quinta-feira, 30 de maio de 2013

E aconteceu de ganharmos mais uma gata

Érima de Andrade

Cléo chegou aqui em casa com 1 mês e acaba de completar 6 meses. Chica tem 2 meses e acabou de chegar. Duas gatas pretas, lindas, e em tudo diferente uma da outra: pelo, olho, temperamento, tamanho. Mesmo assim precisam dividir o mesmo espaço, e queremos que as duas se deem bem.

Temos obtido progressos, já até brincam juntas. Mas se você está passando por isso, e não sabe o que fazer, as dicas da Juliana Carpanez, do site Diário de dois gatos, podem lhe ajudar. Como ela mesma diz, a solução pode estar bem aqui, a um bigode de distância.

As dicas servem para melhorar a relação de gatos que não se gostam (tipo terapia de casal) e também introduzir novos felinos sem que eles sofram (ou promovam) bullying.
Como sempre faço nos posts de dicas, peguei informações das melhores fontes que encontrei na internet e tentarei passá-las de uma maneira bem fácil.

Aceite e não force a amizade
Você não gosta de muita gente, que eu sei. Então imagina a treta se pusessem você para morar com essas pessoas, dividir a casa, o banheiro, o controle remoto da TV, a conexão Wi-Fi e o pacote de bolachas Calipso. Nesse caso, já seria uma grande vitória se todos se respeitassem – e com os gatos não deve ser diferente. Aceite que eles talvez não se gostem e tente fazer com que a convivência seja da forma mais pacífica e respeitosa. Se rolar isso, já é lucro.

Uia, que legal!
Você, que por padrão já serve seu gato, ganhará mais uma função quando quiser aproximar os inimigos. Será seu dever e obrigação, humano, criar um ambiente bacaninha e divertido quando os rivais estiverem próximos (vale brincar e dar petiscos, por exemplo). Pensa numa cena de faroeste, naquela hora em que os bandidos vão se enfrentar. Cabe a você tirar a música tensa de fundo e colocar um “Gangnam Style”, para acabar com o clima da briga.

Também vale recompensá-los (um jeito agradável de falar, por exemplo) sempre que vir uma situação bacana/fofa entre os envolvidos nesse climão. Por outro lado, nunca estimule ou ignore uma briga: interrompa-a com barulho, spray de água, whatever.

Assim como fazia a tia do prezinho, seu papel será indicar que ter amigos é bom e brigar é ruim. Vale até estrelinha no caderno, se for preciso.

Calma, tem pra todo mundo
Se você não gosta de dividir sua Coca Zero com estranhos, pense que o gato também pode se sentir assim. Portanto, no caso de inimizade doméstica, tenha múltiplos potinhos de comida, de água, caminhas e caixas de areia espalhadas pela casa (pelo menos um por gato). Assim, eles não terão de dividir seus recursos de sobrevivência, e a competição diminui. O mesmo vale para os new cats on the block, que acabaram de chegar a sua casa.

Prazer em conhecer. Ou não.
O site PetPlace, cheio de veterinários colaboradores, diz que a chegada de um novo gato pode sempre desestabilizar o grupo de felinos (ou um único animal). Há controvérsias, mas os especialistas aconselham que a introdução seja feita de forma gradual.

Ela deve começar com os bichos mantidos em áreas separadas por uma porta, e essa barreira vai ficando mais flexível com o tempo. Vale também fazer um leva-e-traz de objetos desses lugares, para que os animais se acostumem com o cheiro alheio.

Nesse processo, os especialistas da ASPCA dizem que cada espaço deve ter os recursos necessários para cada bicho – caixa de areia, pote de comida e de água. Eles ensinam a colocar os potes de comida separados apenas pela porta, para que um animal sinta o cheiro do outro durante uma situação prazerosa.

Depois de alguns dias, você pode abrir a porta bem pouquinho e ir aumentando esse espaço com o tempo (o período varia de horas a dias ou semanas, dependendo do grau de inimizade). Se der tudo certo, ótimo. Se der tudo errado, vale retomar a introdução do zero e demorar mais até a realização dos encontros.

O tempo para os gatos se acostumarem completamente com seus companheiros é estimado em 90 dias.

Reintrodução
O processo de introdução explicado anteriormente pode virar reintrodução, sendo usado também com gatos que já se conhecem e se odeiam. O adestrador Jackson Galaxy (gênio/mestre/sábio/ídolo) usa essa técnica, reforçando o fato de colocar potes de comida nos dois lados da porta. Assim, diz ele, o bicho pensa: “toda vez que cheiro esse gato, cheiro comida”.

O segredo é só alimentá-los dessa forma, pois os animais não sentirão o cheiro de comida em outras situações. Com isso, eles necessariamente associam o rival a uma situação prazerosa (é interessante que eles não cogitem, literalmente, comer o inimigo).

Carta na manga
O spray Feliway promete aumentar o bem estar e tem o melhor slogan do mundo: “O segredo dos gatos felizes”. Ele indica ao gato que o ambiente é seguro, fazendo com que ele não se sinta ameaçado. Testado e aprovado aqui em casa (só não gosto do preço, equivalente ao valor da felicidade em spray).

