domingo, 25 de dezembro de 2016

Finzinho de Ano

Érima de Andrade

Esse fim de semana, 24 e 25 de dezembro, é tradicionalmente um fim de semana de encontros  com pessoas queridas.

Tivemos um ano de crise, bastante tenso e intenso para muitas pessoas. Mas o meu desejo, é que todos tenham podido, nos encontros que já tiveram para comemorar o fim desse ano, lembrar, reviver, compartilhar momentos felizes e gratificantes no meio desse caos diário.

Nos ensina Thay, que tudo é impermanente, por isso sofrimentos devem ser transformados e felicidades devem ser nutridas.

É essa a intenção da minha pequena coleção de fotos desse ano, que seja uma inspiração para relembrar e nutrir seus momentos felizes.

Talvez você se surpreenda ao perceber que, apesar de tanta tensão, você também teve momentos plenamente felizes e gratificantes ao longo do ano.

Somos humanos, e é uma das nossas características viver mais de um sentimento, ou sensação, em cada situação que nos acontece. Cabe a você escolher qual deles você vai alimentar.

O post da semana que vem será uma retrospectiva do blog em 2016. O de hoje, são fotos que provocaram os meus afetos mais positivos.

Desejo:
Que você tenha dias felizes e boas festas nessa virada de ano.
Que esteja em paz onde quer que esteja.
Que não lhe falte abraços, afetos, amores e alegrias em todos os momentos do  ano novo.
Que seja um ano cheio de mãos dadas, olhares afetuosos e corações juntos em muitos abraços felizes.
Que suas escolhas lhe leve a sua melhor versão de si mesmo. 
Que os anjos sigam lhe acompanhando, mesmo quando esquecer que eles estão por perto.

Eu, daqui, sigo agradecendo a sua companhia, e rezando para que o melhor se manifeste para você em 2017.

Que seja bem-vindo o ano novo! Beijos felizes em todos!

 


 


 
   
 




 Ah tá... vale confirmar a sua impressão: sou mesmo apaixonada pelo céu :)

domingo, 18 de dezembro de 2016

Felizes Festas!

Érima de Andrade

Depois de um ano com tantas e boas emoções, tantas e tensas informações, chegamos, enfim, a dezembro e com ele
ao desejo de focar, nem que só por uns dias, nas festas e no que de bom elas nos oferecem.

Dezembro, na minha família, é um mês de oito aniversários, todos devidamente comemorados antes do natal. Mas, para a maioria das pessoas, dezembro é só o mês do natal e do fim do ano.

São duas festas próximas e totalmente distintas. Natal é uma festa para dentro, introspectiva, de encontros. É o dia da família, de sangue ou de escolha. De modo geral, as pessoas se reúnem para dividir uma refeição e trocar presentes.


Fim de ano, ou réveillon, é uma festa para fora, extrovertida. É o dia de festejar mais uma etapa vencida. Ao mesmo tempo, dia de comemorar um novo ano que vai começar. E tudo que é novo traz esperança, acena para a felicidade, nos dá uma sensação de fôlego extra.

Que bom que, nós humanos ocidentais, criamos o dia mundial de ter esperança, trinta e um de dezembro. E justo no dia seguinte, primeiro de janeiro, o dia mundial da paz. As outras culturas celebram em dias diferentes.

Se você não está em Marte, já percebeu que as lojas e os meios de comunicação não vão deixar que você esqueça que é natal aqui no Brasil. O bom desse ano, pelo menos é como eu percebo, é que houve um aumento de propagandas festejando um natal tropical. Verão, maçarico a todo vapor, calor de 40°, e o povo divulgando uma noite de neve... não né? Me incomoda... Que bom ver propagandas solares de natal. Me deixa mais feliz.

Para os cristãos, no natal, é comemorado o nascimento de Jesus de Nazaré. Mesmo que, historicamente, não se saiba a data que Jesus encarnou, a igreja católica oficializou a antiga festa pagã, em comemoração a volta do sol, como a comemoração do nascimento da luz do mundo, Jesus Cristo.

Na verdade, a igreja deu um novo significado a festa que comemorava o fim dos dias curtos, das noites prolongadas, das paisagens silenciosas e frias. Deu um significado cristão a noite de 24 para 25 de dezembro, véspera de natal, quando a escuridão mais profunda fica para trás no hemisfério norte. A luz renasce dia 25, e nos liberta da escuridão, pois devagar e sempre, os dias ficam mais iluminados, quentes e felizes. Muito bom esse simbolismo.

Também vem do hemisfério norte a lenda do Papai Noel, essa figura que representa a generosidade, a compaixão, e que traz os presentes de natal. E não tem nenhuma rivalidade entre essas duas figuras natalinas.

São duas histórias sobre o amor, a de Jesus Cristo e a do Papai Noel. E se essas histórias existem na nossa imaginação, é porque elas continuam fazendo algum sentido. Se tem gente que acredita em Jesus Cristo e em Papai Noel é porque eles continuam, de alguma forma, aparecendo na vida dessas pessoas.

