domingo, 26 de fevereiro de 2012

Finalmente rotina

Érima de Andrade

Passado às festas de fim de ano, as férias, a preparação para o carnaval, o carnaval... o ano começa. Ou seja, a vida volta para a rotina conhecida.

E justamente por voltarmos para a rotina, achamos que o ano só agora vai realmente começar. A astrologia diz que a sensação do ano começar agora tem a ver com o inicio do ano astrológico. Pode ser... mas ter a vida de novo organizada pela rotina nos faz entrar num ritmo diferente do ritmo vivido até aqui.

E já que vamos voltar à rotina, que tal fazer isso com qualidade? Que tal dar atenção as atitudes que levam ao sucesso independente da sua formação acadêmica ou da sua experiência profissional?

Num artigo assinado por Renato Grinberg ele conta que "Há sete características comuns a todo profissional de sucesso que conheci. Esse conjunto constitui o olho de tigre."

Olho de tigre? Renato Grinberg explica: “Frequentemente, quando orientava profissionais ou executivos com dificuldades na carreira, vinha à mente uma cena de um dos filmes do personagem Rocky Balboa, o incrível boxeador vivido por Sylvester Stallone a partir dos anos 1970. Na cena em questão, em que o protagonista estava prestes a perder uma luta, seu treinador se aproximava dele e falava: "olho de tigre! Lembre-se do olho de tigre!"Era a senha para a grande virada.”

Ele continua: “Entretanto, o olho de tigre não é algo que surge casualmente ou que é espontâneo sempre. É algo que se cultiva ao longo da vida e que se aprende a manejar, mas que depende, antes de tudo, de tomar a decisão de ser um vencedor.”

O que faz um profissional se destacar dos demais, independentemente da formação acadêmica ou mesmo da experiência?

Renato responde: “Identifiquei sete características comuns a todos esses profissionais, e o conjunto dessas características é o que verdadeiramente constitui o olho de tigre:

1. Ter consciência de suas fortalezas e de suas fraquezas, ou seja, desenvolver apurado autoconhecimento. A percepção que temos de nós mesmos pode ser distorcida, por isso, é necessário frieza e fazer uma autoanálise rigorosa e realmente honesta sobre nossas competências.

2. Ter dedicação extrema, incansável e eficiente. Muita gente se engana contando a dedicação apenas por horas, e não por eficiência. O tempo investido em um projeto deve ser maximizado para obter resultados, independentemente da quantidade de horas gastas.

3. Ser criativo para transpor os obstáculos que aparecem pelo caminho. O que distingue o profissional criativo dos outros é sua atitude em relação aos problemas. O criativo direciona sua energia para a solução. Não fica paralisado, lamentando o problema.

4. Ter foco ao definir os objetivos e não confundi-los com sonhos, pois objetivos devem ser coerentes com suas habilidades e limitações. Ao contrário dos sonhos, objetivos são tangíveis, pertencem à realidade e têm características muito claras: são específicos, são mensuráveis, são planejados, são flexíveis e têm prazo para serem atingidos.

5. Ter a capacidade de identificar oportunidades menores e não deixar as grandes chances passarem por medo de fracassar. Para saber se uma situação pode impulsionar sua carreira ou seus negócios, verifique se a situação leva você para mais perto de seu objetivo.

6. Desenvolver e manter uma rede de contatos. Se você quiser ficar bem no mundo corporativo, precisará estar rodeado de aliados. Conhecer pessoas-chave é a meta final, o alvo do networking.

7. Saber se posicionar. A maneira como você se apresenta e se posiciona vai comunicar se você é um vencedor ou um perdedor. Assim como um produto, um profissional precisa ter um posicionamento claro e alinhado com suas fortalezas. Quem tenta ser tudo demonstra um posicionamento confuso.”

Vamos praticar? Feliz 2012!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Amigos e brincadeiras

Érima de Andrade

As brincadeiras nos aproximam dos amigos, e os amigos são fundamentais para nossa saúde. Desde a infância aprendemos a nos relacionar através das brincadeiras.