Último caso
Se você (realmente) tentar e nada disso funcionar, talvez seu caso não tenha jeito.
Alguns gatos simplesmente não conseguem viver em paz. Como o estresse e tensão crônicos não são saudáveis para as pessoas nem para os bichos, talvez seja mais humano mantê-los permanentemente separados em sua casa ou encontrar uma nova casa para um deles”, diz um texto da ASPCA. Espero, mesmo, que esse não seja o caso.” Por Juliana Conciliadora"

Que a vida com seus gatos seja uma aventura deliciosa!






  

domingo, 26 de maio de 2013

Qualidades e motivação

Érima de Andrade

O tema hoje é reconhecendo as suas qualidades. Não temos o hábito de observar as nossas qualidades. A maioria de nós, inclusive, foi educada a partir dos erros cometidos. Se fizer certo é obrigação, se errar tem logo algum adulto para chamar sua atenção para o seu erro que você cometeu. Raramente chamam sua atenção para o seu acerto. Então é preciso treinar o olhar para as suas qualidades, e nós temos muitas.

É preciso treinar reconhecer, isto é, identificar alguma coisa que você já conhece. Você só reconhece uma maçã numa cesta de frutas, por que você conhece a maçã.

Nós temos todas as qualidades que reconhecemos nos outros. Os defeitos também... Não temos na mesma proporção, mas sou capaz de reconhecer a alegria e tristeza que eu vejo no outro, por que eu também tenho momentos de alegria e de tristeza, então eu conheço a alegria e a tristeza.

O fato de reconhecer suas qualidades, reforça em você os comportamentos reconhecidos como de valor, e faz com que você passe a repeti-los. Reconheça as suas qualidades e treine-as. Lembre-se, você provavelmente aprendeu a dar maior valor aos seus erros que aos seus acertos. É preciso treinar o olhar, treinar o reconhecimento, treinar se dar valor.

É preciso se compreender e se amar. O verdadeiro amor requer profunda compreensão. Na verdade, amor é um outro nome para compreensão. Se você não reconhece, não compreende, não pode amar adequadamente.

O reconhecimento significa ações concretas demonstrando o fato de reconhecer o esforço, o talento, a dedicação e o comprometimento. Por isso, o reconhecimento é altamente motivador. Um dos fatores mais importantes para que a motivação das pessoas é o reconhecimento. As pessoas reagem favoravelmente ao reconhecimento. Tenho certeza que quando você erra você se pune. E quando você acerta?

Motivação, significa encontrar os motivos, isto é, as razões para que eu faça mais e melhor aquilo que é esperado de mim. Viver motivado significa viver sabendo e desejando os motivos que me fazem vencer os desafios do mundo.

Por ter esse efeito motivador, o reconhecimento alavanca resultados inesperados numa pessoa. Pessoas motivadas pelo constante reconhecimento são capazes de realizar feitos incríveis. Uma pessoa motivada é uma pessoa que tem a capacidade de doar-se mais, de comprometer-se mais, de fazer melhor tudo o que faz, sem sentir-se escrava ou apenas cumprindo tabela. Ela conhece e reconhece os seus motivos.

Você sabe por que faz o que você faz? Sabe o que o motiva?

Se anda desanimado, talvez seja o momento de deixar de lado os antigos padrões de vida, e ousar fazer diferente. Você dispõe de imenso potencial criativo. Você pode fazer as coisas com entusiasmo, sem medos, imprimindo tesão em tudo o que você faz, basta reconhecer em você as suas qualidades.

É o tempo de romper com tudo aquilo que não lhe serve mais e que você preserva apenas por manutenção de fachadas. Estas coisas que precisam ser eliminadas geralmente têm a ver com hábitos, modelos mentais e expectativas falsas.

Mas podem ser também projetos que não dão em nada, ou seja, qualquer coisa que não faz mais nenhum sentido em sua vida e que você reluta em eliminar. Procure se interiorizar, fazer contato com a sua alma e você entenderá quais são as coisas que precisam ser deixadas para trás.
A vida está lhe esperando! Quem sabe você não vai ao encontro dela cantando Gonzaguinha?
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também.

E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé.” (Eu Apenas Queria Que Você Soubesse - Gonzaguinha)



quinta-feira, 23 de maio de 2013

Liderança

Érima de Andrade

No curso Liderança de Verdade, Roberto Shinyashiki lista os quatro desastres da gestão de pessoas:

  1. Pessoas sem paixão.
  2. Ambiente ruim.
  3. Falta de palavra.
  4. Falta de alianças.

Ele explicou que pessoas sem paixão, não estão apaixonadas pelo que fazem, não se sentem parte do projeto, nem se sentem incentivadas.

Contou que para um ambiente funcionar é preciso que seja limpo e organizado. São três os lugares que mostram a importância que se dá ao espaço: onde as pessoas comem; o banheiro que elas usam; e o chão que pisam. A preservação desses três lugares, mostra como as pessoas se relacionam com o espaço.