Papai Noel representa esta parte de nós mesmos que está aberta a presentear, a receber, a amar sem discriminar, a ir além de si mesmo e compartilhar. Ele é um símbolo que traz consigo valores que despertam, revivem e fortalecem os nossos melhores sentimentos. Em dezembro somos todos um pouco Papai Noel.

Jesus é o profeta da inclusão, o que diz que todos merecem ser amados, independentemente de qualquer classificação. Jesus amava e pregava o amor. Dizia a todos, “amai-vos uns aos outros”. No natal somos, de fato, todos mais amorosos, mais dispostos a compreender, perdoar, aceitar e incluir. Somos todos um pouco Jesus Cristo.

Mesmo que você não seja cristão, nem ligue para Papai Noel, aposto que também está nesse espirito de confraternização de fim de ano, marcando um dia para encontrar as pessoas queridas, comprando presentinhos para alegrar quem você ama, pensando numa refeição especial, e quem sabe, até decorando a sua casa. Ótimo!

É dezembro, mês de olhar com honestidade tudo o que lhe marcou, e tudo o que você marcou por onde passou nesse ano que termina. E depois festejar, sabendo o que está celebrando e o que está comemorando. E pode ser que, para você, a única coisa que vale brindar é o fim de um ano tão intenso. E tudo bem. Esse é mesmo um bom motivo. Aproveite o momento e celebre, vem aí um novo começo.

Como contamos o tempo em dias, meses e anos, ao final de doze meses vivemos uma renovação. É o fim de um ano, e o início de um novo ano que vem por aí, até com um novo calendário. E festejamos, pois, junto ao reinício, vem a vontade de acreditar que, daqui para frente, tudo vai ser diferente e melhor.

Réveillon, ano novo, ano bom, não importa o nome que você dá para essa virada. Importa a comemoração da esperança num novo e melhor ciclo, numa nova e mais feliz etapa de vida, num ano novo com “muito dinheiro no bolso e saúde para dar e vender”.

Natal e fim de ano, são, sem dúvidas, festas de encontros, eu-com-outros. Esteja, mesmo que em energia, pensamentos, ou intenções, com suas pessoas queridas.

Desejo que você tenha sempre muitos motivos para comemorar, comer-e-orar, pois só depende de você reconhecer seus sucessos e conquistas, um brinde a isso, tim tim!, e fazer um ano melhor.

Desejo que você viva calma, com-alma, e serenamente as festas de dezembro, que consiga deixar no passado o que já passou, que tenha metas possíveis para o ano que se inicia, que viva feliz um dia de cada vez.

Desejo que onde quer que você esteja nesses dias, esteja em paz.

E por fim, desejo para todo mundo, para todos os seres, para toda a vida, um ano com muito amor, saúde, alegrias, sucesso, paz, abundância, prosperidade, energias positivas, luz e coisas lindas diariamente, sabendo que é o seu olhar que torna lindo o que você vê todos os dias.

Que em 2017 você lembre que pode voar, e que são os pensamentos felizes que nos fazem levantar voo. 


Que você tenha boas e felizes festas.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Felicidade

Érima de Andrade

Em novembro, houve em Curitiba, o I Congresso Internacional de Felicidade. Achei uma ideia maravilhosa reunir pessoas para falar sobre felicidade.

Um dos objetivos do congresso, era
lembrar que ser feliz é uma habilidade que se aprende. Por isso, na minha opinião, é muito importante falar sempre sobre isso. A gente esquece muito rápido que ela depende de nós.

Claro que para ser feliz você precisa se conhecer.
Nem adianta procurar a felicidade fora de você. É preciso procurar em você a fonte da sua felicidade. E vale a pena, porque ser feliz transforma a sua realidade. No mínimo, você conquista qualidade de vida.

Se conhecendo, se desenvolvendo como pessoa,
cuidando de seus quatro aspectos (físico, espiritual, emocional, intelectual) de forma consciente, você caminha para uma vida mais harmoniosa, plena e realizada. Ou seja, você caminha para a felicidade.

Como disse o pesquisador Richard Davidoson, “felicidade é como jogar basquete ou tocar violão, quanto mais você pratica, melhor você se torna.”
Ou seja, no momento que você decidir praticar, você começará a caminhar em direção a sua felicidade.

Não estive no congresso, mas nem por isso vou deixar de falar do assunto. E se você, como eu, também não esteve,
eis o que algumas pessoas que decidiram ser felizes, e tornar felizes as pessoas próximas, falam sobre seus caminhos de felicidade. Que seja uma boa inspiração para os seus caminhos.

“Há sempre um caminho para a mudança e ele só pode começar dentro de você. Você atrai aquilo que gera. Por isso, para receber amor é preciso, antes, gerar amor. Com a felicidade é a mesma coisa. E você gera felicidade a partir da sua intenção de ser feliz. Você sabia que ao sorrir você estimula partes dos seus neurônios, mas que ao sorrir mesmo sem vontade, você também provoca esse efeito que vai gerar felicidade? Tente, no seu próximo exercício respiratório, inspirar sorrindo, e veja em você a transformação.” Heloisa Capelas

"Não tome a atitude de que alguns sentimentos são bem-vindos e outros não. Não instale um "balcão de imigração" para os sentimentos e pensamentos ... diga: "Tudo pode vir, eu não me importo." Deixe que tudo venha e agarre-se a si, mas não se agarre a nada. Isto é liberdade! Realmente, estou falando a sério sobre isto. Porque você não pode escolher seus sentimentos.