Brincar dá oportunidades para fortalecer laços afetivos e inclui a questão da troca, em que a criança divide o brinquedo, as atividades, adquire normas e valores”, explica Claudia Cristina de Siqueira.

“Através da interação lúdica a criança assimila a realidade a que está submetida, compartilha e exterioriza sentimentos e emoções, estabelece laços e vínculos, desenvolve a consciência de si e do meio social, estimula a atenção, o raciocínio, a coordenação dos membros e do próprio corpo. Garantir o direito de brincar é garantir que a criança dê continuidade ao seu pleno desenvolvimento. É possibilitar a manutenção da saúde física e psíquica,” escreveu Pryscilla Mychelle S. Paula

Um estudo publicado na revista Developmental Psychology, afirma que os laços de amizade ajudam crianças a superar experiências difíceis e diminuem o impacto negativo sobre a autoestima infantil.

"Ter um melhor amigo presente durante um evento desagradável tem impacto imediato sobre o corpo e a mente de uma criança", disse o coautor do estudo William Bukowski. "Se uma criança passa sozinha por problemas com um professor ou uma discussão com um colega de classe, vemos um aumento considerável nos níveis de cortisol e diminuição da sensação de autoestima".

“No entanto, quando havia um melhor amigo presente para compartilhar a experiência ruim, os níveis de cortisol e os sentimentos de autoestima apresentaram uma mudança menor”, revelou a pesquisa do Centro de Investigação em Desenvolvimento Humano da Universidade Concordia, em Montreal.

Ter amigos, de acordo com a pesquisa, diminui bastante as chances de uma criança sentir-se deprimida durante os anos escolares. “As crianças mais isoladas do convívio com as outras apresentem níveis elevados de tristeza e sentimentos depressivos”, concluiu William M. Bukowski. “A amizade promove a capacidade de superação e protege as crianças de interiorizarem problemas como a ansiedade ou depressão”.

A facilidade, ou não, de construir laços de amizade, passa pelo tipo de educação que a criança recebeu. Uma educação permissiva ou autoritária demais influencia no comportamento da criança, fazendo com que se sinta insegura no relacionamento com o outro.

“A criança, para crescer saudável, precisa de limites bem claros. Precisa conhecer o certo e o errado até para poder saber como agir na vida. Os pais da atualidade, em nome de serem amigos e compreensivos, permitem que as crianças façam escolhas para as quais não estão prontas, achando que estão proporcionando independência aos filhos, mas, na verdade, estão se ausentando de assumir o papel de responsáveis pelas escolhas deles até que eles cresçam para fazê-las”, alerta Maria Flávia Ferreira.

E completa “quando os pais assumem o papel de cuidadores da criança, proporcionando assim segurança, ela não tem porque se excluir do convívio social.”

Maria Dirce Benedito explica que “a ligação com os pais é essencial: a partir dela, se constroem as condições para o desenvolvimento de outras relações. Se esta relação primeva não estiver bem ajustada, a criança pode ficar insegura em todos os outros relacionamentos que estabelecer”.

E continua: “quando a criança nasce, ela tece sua rede de relações sociais a partir da família: primeiro com a mãe, estendendo-se para o pai e, depois, ampliando para os outros familiares. Se a criança não passa por essas fases de desenvolvimento social ou se tem dificuldade com essas relações, é possível que ela precise de ajuda. E os pais podem observar e perceber este problema desde os primeiros anos de vida do filho”, diz Maria Dirce Benedito.

“Crianças aprendem por observação: vendo como os adultos agem em situações sociais, ela vai desenvolvendo o próprio repertório. Os pais que não se encontram nunca com amigos não estão desenhando esse modelo para o filho”, explica Claudia Cristina de Siqueira. “Os pais que valorizam as relações pessoais, portanto, irão mostrar que o filho pode e deve fazer o mesmo”, completa.