A falta de palavra segundo ele, destrói a moral do grupo. Prometeu tem que cumprir, falou que vai acontecer, tem que acontecer. É preciso se responsabilizar pelo que se diz aos outros.

E a falta de alianças é um desastre na gestão de pessoas, porque ninguém faz sucesso sozinho. O que podemos fazer juntos é a pergunta que mais deve ser usada num grupo.

Consequentemente os quatro segredos de um líder campeão são:

  1. Obsessão criativa.
  2. Ambiente produtivo.
  3. Respeito ao código de honra.
  4. Conquistar aliados.

Na obsessão criativa, o líder coloca uma ideia na cabeça e só sossega quando realiza a meta. Ou consegue ou morre tentando, desistir não faz parte das alternativas.

Num ambiente produtivo as pessoas trabalham sorrindo, se sentem bem por estar ali, sentem-se bem umas com as outras.

O código de honra é manter a palavra dada. É importante prestar atenção ao que fala, ao que promete, ao que combina, porque uma vez que tenha empenhado sua palavra é preciso cumpri-la.

Aliados são conquistados quando há interesse, amor e conhecimento. Escutar com atenção,
carinho e respeito, é o caminho para construção das alianças. Todos tem alguma contribuição a fazer, basta dar espaço para a troca de ideias e informações.

Um líder consegue várias mudanças positivas e a falta de um líder faz grandes estragos. Um líder verdadeiro tem quatro fontes de poder:

  1. Conhecimento.
  2. Amor ao próximo.
  3. Resultados.
  4. Know-how.

O conhecimento é adquirido por atualizações, é preciso saber onde buscar as informações. Quanto mais o líder souber, mas as pessoas vão querer ouvi-lo.

Como líder, é importante conhecer os objetivos e sonhos das outras pessoas e se perguntar, como eu posso ajudar? Ouvir as ideias dos mais jovens e a experiência dos mais velhos com interesse. Mas é preciso que haja um interesse genuíno, um querer bem aos outros, entender que todos tem o direito de realizar seus sonhos. A equipe se entrega quando o líder está comprometido com essa realização.

Resultados, ouvir quem já esteve na luta e conseguiu. É fundamental construir resultados, escutar quem já fez, e construir a própria história.

O know-how, savoir-faire ou conhecimento processual é o conhecimento de como executar alguma tarefa, quais são os passos para você chegar lá. O know-how está diretamente relacionado com inovação, habilidade e eficiência na execução de determinado serviço. É um produto valioso resultante da experiência. O poder está com quem sabe que sabe, que sabe o que quer fazer, que sabe como chegar lá. Assim o know-how pode frequentemente sobrepor-se à teoria. A liderança vem naturalmente para quem sabe o caminho.

Mas um líder não é um ser estático. Ele frequentemente se alterna em três papéis:

  1. Inspirador.
  2. Gestor.
  3. Chefe.

Nos momentos de crescimento da empresa, o líder precisa ser inspirador. Ser um líder que sabe conversar, sabe inspirar, e sabe ouvir. Ensina menos e pergunta mais: Como vocês veem o futuro? Que caminho seguir? Um líder inspirador, é um líder que quer que as pessoas pensem para responder e se comprometam. Um líder que ajuda a assumir responsabilidades, ajuda a construir autonomia. É um líder que sabe que construir autonomia requer tempo, e pode disponibilizar esse tempo.

Um líder gestor estuda como administrar. Ele funciona baseado em números e resultados. Sabe ler as estatísticas, cria um sistema e leva a empresa a resultados que podem ser mensurados. A empresa precisa de um sistema organizado para descobrir quem está performando bem ou mal, e onde precisa ser modificado. No caos não cresce nada, com sistema a empresa funciona dentro da sua margem e não se coloca em risco.

Mas em alguns momentos o líder precisa ser chefe, o ditador, aquele que dá ordens. Há momentos que não dá para ser democrático, é preciso ser claro e forte, senão perde a empresa.

Um bom líder sabe atuar nesses três papéis. Se num desses você se sente mais fraco, exercite. Um líder também é aquele que reconhece seus pontos fracos e os exercita pra torna-los forte.

Em qualquer situação, na empresa, ou na família, um líder é alguém que se propõe a evoluir sempre. Um líder é alguém que se compromete profundamente com as transformações que dão adeus aos padrões negativos de comportamento que causam danos. Um líder é alguém que busca em si e nos outros, a positividade.

domingo, 19 de maio de 2013

Cochilos e sono

Érima de Andrade

Você sabia que a
qualidade do sono está diretamente relacionada a sua qualidade de vida?
Você sabia que uma noite bem dormida contribui muito para o seu bem estar?
Você sabia que uma noite de sono inadequado, contribui para um dia seguinte de fadiga, cansaço, tensão, diminuição do rendimento intelectual, sonolência diurna que aumenta o risco de acidentes, dores musculares e irritabilidade, entre outros?

