas desidratas.

Em casa tudo foi também um grande desafio. A cozinha ela sabia onde era, mas nunca tinha entrado... descobriu como acender o fogão,  como picar legumes, refogar arroz, temperar a comida e se saiu muito bem! A refeição foi um sucesso!

Sair da rotina é um desafio, e desafios podem ser muito criativos. Recebi um texto de autor desconhecido onde o desafio foi escrever sem usar a letra A. Eis o texto:

Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.

Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.

Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.

Crie desafios na sua rotina, provoque-se, atreva-se, estimule-se. A sensação de conquista, de bem estar e de realização após vencer um desafio é a melhor recompensa.

“Pois o triunfo pertence a quem se atreve.” Charles Chaplin

domingo, 3 de abril de 2011

Interagindo com a natureza.

Érima de Andrade

Numa pesquisa sobre os efeitos positivos da natureza sobre a saúde mental humana, publicada na revista American Chemical Society Environmental Science & Technology, os pesquisadores da Universidade de Essex , no Reino Unido, confirmam que os seres humanos têm uma necessidade profunda de contato com a natureza.

O contato com a natureza, dizem eles, proporciona relaxamento para o cérebro, sobretudo para os sobrecarregados pelas pressões modernas. Eles chegaram à conclusão que os efeitos mais positivos na saúde e auto-estima das pessoas vêm já nos primeiros 5 minutos de contato, e que as áreas verdes com água são ainda mais benéficas para os seres humanos.

Num artigo sobre dicas ecológicas foram listadas, pela naturóloga Kátia Leite, maneiras simples de estarmos em contato com a natureza. Eis algumas:

“Conte ou observe as árvores que estão florescendo."

“Árvore e passarinho combinam perfeitamente. Descubra uma área com árvores perto de sua casa ou trabalho, ou no caminho por onde passa diariamente, e tire um tempinho para observar. Mesmo em cidades grandes e agitadas você poderá ver uma quantidade grande de pássaros."

“Combinar um piquenique num parque de sua cidade é uma boa idéia de programa. Comer e passear ao ar livre ajuda a respirar melhor e dá ao corpo informações que perdemos se estamos o tempo todo em casa, no trabalho, na escola ou no shopping. Temperatura, umidade, luminosidade, cor e odores são percepções que tendem a se perder quando não estimuladas.”

Andar descalço na grama ou na areia da praia faz bem. De acordo com a reflexologia podal, os órgãos do corpo humano estão refletidos nas solas dos pés. Da mesma forma que uma massagem nessa região provoca um profundo relaxamento, andar descalço atinge o mesmo objetivo."

Mas você também pode interagir com a natureza dentro da sua casa. Talvez você não tenha espaço, aptidão, vontade de ter um animalzinho por perto, mas e as plantas?

Cuidar de plantas, além de diminuir o estresse, pode proporcionar grandes alegrias. Dá um orgulho de mãe ver aquela mudinha dando frutos ou flores.

Ou então, se você não quer plantas pela casa, que tal uma horta de temperos na janela da cozinha? Não tem como negar, os pratos ganham em sabor quando acrescentamos um pouquinho daquele tempero plantado por nós.

Ou um vasinho de capim limão? Um chazinho nos dias frios e um delicioso suco nos dias quentes, e isso ali, ao alcance da sua mão, quase sem ocupar espaço.

Se não dá para ser num parque, ou na praia, num jardim, pode ser num único vaso. É o que você pode no momento? Está ótimo!

Qualquer contato com plantas vale à pena. Não dá é para não fazer nada imaginando que é muito pouco...

Você só tem a ganhar em saúde, humor e qualidade de vida.