Se as amizades perdurarem até a fase adulta, então, melhor ainda. Os pesquisadores notaram que o que acontece durante a infância pode afetar as pessoas na vida adulta, incluindo ter sentimentos de baixa autoestima. "Nossas reações fisiológicas e psicológicas diante de experiências negativas na infância impactam mais tarde", explicou Bukowski.

Claudia Cristina de Siqueira alerta para questões importantes a serem observadas pelos pais e pela escola:

“Aquela criança está sempre sozinha?
Com quem ela anda?
Ela é convidada para ir à casa dos outros colegas?
Ela costuma estudar com alguém?
Quando monta grupos, o que acontece?”

É preciso respeitar o ritmo da criança, mas se, apesar do seu apoio, for muito difícil ver seu filho fazendo amizades, é recomendável procurar ajuda profissional.

Também na sua vida adulta é importante observar:

Você está sempre sozinho?
Recebe e retribui visitas?
Costuma sair com alguém?
Como você age quando está em grupo?

E se perceber alguma dificuldade, não hesite em buscar ajuda. “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Saúde social

Érima de Andrade

Somos seres sociais, temos necessidade da vida em sociedade, buscamos pertencer a um grupo.

O site Só Biologia, www.sobiologia.com.br, explica que uma “sociedade é composta por um grupo de indivíduos da mesma espécie que vivem juntos, de forma permanente e cooperando entre si.” 

Diferente das abelhas e das formigas, que nascem sabendo qual o seu papel na sociedade, nós precisamos descobrir como cooperar na sociedade que vivemos. Como elas, também visamos, com a cooperação, a sobrevivência da espécie e da comunidade.

Mas estamos aprendendo a cooperar? Estamos ensinando aos nossos filhos a cooperação?

Tenho atendido cada vez mais adultos no consultório que se percebem socialmente inábeis. São pessoas totalmente voltadas para seus próprios mundos. Não sabem o que fazer, como agir, como se portar ou falar, quando estão num grupo diferente do seu grupo de pessoas conhecidas. São adultos com baixíssima resistência a frustração. Ou é da maneira deles, ou se fecham para as relações.

Como fez falta a esses adultos brincar na infância. Foram crianças responsáveis, inteligentes, com muita coisa para aprender e estudar. "Brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde", dizia Donald Woods Winnicott. “Os jogos e as brincadeiras infantis, além da competição, propiciam o desenvolvimento da imaginação, o espírito de colaboração, a socialização e ajudam a criança a se adaptar melhor ao mundo.”

Cristiane Montenegro Rondelli escreveu: “Os diversos conflitos sociais que testemunhamos na sociedade apontam a deficiente saúde social da humanidade. As dificuldades de relacionamentos entre as pessoas, a falta de uma comunicação clara, a insensibilidade em relação às necessidades dos outros e a própria dificuldade em lidar com as emoções afloradas durante os contatos pessoais são sintomas desta deficiência em nossa saúde social.”

E continua: “Estes conflitos, normalmente, se iniciam pela dificuldade dos indivíduos em se relacionar afetivamente, isto é, em identificar e controlar as próprias emoções e impulsos, acabando por dificultar, também, uma convivência saudável, tanto nos círculos sociais restritos, desde a própria família, como em grandes grupos e até entre nações.”

E completa: “O remédio sugerido para a cura desta doença é a inteligência emocional, que favorece um convívio social equilibrado. A homeostase social necessita de um cuidado entre as relações humanas, partindo do indivíduo, que deve desenvolver as habilidades para se motivar e persistir frente a frustrações; canalizar as emoções para situações apropriadas; praticar gratificações e incentivos; motivar as pessoas, ajudando-as a liberar seus melhores talentos e conseguir seu engajamento a interesses comuns. Todas essas habilidades se referem à inteligência emocional e vão possibilitar a saúde social.”