Claro que você sabe que dormir bem é essencial. Mas as vezes acontece do sono estar difícil de chegar, ou da noite ser interrompida, e com tantas preocupações na cabeça, você acabar tendo dificuldade de retornar ao sono quando acorda de madrugada.

Você sabia que cochilos ao longo do dia diminuem a necessidade de sono noturno, e que sestas habituais não atrapalham o sono?

Pesquisadores dão as dicas:

- Se você precisa de uma nota 10 na prova, tire um cochilo! “Um cochilo de 1 hora pode ser tão bom quanto uma noite de sono em termos de armazenar informações”, diz William Fishbein.

- Se você precisa de ideias criativas tire um cochilo. Histórias de descobertas feitas ao acordar de sonhos são comuns, talvez porque nosso sono mais profundo facilite a ligação entre as ideias.

- Se está mal humorado e com sono, tome um café e tire um cochilo. Tanto o café quanto o cochilo melhoram o humor. Os dois combinados são mágicos. Tome um cafezinho antes do cochilo de meia hora e acorde feliz.

- Se precisa ficar acordado trabalhando, tire um cochilo. “A cafeina o mantém alerta as duas da madrugada mas não impede más decisões”, afirma William D. S. Killgore.

- Stanley Coren explica que o mais importante é deitar para cochilar. Apenas recostar-se, como ao tentar cochilar numa poltrona confortável, impede que cheguemos aos estágios mais profundos e restauradores do sono, porque o subconsciente tenta se proteger de quedas.

- E por fim, em vez de dar um único cochilo longo, tire dois ou três curtinhos e acordará menos grogue. Os cochilos curtos são muito úteis em épocas estressantes que não deixam você descansar direito à noite.

Mas se você perdeu uma noite de sono, tente passar o dia seguinte acordado, indo dormir o mais próximo possível do seu horário habitual, respeitando o seu relógio biológico. E assim que possível, coloque na sua rotina a higiene do sono.

Higiene do sono é uma série de orientações que visam criar hábitos que contribuem para a boa qualidade do seu sono. O sono não é diferente do exercício ou de outros estados da vida, exige uma preparação e ambiente adequado.

Orientações de Higiene do Sono

- Mantenha o seu quarto arrumado.
- Durma num local seguro, confortável, calmo e repousante.
- Areje e umidifique o ambiente do seu quarto.
- Mantenha seu quarto numa temperatura agradável.
- Ruídos e claridade podem levar a um sono ruim.
- Não tenha nenhum mostrador de relógio à vista.
- Tente elaborar uma rotina antes de ir para a cama.
- Banhos quentes antes de dormir são recomendados para combater a insônia.
- Tente manter horários relativamente constantes para dormir e acordar todos os dias.
- Não use sua cama para trabalhar, estudar, usar o computador, escutar rádio, ver televisão ou comer.
- Evite assistir televisão antes de dormir.
- Descanse a mente e relaxe o corpo pelo menos uma hora antes de se deitar.
- Deixe para resolver os grandes problemas em outro período do dia.
- Evite tomar café, chá ou chocolate, ou qualquer outra bebida estimulante, no mínimo 6 horas antes de dormir.
- Se você é fumante, não fume de duas a três horas antes de ir dormir.
- Não ingira bebidas alcoólicas por no mínimo 6 horas antes de dormir.
- Se possível, antes de ir se deitar, tome um copo de leite morno.
- Procure fazer refeições mais leves durante o jantar.
- Faça atividades relaxantes após essa refeição.
- Exercícios físicos melhoram a qualidade do seu sono; mas é importante que você pratique exercícios que lhe deem prazer, que lhe faça ficar feliz e animado.
- Cochilos ao longo do dia diminuem a necessidade de sono noturno.
- Durma sempre numa cama onde se sinta confortável.
- Evite “brigar” com a cama. Durma somente o tempo suficiente para se sentir bem. Levante-se assim que acordar.
- Quando se sentir sem sono é preferível levantar e sair do quarto até que o sono retorne.
- Levante-se calmamente.
- Espreguice-se lentamente, e boceje tanto quanto lhe apetecer.
- Faça um dejejum completo e equilibrado.
- Diga não aos remédios! Nunca inicie, mas também nunca suspenda o uso destas medicações por conta própria. Procure sempre orientação médica adequada.

Que você tenha bons sonhos!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Encontro com o sábio interior

Érima de Andrade

Comece dando uma boa espreguiçada. Alongue-se. Esse é um exercício para entrar em contato consigo mesmo. Desfrute.

Agora que está alongado, coloque uma música suave e deite-se para um relaxamento.

De olhos fechados, relaxe seus pés, sinta-os soltar. Sinta soltar a planta do pé, a sola, os dedos. Relaxe totalmente. Sinta seus pés pesados.

Agora preste atenção em suas pernas. Solte-as, sinta relaxar as panturrilhas, as coxas. Sinta sua perna pesada.

E assim por diante, soltando a parte de trás das coxas, glúteos, costas, ombros, braços, mãos, dedos, barriga, vísceras abdominais, tronco, pescoço, cabeça e rosto.