Eu disse antes, da mesma forma que você não chega a um restaurante levando o seu próprio menu, não chegue a vida com a sua própria lista do que você deve ter em sua vida. Seja assim ... seja completamente livre! Deixe que tudo venha e que tudo vá... porque nada pode levar o que você É. Esteja enraizado em seu próprio ser. Deixe-os vir, não resista. Simplesmente não se identifique."Mooji


“Existem três caminhos para a felicidade. Ela é diferente da euforia. Felicidade é um estado de bem-estar permanente, mesmo com os altos e baixos da vida, nunca perder o eixo, e ver o mundo com um olhar de que tudo o que acontece é para o bem, plenamente otimista e cheio de gratidão. Existem três passos para a felicidade, o primeiro é o autocontrole do sistema nervoso, das glândulas, e ativando as respostas de relaxamento mesmo diante do estresse e poder continuar assim mesmo. O segundo passo é a conexão. Se não nos sentirmos harmoniosamente conectados, adoecemos e morremos, por isso o ponto-chave são a família e os amigos. E ter tempo para construir, lapidar e renovar esses relacionamentos de conexão ao nosso redor, porque são eles que promovem a nossa saúde e a nossa felicidade. Em terceiro lugar, a espiritualidade, uma conexão com algo maior, um senso de significado na vida, o de não estarmos aqui apenas por nós mesmos.” Susan Andrews


Felicidade é, na verdade, a soma de três coisas diferentes: prazer, engajamento e significado. Prazer, aquela sensação que costuma tomar nossos corpos quando dançamos, ouvimos uma piada engraçada, fazemos sexo ou comemos chocolate. Já engajamento é a profundidade com a qual você se envolve com suas atividades. E, finalmente, significado é a sensação de que você tem um propósito na vida, e de que caminha em direção a ele.” Martin Seligman

“Servir é colocar seus dons e talentos a serviço do propósito maior, que é a expansão da consciência. Em outras palavras, servir é tornar-se um canal do amor para fazer o outro brilhar, para fazer o outro acordar, para ver o outro feliz. Ao servir, você se torna um elo na corrente da felicidade - a felicidade passa por você para chegar ao outro.” Sri Prem Baba

“Amo tudo que estudo, amo transformar o conhecimento em mudança de vida!” Cíntia Schwab

“Ser feliz olhando para o passado, significa enxergar conquistas. Ser feliz olhando para o futuro, significa enxergar metas e objetivos. Ser feliz no presente significa estar aqui, com a cabeça aqui, sendo feliz com o que está acontecendo agora, saboreando aquilo que está na sua frente. Aproveitando aquilo que está acontecendo enquanto está acontecendo, você tende a ser uma pessoa mais feliz.” Pedro Calabrez

"Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando, ou de vez em muito, não deixam adormecer a ideia de um mundo que possa acordar sorrindo.” Ana Jácomo 

“Simplesmente vivemos e encontramos a felicidade em pequenas coisas e nos momentos.” Iara Xavier

“O apego diz: “Eu te amo, por isso quero que você me faça feliz”. O amor genuíno diz: “Eu te amo, por isso quero que você seja feliz. E se isso me incluir, ótimo. Se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.” Jetsunma Tenzin Palmo

E para encerrar, um convite da Teresa, que há muito tempo trilha os caminhos de ser feliz e de criar felicidade ao seu redor:

“Que tal promover um olhar de clareza e ternura ao ciclo que se encerra como uma preparação aos próximos movimentos? A borda entre os ciclos pode ser um tempo bom para cuidar da terra que está sob nossos pés e observar o céu acima - e dentro. Já vivemos o suficiente para perceber que não adianta lá muita coisa perder tempo tentando deletar o que nos parece ruim e congelar o que nos parece bacana.

A mera retrospectiva dos fatos muitas vezes confunde e empobrece o olhar. Melhor talvez seria observar com honestidade e gentileza como os diversos fatos nos afetaram, e como nós afetamos os fatos. Afinal, o que mais estava acontecendo - dentro e fora - enquanto um fato capturava minha atenção, fosse por gozo ou aflição?

Listar fatos passados e sonhos futuros pode ser bom. Mas talvez melhor mesmo seja dar-se conta do fluxo incessante da vida, dessa vida que tanto e tão misteriosamente nos instiga e nos inspira a nela fluir. Que possamos fluir com Amor, seja lá qual ciclo for.” Teresa Bessil


Que em seus caminhos você encontre a felicidade.


domingo, 4 de dezembro de 2016

Pompom








Érima de Andrade

Uma pessoa querida, como muitas outras mundo a fora nessa época do ano,
se animou a fazer com as próprias mãos, os enfeites para as festas desse fim de ano, da sua casa. É de fato uma ótima ideia. Não tem como ser igual a lugar nenhum. Mesmo que você copie uma ideia de algum lugar, ao fazer você mesmo, terá a sua originalidade naquela decoração. E isso é bem legal.