O Instituto Hoffman Internacional propõe “curar o mundo curando uma pessoa de cada vez.” E cada um que se esforce para se tornar um ser humano melhor, melhora o mundo como um todo. Qualquer mudança só acontece partindo do indivíduo.

Daniel Goleman destacou cinco áreas de habilidades da inteligência emocional que são necessárias para a saúde social:

“1. Autoconhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre.
2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os à situação.
3. Automotivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca.
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
5. Habilidade em relacionamentos interpessoais.”

São habilidades que podem ser desenvolvidas por todos nós, em qualquer época da vida. Melhorar, crescer, se desenvolver, é uma escolha. E escolher mudar é apenas o primeiro passo.

Márcia Alves propõe uma reflexão: “Dos relacionamentos que você já teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente você foi modificado para melhor? Será que você é a lembrança doida na vida de alguém? Será que você já construiu cativeiros? Ou será que já viveu em algum? Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a oportunidade de encontrar situações e as pessoas certas? Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas. Perguntar-se é uma maneira interessante de se descobrir como pessoa, pois as perguntas são pontes que nos favorecem travessias.”

Saúde social, vamos investir nessa idéia?

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Espelho

Érima de Andrade

Onde está o seu olhar?
Em você?
Em quem te olha?

 
                                                                                                                    Fotógrafa: Jamie Beck

“Onde você ainda se reconhece, na foto passada ou no espelho de agora?” Oswaldo Montenegro


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dengue

Érima de Andrade

Existe uma verdade incontestável sobre a dengue: para ser erradicada, é preciso a ação e atenção constante de toda a população.

Como quem não pegou dengue não se empenha nesse combate tanto quanto quem já passou por isso, pesquisadores têm investido em divulgar estratégias fácies de controle do mosquito, numa tentativa de conquistar a colaboração de todos.

Uma dessas campanhas reforça o compromisso histórico da Fiocruz em colocar o conhecimento científico a serviço da saúde pública, 10 Minutos Contra a Dengue.

Oswaldo Cruz foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Na sua época, organizou batalhões de mata-mosquitos, encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores da febre amarela no Rio de Janeiro.

Hoje o empenho do Instituto Oswaldo Cruz é na informação, para que cada um se responsabilize por manter o seu entorno livre dos criadouros do mosquito.

Cingapura foi capaz de interromper o pico de epidemia da dengue com ações semanais da população dentro de suas residências. É nessa experiência que se baseia a proposta 10 Minutos Contra a Dengue.  

Por que dentro das residências? Simples, o mosquito vive e se reproduz dentro das nossas casas. De acordo com as pesquisas, o ambiente doméstico concentra 80% dos focos.

Por que 10 minutos? Esse foi o tempo considerado suficiente para checagem e limpeza dos locais onde o mosquito costuma colocar seus ovos.

Por que uma vez por semana? Este é o período que o Aedes aegypti precisa para se desenvolver e passar da fase de ovo para a fase de mosquito adulto. Uma rotina de checagem semanal pode interromper esse ciclo e evitar o nascimento de novos mosquitos.
10 Minutos Contra a Dengue é uma campanha que orienta a ficar atento a calhas entupidas, caixas d’água destampadas, ralos com água da chuva acumulada, pratinhos de vasos de planta e a necessidade de colocar baldes e garrafas com a boca virada para baixo.

Pesquisas indicam que os grandes reservatórios, como caixas d’água, galões e tonéis são os criadouros que mais produzem A. aegypti e, portanto, os mais perigosos. É preciso mantê-los sempre tampados.

Mas isso não significa que podemos nos descuidar dos pequenos reservatórios, como garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, entre outros. Esses precisam estar sempre secos.

De uma olhada na sua casa, no seu quintal, na sua calçada e liste todos os lugares que podem ser atraentes para que o mosquito coloque seus ovos. Com essa lista em mãos, comprometa-se a checar e limpar semanalmente esses possíveis criadouros.