Respire profundamente. Inspire longamente expandido o abdome, e expire contraindo a fim de entrar em um estado mais rebaixado de consciência. Inspira barriga sobe, expira barriga desce... relaxe...

Nesse estado de relaxamento, imagine uma bola azul se aproximando. Sinta esta bola lhe envolvendo, e vá com ela, relaxado, ao lugar onde existe uma montanha.

Tente observar toda a paisagem. Como é esse lugar? Como é essa montanha? O que existe ao redor dela?

Sua montanha é alta ou baixa? Veja que ela tem uma trilha. Observe a trilha, como ela é? Caminhe por sua trilha. É fácil caminhar aí?

Como se sente subindo essa montanha? Perceba tudo, a brisa, os perfumes, os sons desse lugar... Tem flores na sua trilha? Você pode ouvir os pássaros? Você pode sentir o vento?

Conforme você vai subindo perceba que tem uma outra trilha, e ao longe, mais acima, uma habitação.

Esse é o lar de um ser muito sábio que poderá lhe fornecer respostas para qualquer pergunta sua. Vá em sua direção. Observe tudo a seu redor e veja como a paisagem se modifica à medida que você vai em direção a essa habitação.

Ao chegar, veja que tem uma fogueira de acampamento e que através dela você pode ver a figura de quem mora nesse lugar. Coloque mais lenha na fogueira e se posicione em silêncio. Conforme a fogueira arde mais forte, você vê com mais nitidez, e pode sentir melhor a sua presença.

Observe cuidadosamente como é esse ser. É um homem ou uma mulher? Como são suas feições? Dedique algum tempo para perceber como está vestido, como é seu rosto, sua altura, seus cabelos, sua expressão, como ele, ou ela, é?

Agora, pergunte-lhe uma coisa importante que você gostaria de saber. Preste atenção as suas reações, observe como esse ser se comunica com você. A resposta, pode vir por meio de palavras, gestos, expressões faciais, um objeto, um sentimento, um som, uma lembrança, etc.

Receba a sua resposta.

E agora aceite o convite para tomar um chá. Sente-se com seu sábio e saboreie a sua bebida. Que sensações e sentimentos você têm aí?

Guarde essas lembranças com você. Você está prestes a ir embora.

Mais antes, esse ser muito sábio tira algo muito especial de uma sacola de couro, e lhe dá de presente. Olhe o presente que você ganhou. Como se sente agora? Diga-lhe como se sente, agradeça, e lentamente, se despeça.

Vá em direção a descida da montanha. No meio do caminho, encontre alguém muito querido. Diga como se sente a essa pessoa. Se puder ofereça um presente. Aproveite o momento desse encontro.

Despeça-se lentamente e continue sua decida, guardando mais essa lembrança.

Conforme vai descendo a montanha esforce-se para gravar esse caminho. Você poderá
voltar no momento que precisar ou quiser.


A bola azul se aproxima novamente e lhe envolve. Ela irá lhe trazer de volta. Sinta-se novamente deitado, sinta a textura da sua roupa, os sons desse lugar. Respire, e quando você quiser, pode abrir os seus olhos.

Como foi a sua experiência?
Como era a sua montanha?
O seu caminho?
O ser sábio que você encontrou?
O que sentiu em todo percurso?
Qual foi o seu presente?
Sua pergunta foi respondida?
Quem você encontrou depois?
Como se sentiu?
Ofereceu algo a essa pessoa?
Foi surpresa encontrar com ela?
Conseguiu dizer a ela o que realmente sentia?
Que conclusões você pode tirar sobre o ser sábio?
Ele está dentro ou fora de nós?

Existe um ser sábio no seu interior e você pode acessá-lo quando quiser ou precisar. Em contato com esse seu eu interior, você pode viver com mais consciência. Seu sábio, guia, ou mestre interior, vai ajudar no fortalecimento e na conexão com os valores essenciais, descobrindo novos meios de percorrer os seus caminhos, e construindo um vir – a –ser mais saudável.

Lembre-se de encontrar com essa pessoa querida que surgiu durante o seu exercício, e falar de seus sentimentos por ela. Agradeça a sua participação. A gratidão é o passo anterior ao amor. Quando sentimos gratidão, nosso coração fica pronto e aberto para receber e, principalmente, para espalhar o amor. Dessa forma, a amorosidade flui num ciclo sem fim. Por isso, agradeça sempre que possível.

Esse texto é uma releitura do exercício Homem Sábio, do livro Tornar-se Presente, de John O. Stevens, uma sugestão da Lilian do blog Dinâmicas passo a passo.

domingo, 12 de maio de 2013

Não perdoar

Érima de Andrade

Perdoar é uma escolha.
É um processo que vem de dentro.
É recuperar seu poder assumindo a responsabilidade pelo que você sente.
É uma libertação.
Uma aceitação de que nada se pode fazer pelo passado.
É reconhecer que passado é passado e que nada vai mudar esses acontecimentos.
Perdoar é uma escolha que nem sempre queremos fazer.