No caso dessa querida, a base da decoração é o pompom de lã. E pesquisa na internet, assiste mil e um vídeos, e tenta. E se desespera. Não dá certo. Ela já tem certeza que é uma pessoa incapaz para trabalhos manuais.

Hum... será mesmo? Se você já tentou pesquisar para fazer um pompom, vai descobrir que tem várias maneiras de fazer, e com certeza, uma das técnicas será aquela adequada as suas habilidades.

Se você nunca tentou, aviso que, como tudo na vida, a prática leva a perfeição. Pode ser que o seu primeiro pompom não saia daquele jeito fofinho e maravilhoso que você viu nas fotos. E tudo bem, é assim mesmo. É fazendo que aprendemos a fazer.

Mas se você é perfeccionista, não sair maravilhoso logo no início, é um sofrimento que poderia ser evitado. É a auto cobrança exagerada dos perfeccionistas que os impede de aproveitar aprendizados, comemorar sucessos intermediários, e, mais triste ainda, perceber que mesmo não tendo ficado perfeito, em muitas etapas eles acertaram.

Perfeccionistas são de extremos, ou é tudo um sucesso, ou é tudo um fracasso. Gente... fim de ano..., hora de comemorar mais um ano que termina com festas, e esperanças renovadas num ano novo melhor. Não dá para fazer uma decoração cheia de boa intenção e sofrimento.

É claro que é ótimo buscar bons desempenhos em tudo o que você faz. Mas ser reconhecido socialmente por seus altos padrões de excelência, e sofrer de infelicidade e insatisfação crônicas, não é bom para ser nenhum.

Os pesquisadores listam algumas características dos perfeccionistas. Veja se você se encaixa numa delas. Se sim, relaxa, tem saída. E sim, vai dar para ser feliz na sua decoração no estilo “faça-você-mesma”.

Você sempre tentou agradar os outros. Os perfeccionistas aprendem muito cedo a viver de acordo com as palavras “eu realizo, logo eu sou” – e nada lhes dá maior satisfação do que impressionar os outros com o seu desempenho.

Infelizmente, viver sempre correndo atrás da nota 10 – seja na escola, no trabalho ou na vida – pode resultar em uma vida de constante frustração e auto questionamento. Que tal mudar para, “eu aprendo com cada experiência da minha vida”?

Você sabe que a busca pelo perfeccionismo está lhe prejudicando, mas você acha que isso é apenas o preço que precisa pagar para ter sucesso. Essa é uma pessoa que tem a mentalidade “sem dor, sem conquistas” na busca pela grandeza. Não né? Bora relaxar e aproveitar o momento presente.

Você é um grande procrastinador. Parece incoerente? Não é. O perfeccionismo está fortemente ligado ao medo de errar. Medo de errar não é um bom motivador. E aí surgem os comportamentos de auto sabotagem, e a procrastinação. Encarar de frente cada tarefa, quando elas aparecem, é sempre o melhor caminho.

Você é altamente crítico de outras pessoas. Julgar os outros é um mecanismo de defesa psicológica bastante comum. Nós rejeitamos nos outros o que não aceitamos em nós mesmos, por isso julgamos tanto. E quando se trata de um perfeccionista, geralmente há muito que ser rejeitado.

Ao pegar mais leve com outras pessoas, você pode se permitir pegar mais leve com suas falhas também. Quer tentar?

Para você, é tudo ou nada. Muitos perfeccionistas lutam com o pensamento de extremos, um momento você está tendo sucesso e no próximo já é um derrotado. Tudo depende da sua mais recente realização ou falha.

Saiba que entre o preto e o branco tem uma infinidade de variações de cores que merecem ser experimentadas. Abra seus olhos para elas, você vai se surpreender.

Você tem dificuldade em se abrir com outras pessoas. Na maioria dos casos, o perfeccionismo simplesmente impede de ter uma verdadeira conexão com outras pessoas.

É uma estratégia simples, por ter um medo intenso de falhar, ou de ser rejeitado, o perfeccionista evita se expor, mostrar sentimentos, ou vulnerabilidade. Cria uma barreira entre ele e o mundo. Sair disso depende só de você.

Você sabe que não adianta chorar sobre o leite derramado… mas você chora mesmo assim. Seja por ter queimado o arroz, ou por ter chegado cinco minutos atrasado para uma reunião, aqueles que buscam a perfeição tendem a ter uma obsessão com cada errinho que cometem. E sofrem. Quando o foco principal está no erro, ou falha, o que lhe motiva é evitar isso a qualquer custo. Até a menor pisada de bola é um atestado incontestável da sua enorme falha pessoal.


Humanos são imperfeitos. Reconheça essa realidade. Permita-se o erro e o aprendizado. Você pode viver mais leve.