Lembre-se que vasos de plantas aquáticas, tanques que armazenam água, bebedouro de animais domésticos, jarras, potes, garrafas, baldes, e qualquer outro utensílio usado para guardar água, precisa ser lavado por dentro usando escova, água e sabão. Nesse ambiente as fêmeas depositam os ovos nas paredes e eles não são eliminados quando esvaziados.

Em seu blog Sonia Hirsh nos conta:

“Por séculos e séculos populações tropicais sobreviveram comendo apenas o que dava no local onde tinham suas aldeias. Nas regiões úmidas, ladeando as grotas, sempre houve fartura de inhame - na Ásia, na África, na América do Sul. Fácil de colher, fácil de preparar e ainda por cima gostoso, o inhame se tornou um dos principais alimentos básicos desses povos.

O que não se sabia é que, durante séculos e séculos, o pequeno e cabeludo inhame estava protegendo as gentes da malária, da dengue, da febre amarela.”

E tem mais:

“Comer inhame continua funcionando para evitar e tratar as doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue. Há algo no inhame, talvez o altíssimo teor de zinco, que neutraliza no sangue o agente infeccioso transmitido pelo mosquito. Diz o povo que é seu visgo que tem poderes. Não se sabe ao certo. A pesquisa científica ainda não se interessou. Mas o inhame ainda está nas feiras e mercados para quem quiser se beneficiar dele. Cru, cozido, amassado, em sopa, em creme, em caldo, batido com água de coco ou como massa de pizza: veja as receitas em www.correcotia.com/inhame . Bom, barato, gostoso. Para quem acredita mais na saúde do que na doença.”

Comer inhame funciona tanto como preventivo, quanto no tratamento e na recuperação da saúde. E ainda é gostoso.

Então, vamos evitar a dengue?

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Leveza no trabalho

Érima de Andrade

Li um artigo, escrito pela Eliza Tozzi, sobre o livro The Levity Effect (O efeito leveza), de Adrian Gostick e Scott Christopher.

Ela conta que, no livro, eles explicam que dar uma boa risada diminui os níveis de estresse, reduz a pressão arterial e contribui para diminuição das sensações dolorosas. Mas além dos benefícios para a saúde, manter o espírito leve, afirmam eles, ajuda no desenvolvimento profissional.

“Segundo a dupla, um ambiente de trabalho "leve" favorece o crescimento pessoal e aumenta a satisfação profissional, além de contribuir positivamente para o faturamento da empresa. Por leve entenda-se um local em que há liberdade para conversas, brincadeiras e, eventualmente, algumas piadas”, escreveu Eliza.

Scott Christopher alerta que “leveza não tem a ver com gargalhadas fora de hora, e sim com a vontade de encarar os problemas com otimismo sem deixar de apresentar bons resultados”.

O livro cita uma pesquisa que comprova que participar de práticas divertidas não prejudica a produtividade. Ao contrário, essa pesquisa mostra que um aumento de cerca de 10% na satisfação dos funcionários no trabalho resulta num crescimento de aproximadamente 40% em produtividade.

“A leveza é um exercício que precisa ser praticado todos os dias”, explica Scott Christopher.  “A última coisa que se pode exigir de um profissional é que ele mude completamente de personalidade. O humor tem que aparecer naturalmente, não pode ser forçado”, complementa.

Não pode ser forçado, mas pode ser praticado. Ele dá alguns exemplos dessa prática:

“Seus colegas vão perceber que você quer e pode ser uma pessoa mais divertida se começarem a notar seu interesse genuíno pelos problemas dos outros e sua vontade de enxergar pontos positivos mesmo em momentos de crise”, diz Scott.

Cumprimentar as pessoas no corredor, agradecer publicamente aos funcionários que fizeram um trabalho excepcional, ser cortês quando precisar dar um feedback negativo, dar crédito quando a idéia que salvou um projeto não for sua, tudo isso faz com que você se torne querido por seus colegas”, explica Scott.