Sidnei e Suzanne Simon em seu livro Forgiveness, explicam que não perdoar tem certas vantagens, nos dá algumas ilusões.

Não perdoamos, por exemplo, porque acreditamos que se aquele problema não tivesse acontecido, nossa vida seria perfeita. É a primeira ilusão. Ou ainda, não perdoamos para ter a sensação de poder, a ilusão do controle.

Não perdoamos, explicam eles, basicamente por nos iludirmos de quatro maneiras diferentes:

- A primeira é a ilusão de que, se aquele problema não tivesse acontecido, nossa vida seria perfeita. Mas como aquilo aconteceu, temos a explicação ideal, a desculpa perfeita para estarmos e ficarmos na pior. Assumimos o papel de mártires, e ficamos à espera de alguém que resolva milagrosamente a nossa vida. Com essa ilusão a responsabilidade da nossa infelicidade é sempre do outro. E se eu não me responsabilizo por mim, como mudar o que acontece comigo?

- A segunda é a ilusão de sermos perfeitos.
Os maus, os bandidos, são os que nos machucaram. Dividimos o mundo em bons para um lado e maus para o outro. Se nós perdoarmos vamos ter de aceitar que essa divisão não é possível, somos tão imperfeitos quanto eles. Somos humanos, temos bons e maus sentimentos, que em essência não são nem bons nem maus. Nós e eles formamos um mesmo grupo.

- A terceira é a ilusão da força, do poder – agora eu controlo. Não perdoar compensa a sensação de falta de poder que nós sentimos quando fomos machucados. Não perdoando queremos a sensação de que agora é minha vez: eu controlo, eu estou no comando. Mas na verdade, eu estou numa prisão que é alimentada por raiva, rancor, mágoa, cultivando intranquilidade interior, resultando numa vida azeda, amarga, fechada, desconfiada, sem conseguir se abrir para ninguém.

- A quarta e última ilusão que temos ao não perdoar é de que não seremos machucados outra vez. Acreditamos que vamos reduzir o risco de voltarmos a sofrer rejeição, traição ou qualquer outra forma de ferimento, se mantivermos a dor viva e os olhos bem abertos para qualquer perigo em potencial.

Mas será que vale a pena armazenar mágoas, remoer sentimentos para nos agarrarmos com unhas e dentes à dor do passado? Será que realmente precisamos do ódio e do ressentimento? Perdoo ou fico condicionado pela ferida, pela doença, pelo luto, pelo trauma?

Segundo Maria Helena Matarazzo “o perdão se torna uma possibilidade quando a dor do passado para de reger nossas vidas; quando não precisarmos mais do ódio e do ressentimento como desculpas para obter menos da vida do que queremos ou merecemos. Perdoar é chegar à conclusão de que já odiamos bastante e não queremos odiar mais; portanto, perdoar é usar a energia da vida, não para reprimir esses sentimentos, mas para quebrar o ciclo da dor se voltando para o futuro e não machucando outras pessoas como fomos machucados.”

Na realidade, perdoar é aceitar que a coisas ruins podem acontecer e que as pessoas mesmo quando amam, se machucam. O perdão nos ajuda a reconhecer e admitir que somos frágeis e que não precisamos esconder essa fragilidade. Quando nos tornamos conscientes dos nossos limites, evitamos que a experiência se repita. Perdoar é um sentimento de bem-estar, é reconhecer que existe algo melhor que queremos fazer com a energia da vida e fazê-lo.

O movimento de pedir desculpas para alguém só tem valor se for verdadeiro, o que significa que existe um sincero arrependimento. As lágrimas de arrependimento têm um poder imensurável, pois elas iluminam o perdão e te libertam do passado. A compreensão é a semente, o arrependimento é a flor, e o perdão é o perfume da flor." Sri Prem Baba

O perdão não se aplica só aos outros. Se perdoar também é importante. Ser capaz de se perdoar é reconhecer que apesar dos erros e culpas, podemos deixar de nos sentir merecedores de castigo. Não é esquecer, nem persistir no erro, é começar de novo com a experiência adquirida.

Reparar o passado e perdoar sempre lhe trará a alegria de sentir-se curado. Respire e sinta-se aqui e agora com o passado no seu lugar e o futuro por vir e você apenas perdoando e respirando. Respirando e perdoando... respire e... sinta-se curado!!!” Heloisa Capelas

É um presente que você pode se dar: respirando, perdoando e se sentindo curado.

Mas é uma escolha. Você escolhe perdoar?

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Sobre a palestra

Érima de Andrade

Divido com vocês algumas fotos da palestra/ bate papo no Armazém Girassol.
O sol apareceu gostoso depois de uma manhã de chuva forte.
Um chazinho de calêndula nos acompanhou a tarde toda.
Um grupo delicioso se formou.
Uma tarde inesquecível.
Tudo muito precioso.
Minha gratidão a todos que contribuíram para o sucesso desse momento.








domingo, 5 de maio de 2013

7 passos para o autoconhecimento

Érima de Andrade

No seu ebook, Sete passos para o Autoconhecimento – Informação, Consciência e Transformação, Heloisa Capelas fez uma compilação de artigos, escritos por ela, que versam sobre o autoconhecimento e a importância de desenvolvê-lo. São textos escritos com base na sua experiência, observação e conhecimento adquiridos ao longo das últimas duas décadas, atuando como especialista em desenvolvimento humano.