Você leva tudo para o lado pessoal.
Ao invés de reagir aos entraves e erros, buscando consertar e melhorar, o perfeccionista se sente derrotado. Considera cada falha como prova definitiva de que o seu medo de não ser bom o suficiente, é real.

Não é. Você é suficiente sendo quem você é. Você é mais perfeito sendo você mesmo, do que tentando ser alguém com uma imagem “irretocável”. Apenas seja.

... E você fica na defensiva quando é criticado. A fim de preservar a autoimagem frágil, e a aparência de forte perante os outros, o perfeccionista tenta controlar todas as situações defendendo-se de qualquer ameaça. Mesmo quando não há necessidade de defesa.

Você nunca "atinge o seu objetivo" totalmente. Já que a perfeição, obviamente, é algo impossível de se atingir, os perfeccionistas geralmente têm a sensação de que ainda não atingiram o seu objetivo totalmente. Sentem que falta alguma coisa para enfim relaxar e comemorar.

Você sente prazer em ver outra pessoa falhar, mesmo que não tenha nada a ver com você. O sofrimento adora uma companhia e os perfeccionistas – que gastam muito tempo e energia pensando e se preocupando com as próprias falhas – podem sentir um certo alívio, e mesmo prazer, ao ver os outros falhando em seus desafios pessoais. 

Dá a eles quase um sentimento de pertencimento. Confirmam que existem no mundo mais pessoas tão insuficientes quanto eles. Ufa! Já podem relaxar um pouco. Que triste...

Você secretamente nutre uma saudade do seu tempo de escola. Algumas pessoas detestavam a escola. Mas você, perfeccionista, amava, pois lá havia uma medida do seu sucesso: você tinha tarefas, notas, e um professor que estava lá para lhe dar um feedback positivo, e um tapinha nas costas por um trabalho bem feito.

O sistema estruturado da escola e a formula simples de “trabalhe duro, tenha um bom desempenho e receba uma recompensa”, oferece conforto à maioria dos perfeccionistas. Mas na vida não é tudo tão estruturado assim. É você mesmo que precisa se parabenizar por um trabalho bem feito. Seja o aluno e o professor.

Você tem uma alma culpada. No fundo, muitas vezes os perfeccionistas são atormentados por sentimentos de culpa e de vergonha. "O perfeccionismo não tem a ver com a busca da excelência ou da melhoria, que é uma coisa saudável”, diz Brené Brown. "É uma forma de pensar e sentir que diz: ‘Se eu tiver uma aparência perfeita, se eu fizer do jeito perfeito, se trabalhar e viver da maneira perfeita, eu posso evitar ou minimizar a vergonha, a culpa e o julgamento’ ”.

Então qual é o remédio para isso? Brown recomenda a prática da autenticidade. "A autenticidade é uma prática que você precisa escolher todos os dias”, ela diz, “as vezes a cada hora do dia”.

Permita que os outros lhe vejam exatamente como você é, e abra mão do escudo protetor do perfeccionismo, para que possa expressar a sua vulnerabilidade, sua originalidade, sua raridade, e viver a sua verdadeira beleza.

E se você também quer fazer uma decoração com pompons, tem duas dicas de dois sites ótimos.


O primeiro traz um passo a passo detalhado:
http://www.comofazeremcasa.net/como-fazer-pompons-com-novelo-de-la/

Materiais que você vai precisar:

Um novelo de lã;
Papelão (pode ser caixa de cereal);
Tesoura;
Fita adesiva;
Moldes impressos;
Cola em bastão.

Passo a passo:

Primeiramente imprima os moldes em um papel ofício e corte para colar no papelão escolhido. Faça como você está vendo na imagem.


Depois que a cola secar, corte no contorno dos moldes e faça 4 peças com o papelão. Você deve dobrar a base do mesmo jeito que está sendo mostrado na ilustração.


Agora pegue duas peças que você fez e junte-as, sendo uma de costas para outra, como na imagem. Segure-as desse modo.


Comece a enrolar o novelo de lã nas 2 peças juntinhas. Vá enrolando de frente para trás e quando chegar no fim, volte enrolando de trás para frente. 


Faça isto até que a peça fique bem gordinha, como na foto. Depois corte o novelo para não deixar pontas soltas.


Repita o passo anterior nas outras 2 peças que sobraram. Ao terminar você terá estes dois itens da foto.

Junte as duas metades para formar um círculo inteiro, como na foto.


Fixe os dois dessa forma passando fita adesiva nas bases.


Agora enfie a tesoura e vá cortando o meio da peça. Se você tiver uma tesoura mais fininha pode ser melhor. Você deve ir cortando no meio dos papelões opostos. Observe a figura e analise com cuidado a posição da peça para fazer o procedimento de forma correta.


Corte toda a volta e você terá algo parecido com este item abaixo. É feinho, mas ainda não está pronto. Relaxa.

Agora pegue um pedaço de fio de novelo e deslize entre as camadas para compor o “cinto” do pompom.