“O mais importante é que você não esqueça que está conversando com pessoas, e não com computadores,” completa.

Eliza, em seu artigo, citou vários exemplos brasileiros de empresas empenhadas em criar uma aura de leveza no trabalho:

- uma produtora de eventos, que já no processo seletivo, coloca como essencial para entrar na companhia, ter bom relacionamento interpessoal e espírito positivo. Entre outras práticas adotadas nessa produtora, está a de comemorar o alcance das metas com almoços temáticos fora do escritório.

- outra empresa cultiva a leveza nas relações, propondo que a cada 15 dias, os funcionários participem de um café da manhã coletivo, no qual são estimulados a contar histórias pessoais. “É comum ouvir funcionários que vieram de outras empresas dizendo que trabalham melhor aqui porque se sentem à vontade para ser eles mesmos”, diz Diego Torres Martins.

- em períodos de estresse alto, numa outra empresa, os funcionários têm massagistas à disposição e recebem um par de ingressos de cinema, que devem ser usados, preferencialmente, para levar o namorado, a esposa, os filhos ou um amigo de fora do escritório para passear. “Ações desse tipo fazem com que a tensão diminua e o espírito de equipe se fortifique”, diz Charles Krieck.

- uma profissional, bem sucedida, que lidera uma equipe com vários funcionários, faz questão de manter o alto astral. Ela acredita que parte do seu sucesso se deve a essa maneira leve e compromissada de encarar o trabalho. “Sei que, depois de relaxar com o riso, consigo encontrar soluções para problemas complexos”, conta Raffaella Milfont.

“C.M. Consalvo, uma das fontes do The Levity Effect, afirma que o riso facilita a transição do sentimento de medo para o de segurança, o que, consequentemente, aumenta os níveis de pensamento criativo. Enfrentar a insegurança com otimismo é uma competência”, escreveu Elisa Tozzi.


“Se você trabalha com alegria e participa de programas que instigam o humor, consegue se concentrar mais para resolver problemas e cumprir metas difíceis, características fundamentais para se tornar um bom líder, diz Thais Trevisan.

E você, como está cultivando leveza e bom humor na sua vida profissional?

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Eu quero ser feliz agora

Érima de Andrade

Ser feliz é uma escolha e Oswaldo Montenegro sabe disso. Ele compôs essa música e aconselha, “olha pra vida e diz pra ela: eu quero ser feliz agora!”

E seja!

Eis a letra para você cantar junto:

Eu Quero Ser Feliz Agora – Oswaldo Montenegro

“Se alguém disser pra você não cantar,
Deixar seu sonho ali pr’uma outra hora.
Que a segurança exige medo,
Que quem tem medo Deus agora.

Se alguém disser pra você não dançar,
Que nessa festa você tá de fora.
Que você volte pro rebanho.

Não acredite. Grite, sem demora:
Eu QUERO ser feliz AGORA! (2x)

Se alguém vier com papo perigoso de dizer que é preciso paciência pra viver.
Que andando ali quieto, comportado, limitado, só coitado, você não vai se perder.
Que manso imitando uma boiada, você vai boca fechada pro curral sem merecer.
Que Deus só manda ajuda a quem se ferra, e quando o guarda-chuva emperra certamente vai chover.
Se joga na primeira ousadia, que tá pra nascer o dia do futuro que te adora.
E bota o microfone na lapela, olha pra vida e diz pra ela:
Eu quero ser feliz agora! (2x)

Se alguém disser pra você não cantar,
Deixar seu sonho ali pr’uma outra hora.
Que a segurança exige medo,
E que quem tem medo Deus adora.

Se alguém disser pra você não dançar,
E que nessa festa você tá de fora.
Que você volte pro rebanho.

Não acredite, grite, sem demora:
Eu QUERO ser feliz agora. (3x)”

Oswaldo Montenegro criou em seu site um concurso de clipes para essa música. Esse é o meu preferido. Cantem junto, sonhem, realizem e sejam felizes agora!