Vale a pena ler e pensar sobre o assunto. Eis os sete passos:

1- Por que eu deveria me conhecer? Você já percebeu que a falta de contato com o próprio coração, a necessidade de atender às expectativas externas, a vontade de pertencer a um grupo e de estar na "moda" são fatores que, na maior parte do tempo, têm impedido as pessoas de identificarem suas próprias necessidades e vontades? Nós vivemos em meio a verdades e mentiras que estão por todos os lados. O falso e o verdadeiro definem o que é certo ou errado. Por sua vez, o certo e o errado definem os prêmios e os castigos que estabelecem as regras de convivência de nossa sociedade.”

Como consequência disso, muita gente abre mão da própria felicidade apenas para se sentir integrada a algo maior - sem se dar conta de que a principal integração a que devemos nos propor é com a gente mesmo.”

2 - Autoconsciência: afinal, quem é você? Autoconsciência nada mais é que a habilidade de responder a uma pergunta essencial: afinal, quem é você?”

Para que isso seja possível, o primeiro passo é que você consiga definir seus pontos fortes e fracos, isto é, seus comportamentos positivos e negativos.”

Quando você consegue nomear seus pontos fracos sabe, então, quais são as negatividades que impedem o seu crescimento e, muito provavelmente, manifestam-se em todas as áreas da vida.”

Por isso, sempre digo que a busca pelo autoconhecimento é uma escolha, uma opção de vida para aqueles que querem a felicidade e o bem-estar como valores constantes.”

E uma vez que você saiba o que precisa ser mudado, você pode começar a mudar.”

3 - Revolucionar-se é uma escolha - Que tal permanecer comprometido com a transformação contínua, positiva e profunda?”

As revoluções internas propõem mudanças de status quo e efetivam uma alteração de paradigma. Ou seja, são feitas com o objetivo de alterar a ordem “natural” das coisas.”

Por isso, uma revolução justa é aquela feita a partir das nossas raízes – e minhas raízes são, sem dúvida nenhuma, meus pais e irmãos, isto é, minha família de origem. Sendo assim, revolucionar o relacionamento, a visão e o sentimento vai exigir de mim consciência, vontade de passar a minha vida a limpo, compaixão e perdão.

4 - Comunicação consciente - Bons resultados na comunicação vêm da consciência de que você é o responsável por suas atitudes.”

Quando o olhar fica no outro, seja na expectativa ou na avaliação, não há uma comunicação consciente e nem tão pouco efetiva. A comunicação consciente vem da responsabilização pelas suas atitudes.”

A comunicação consciente e responsável lhe traz liberdade de escolha, pois, ao se responsabilizar pelo que está sentindo, você fica livre para viver o que é importante. Se você está zangado ou infeliz e o seu verdadeiro desejo é a paz, é você que precisa fazer alguma coisa em relação a isso. Recorrer à consciência e responsabilização é um excelente caminho para uma comunicação de sucesso.”

5 - Você quer ter razão ou quer ser feliz? Enquanto sua vontade for ter razão, o autoritarismo será o caminho mais rápido e fácil. No entanto, se desejar ser feliz, há uma longa trajetória de reflexão e mudança à sua frente.”

Enquanto eu quiser controlar a ação dos outros para que tudo saia do meu jeito, o autoritarismo prevalecerá. Mas, se eu puder pensar que somos todos iguais e desejamos as mesmas coisas para as nossas vidas, deduzo que o que queremos, como seres humanos, é que sejamos aceitos e amados.”

6 - Qual é a sua verdade? Muitos dos conceitos que tomamos como verdade são, na realidade, derivados dos nossos antecessores. São valores transmitidos de geração a geração e que, um dia, chegaram até nós sem que tivéssemos um único motivo para questioná-los.”

Só existe um caminho para que isso aconteça: autoconhecimento. Nesse caminho você começa a encontrar as respostas sobre sua verdade e a aprender como se posicionar no mundo com mais segurança, desenvolver relações saudáveis e, principalmente, amor-próprio para ser quem você e com o seu melhor.”

7 - A diferença entre positividade e felicidade - Ser positivo é assumir a responsabilidade pelo seu comportamento. Quebrou? Conserte. Sujou? Limpe. Bagunçou? Organize. Abriu? Feche. Errou? Peça perdão. Perdoe-se e comprometa-se com um novo jeito de agir. Ser positivo é receber o que a vida lhe traz, quando ela lhe traz. Apareceu um amor? Ame, mas ame do fundo do seu coração (se ficar com o pé atrás e com medo de ser traído ou abandonado, não haverá entrega). Se houver uma perda, chore e chore muito, porque perder é doloroso e triste. O choro é a melhor expressão desse sentimento, além de ser justo. Ser positivo é estar pronto para recomeçar depois do choro e do momento de autopiedade. É levar em consideração o tempo necessário para que seus desejos sejam realizados, tendo em mente que o pedido e as ações que levam a ele são por nossa conta, porém, o tempo para que ele seja atendido fica por conta do Universo.”