Puxe e aperte bem o fio para fazer um nó.


Agora é só cortar as fitas adesivas que foram usadas para fixar as bases de papelão. Depois vá retirando cuidadosamente as bases e seu pompom vai estar quase prontinho para ser usado!


No fim é só ajeitar os detalhes e fios mais longos, com a tesoura. Bem fácil e divertido fazer! A sugestão veio do site Homemade Gifts Made Easy


Veja como fica lindo!

Eis o molde:

No segundo site - http://www.joyzz.com/article-1595.html - as fotos são autoexplicativas:


Sucesso aí na sua decoração!

domingo, 20 de novembro de 2016

Compondo a própria história

Érima de Andrade

A canção Tocando em Frente, de Renato Teixeira e Almir Sater, tem frases lindas. Mas hoje quero destacar essa: “cada um de nós compõe a própria história/ cada ser em si/ carrega o dom de ser capaz/ e ser feliz”.

Já escrevi algumas vezes aqui no blog que entendo que cada um de nós é uma usina de energia. E que atraímos a mesma energia que emitimos. Para mim isso é claro e transparente. Mas não é para todo mundo.

É bem comum receber no consultório pessoas que estão começando no caminho do autoconhecimento. E o que mais as surpreende é descobrir que atraem as situações que se repetem na sua vida.

Quando mostro que é um fato, acontece assim mesmo, usando exemplos da história delas, ainda assim, tentam uma negociação. Não é que elas não se responsabilizem pelo que acontece com elas. É mais que isso, essas pessoas têm certeza que o que acontece com elas não é responsabilidade delas. Elas acreditam que não fizeram nada para merecer isso, seja lá o que isso for.

Algumas histórias são incrivelmente comuns. Alguém que chega ao consultório e ao contar sua vida, conta que “todas” as pessoas em “todos” os grupos têm inveja dela. E aqui as histórias se diferenciam, uns porque são bonitos, outros porque são inteligentes, outros porque são bem-sucedidos em alguma área da vida, e por aí vai.

Vamos pensar junto: qual é o elemento em comum em todos os grupos que você frequenta? A inveja.

Está bem. E quantas pessoas estão com você em todos esses grupos? São muitos, os grupos têm vários tamanhos.

E só você em comum em todos eles? Sim.

Então... já pensou que pode ser você quem provoca essa reação em todos os grupos que frequenta? Você é o ponto em comum, algo que parta de você deve provocar essa mesma reação em todos os lugares que você vai.

É nesse ponto da conversa que eles tentam uma negociação, do tipo, mas não pode ser...

Pois é, é. Funciona assim: você, em algum momento da sua vida viveu um episódio de inveja (para continuar no exemplo da inveja citado acima). E aquilo lhe marcou tanto que você criou uma estratégia emocional para que não se repetisse. Até tenta ser uma pessoa legal com todo mundo quando chega num grupo novo, mas a estratégia dura pouco.

E dura pouco porque não separamos uma única caraterística de uma pessoa. Quer dizer, separamos, mas generalizamos. Vou me explicar: a pessoa que lhe invejou era invejosa, e mais alguma coisa. Ninguém nunca é uma só característica. Vamos imaginar que além de invejosa era bem informada. Sim, é uma boa qualidade. E sim, boas e más qualidades convivem em todos nós.

Nessa historinha que estou criando, pode até ser, que por ser bem informada, a pessoa sentiu inveja ao perceber que você tinha uma competência que a destacaria na situação que vocês se conheceram. Então, invejosa, bem informada, morena, alta, sem papas na língua. Claro que todos nós temos mais do que só cinco qualidades, mas para esse texto, cinco são suficientes.

Aí você chega num grupo novo. Tenta ser legal com todo mundo e percebe que tem muitas pessoas morenas no grupo... Se aproxima mais das louras e percebe que tem muitas altas... Tenta se aproximar de um grupo menor e percebe que tem pessoas sem papas na língua... pronto, você viu uma característica em cada um do grupo novo, que é similar as características da pessoa que lhe magoou, e generaliza. Você agora tem certeza que todos nesse grupo são invejosos.

Antes de ser “atacada”, você ataca. E passa a tratar todo mundo, como? Não sei. Inferior? Possível que sim. E sua auto profecia se confirma! Todo mundo sempre tem inveja de você. Eles “logo” percebem que você está acima deles e a invejam...

Não tem jeito, você tendo consciência ou não, se responsabilizando ou não, querendo ou não, você atrai todas as situações que se repetem na sua vida. O bom é lembrar que “cada um de nós compõe a própria história/ cada ser em si/ carrega o dom de ser capaz/ e ser feliz”.

Sim, você pode mudar sua história, fazer uma nova composição. Emmanuel explica que a dor é uma Mestra Divina que “aqui corrige, adiante esclarece, além reajusta, mais além aprimora.” É um bom caminho. Algo provoca desconforto em você? Corrija. Se observe também que terá esclarecido sobre o porquê isso lhe acontece. Motivo descoberto, pode reajustar. Reajustado você se torna uma pessoa melhor, se aprimorou. E começou com sua decisão de mudar.

Olhe para você, tem alguma situação que se repete na sua vida e que lhe incomoda?
Vamos mudar?

“É preciso amor/Pra poder pulsar/É preciso paz pra poder sorrir”. É preciso amor próprio para ser feliz. E depende só de você.

Eu estou saindo para uma viagenzinha com a família. Dia 4 de dezembro tem post novo aqui no blog. Até lá, que tal cantar com Almir Sater e Renato Teixeira, Tocando em Frente?


Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais.
Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe,

Só levo a certeza
De que muito pouco sei.
Ou nada sei.
Conhecer as manhas
E as manhãs,
O sabor das massas
E das maçãs.
É preciso amor
Pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.

Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente.

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou,
Estrada eu sou.
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs.
É preciso amor
Pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Todo mundo ama um dia,
Todo mundo chora,
Um dia a gente chega
E no outro vai embora.
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz.

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs.
É preciso amor
Pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.

Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais.
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz,
E ser feliz

domingo, 13 de novembro de 2016

Sofrer por antecipação, que armadilha!

Érima de Andrade

Muitos já disseram que o mal do século é a ansiedade. E que o ansioso é alguém que vive no futuro.
É fato, estamos mesmo cercados de ansiosos esperando pelo futuro.

Ansiosos são pessoas que esperam por um futuro negativo, ou positivo, tanto faz, e que por esperar, perdem o momento presente, que é o único momento que de fato, podem realmente viver.

Ansiosos temem que nada aconteça da maneira planejada. Temem não serem capazes de lidar com surpresas inesperadas. Temem errar ao agir. Ansiosos temem, acima de tudo, perder o controle. E por isso, sofrem por antecipação.

Antecipar o sofrimento significa sofrer mentalmente antes, significa sofrer por um futuro que você nem tem certeza se vai acontecer. Ansiosos sofrem tanto, que não é raro que o sofrimento antecipado seja muito maior do que o sofrimento gerado quando o fato realmente acontece.

Existem ansiosos de todos os tipos, mas os mais comuns são os que se pré-ocupam com o futuro. Criam antecipações que geram inquietação e ansiedade. Vivem com medo e angustia, temendo que o futuro chegue e que suas previsões catastróficas se realizem. E claro, na expectativa deles, não serão capazes de dar conta de achar uma solução, uma saída, ou um caminho para recomeçar.

Mas não são os únicos. Existem também os ansiosos que têm uma expectativa positiva e exagerada do futuro. Os que vivem tão entusiasmados esperando alguma coisa que imaginam que será muito boa, que mal conseguem aguentar tamanha ansiedade. Como diz uma amiga minha, fazem tanta tempestade em copo d'água, e no fim, reclamam quando apenas chove.

Já sabemos que expectativas positivas ou negativas sobre o futuro, tiram as pessoas do momento presente. É uma conta simples. Essas pessoas ficam sem espaço interno para viver o presente, porque pensamentos e emoções estão ocupados demais prevendo o futuro que pode não acontecer.

Gastam o tempo presente com um futuro maravilhoso, vivendo e revivendo mil cenários do evento esperado; ou gastam o tempo imaginando todas as possibilidades negativas que podem ocorrer, vivendo e revivendo mil catástrofes.

É importante deixar claro que você pode ser cuidadoso sem a tensão da preocupação e do medo. Sem dúvida, um pouco de preocupação, além de relevante, é saudável para todas as pessoas. Aliás, todos os sentimentos na dose certa e no momento oportuno são bons. O problema acontece quando exageramos e perdemos completamente o equilíbrio, e com ele a capacidade de tomar decisões pertinentes.

Nossa mente é maravilhosa. Somos capazes de imaginar circunstâncias tão reais, que provocamos respostas corporais reais, sentimentos reais para circunstâncias imaginárias, que acabam nos levando a comportamentos inadequados ao que estamos vivendo no presente. E lá vamos nós tomar decisões que só nos atrapalham.

O excesso é sempre prejudicial. Sonhar é bom, mas é preciso ancorar a consciência no presente. Feridas do passado, ou antecipação do futuro, não são boas conselheiras para tomadas de decisão no agora.

A fórmula para o sucesso passa necessariamente pela aceitação da vida e do que ela traz a cada momento. Fugir para o futuro, ou para o passado, é negar a vida que acontece no presente.

Claro que pensar no futuro é bom, ajuda a traçar metas. Pensar com consciência crítica é ótimo. Mas pensar em excesso é uma bomba para a saúde psíquica. Pensar em excesso trava o desenvolvimento de uma mente livre e criativa, que seja capaz de lidar com o que lhe acontece no presente.

Gosto muito de uma frase do José Maria Gomes Neto: “Lá é um lugar que não existe, aqui é o lugar". É aqui que as perguntas desaparecem e tudo faz sentido. É no aqui e no agora que você pode se manifestar, e direcionar sua vida para alcançar seus objetivos. É só no agora que você pode viver.