Bem, é preciso dizer que ser positivo dá mais trabalho do que ser infeliz. Afinal, para ser infeliz é só seguir o fluxo, enquanto para ser positivo é preciso mudar o “caminho da roda”. E tudo isso é uma questão de escolha. E, então, o que você escolhe?”

Heloisa Capelas completa dizendo que: “Ministro o Processo Hoffman, um dos principais treinamentos de autoconhecimento no mundo, há vinte anos e percebo que, quem opta por esse caminho, tem pela frente conquistas mais saudáveis e plenas.”

Para baixar o livro ou saber mais sobre o processo, entre no site do Centro Hoffman .

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Sigilo Profissional

Érima de Andrade

Costumamos dizer que a terapia ocupacional se sustenta no tripé terapeuta/ cliente/ atividade.

Mas a quem pertence a terapia?

Ao cliente.

É o cliente que decide o que contar, a quem contar e por que contar. Cabe inclusive ao cliente informar se está ou não em terapia. Ao terapeuta cabe o sigilo tão importante para criar a confiança.

Este sigilo quer dizer que tudo o que foi dito será mantido em segredo. Ninguém nunca saberá sobre o que foi dito e ouvido. O terapeuta não pode, e não deve, passar a outros, profissionais ou não, qualquer dados ou informações referentes ao seu cliente, sem que haja uma autorização. Esse é o código de sigilo que deve ser respeitado, visando o controle absoluto por parte do terapeuta das informações trazidas pelo cliente, bem como fichas, anotações ou material desenvolvido durante as sessões. Só ao cliente cabe divulgar, ou autorizar, a divulgação do que se passa na sua terapia.

Sofremos de reminiscências, sofremos de lembranças, e precisamos de um espaço de confiança para falar sobre elas. O código de sigilo ajuda a criar esse espaço. O terapeuta sabe que não tem o poder de curar, mas dedica-se ao serviço de levar o outro a conhecer-se e compreender o significado de sua dor, para que busque a autocura.

O segredo pode ser uma fonte de angústia, tanto para aquele que o guarda, quanto para aqueles que o temem. A confissão do segredo libera a alma da angústia. É saudável livrar-se do fardo de um segredo, é saudável poder falar sobre isso. Jung dizia que a terapia se assemelha à confissão da Igreja Católica:

Nada fecha tanto o homem sobre si mesmo e o separa do convívio dos demais do que a posse de segredos que julga importantes e que guarda ansiosa e ciosamente. Muitas vezes são atos e pensamentos “pecaminosos” que separam o homem e os mantêm afastados uns dos outros. Aqui a confissão tem, não raro, um verdadeiro efeito de redenção. A incrível sensação de alívio que costuma seguir-se ao ato da confissão deve ser atribuída à readmissão daquele que estava perdido no seio da comunidade humana. A solidão e o isolamento moral anterior, tão difíceis de suportar, cessam com a confissão. E aqui está o verdadeiro valor psicológico da confissão.”

Todo terapeuta deve experimentar em si mesmo os recursos da terapia. Não faz sentido ajudar alguém a buscar seu caminho de auto-conhecimento sem que percorra o seu próprio. Assim, o terapeuta deve buscar conhecer-se e trabalhar seu mundo interior. Deve, em algum momento, estar no lugar do cliente e sentir o quanto criar um espaço de confiança plena é importante.

Com esse aprendizado, fica fácil assumir a responsabilidade pelo sigilo e pela criação de um espaço terapêutico curador, para auxiliar o cliente a se desidentificar e se libertar progressivamente das amarras que agem como verdadeiras fontes de medos, culpas, raivas, tristezas e mágoas, direcionando cada vez mais sua energia e seu olhar para a harmonia, o equilíbrio e conexão interior.

Você se desidentifica do passado quando pode ressignificá-lo. E esse novo significado somente é possível quando você compreende o jogo que foi destinado a você, mesmo que aparentemente o destino tenha sido totalmente cruel,” explica Sri Prem Baba.

Quando há troca de informações, fica muito mais fácil absorver novos aprendizados. A auto-percepção aguçada, como você sabe, é necessária a todos os processos de transformação, mas, muitas vezes, a ajuda de um especialista faz com que a autoconsciência floresça com mais amorosidade e naturalmente,” completa Heloisa Capelas.

Quer se conhecer melhor? Procure um terapeuta. Ele vai ajudar a desenvolver a sua amorosidade e a direcionar seu olhar para o que lhe nutre, para um otimismo com bases reais, para um caminho com mais nitidez, para acolher, integrar, agradecer, flexibilizar tudo o que chega até você.

Confie, o sigilo profissional faz parte da terapia.