Os excessos de pensamentos, para o bem ou para o mal, provocam emoções com perdas de qualidade, profundidade e estabilidade. Traduzindo, vivendo no futuro, os eventos do seu presente precisarão ter cada vez mais estímulos, aplausos, e reconhecimentos para que você sinta algum prazer. Nada do presente será bom o suficiente se você tem certeza que a sua felicidade está no futuro imaginado.

Sofrer antes também provoca um gasto intenso de energia por coisas que acabam não acontecendo. Ansiosos sofrem imaginando que não vão conseguir, que não vai dar certo, se irritam, dormem mal, e às vezes, até desistem do que queriam fazer.

E de novo, nada do que acontece no presente, é bom o suficiente para lhe deixar feliz, se você tem certeza que o seu futuro será trágico. É essa a armadilha. Ao dispensar o presente, você abre mão do único momento que existe para ser feliz, o único que você pode fazer alguma coisa pela sua felicidade. O futuro é só um pensamento. O passado também. O que de fato existe é o agora.

Como sair dessa armadilha? Com um choque de realidade e lucidez em cada pensamento perturbador. A realidade é sempre uma boa conselheira.

Você pode escolher mudar agora mesmo. Comece tendo consciência do que está pensando. Capture esse pensamento e submeta-o a perguntas sobre o que de fato está acontecendo nesse momento, e o que você está sentindo com o que lhe acontece? O que você está vivendo é o que você estava pensando?

Por exemplo, tem uma propaganda na TV que brinca com esse sentimento de querer controlar e saber de tudo antes. Imagine que é você vivendo aquilo. A cena é de um casamento. O padre pergunta para a noiva se ela aceita o noivo na saúde e na doença? Até aí tudo bem, faz mesmo parte do texto de um casamento essa pergunta. Mas o padre continua perguntando: aceita na calvície e no reumatismo, na incontinência urinária, na falência da empresa que vai abrir em seu nome? E segue insinuando antecipações catastróficas.

A pergunta é, nesse momento, o que de fato está acontecendo? O casamento. Às vezes a realização de um grande sonho. E o que você está sentindo com essa realização? Viva isso, e deixe para depois o que vai acontecer depois. Não há céu sem tempestade, mas você pode lidar com isso quando acontecer.

Não tenha medo de errar. Seus erros contribuem para você crescer, aprender e melhorar. Uma vida feliz, com bons relacionamentos, boas conversas, boas companhias, participando, sendo socialmente ativo, praticando atividades físicas, cuidando do sono, da alimentação, da hidratação, são ótimas maneiras de nos libertarmos das consequências das nossas preocupações antecipatórias.

O exercício respiratório, e as práticas meditativas, também são ótimas técnicas para aliviar o sofrimento e baixar o nível de ansiedade. Você tem recursos para ser feliz agora, use-os.

Sofrer por antecipação, não caia mais nessa armadilha.

domingo, 6 de novembro de 2016

Meu passado não me condena

Érima de Andrade

Frasezinha batida, mas muito verdadeira. Tenho compaixão por quem é assombrado pelo próprio passado. Em algum momento todos nós fomos. Não tem como escapar, somos humanos, nós e quem conviveu conosco, e portanto, falhamos.

Na infância isso pode ter lhe causado uma grande dor. E doeu tanto, que você colocou numa gavetinha bem escondida. Não lembra mais o que tem dentro dela, mas tem uma lembrança do medo e da dor. Mais ou menos assim: não sei mais o que tem ali dentro, mas lembro que dói, portanto tenho medo e não vou mexer nisso.

Ficou lá atrás, protegido. O medo é um guardião, ele protege alguma coisa que gerou esse mecanismo de defesa, alguma coisa que quando aconteceu você não pôde lidar. Ele lhe protege de uma dor que era muito grande.

Hoje, você pode pautar sua vida a partir dessas suas feridas do passado. Mas pode também escolher se libertar do passado, isso é, escolher trabalhar para que seu passado não lhe machuque mais. Como? Identificando seu medo, aceitando essa dor, compreendendo que não tinha como ser diferente, e integrando na sua história.

Eu fiz as pazes com o meu passado quando me conheci melhor. O autoconhecimento foi o meu caminho de pacificação. É muito libertador e esclarecedor descobrir o porquê eu faço o que faço, e com quem e onde eu aprendi a ser quem sou. Somos todos aprendizes e compreender que nesse caminho cometemos erros, abre espaço para o perdão, a integração da sua história, as pazes com o passado.

Enquanto suas feridas escolherem seu caminho, você não estará vivendo o presente, e pode estar fazendo escolhas que só faziam sentido no seu passado. Fazer as pazes com o passado pode, enfim, permitir fazer escolhas a partir do que vive no momento presente.

Se libertar do passado não é, de maneira nenhuma, colocar uma pedra sobre o assunto e fingir que não aconteceu. Ao contrário, você precisa entrar nele. Precisa olhá-lo de frente, precisa compreender, precisa perdoar.

Ah, mas eu não posso perdoar meu passado! Pode. Mas não é um perdão da boca para fora. É um perdão que vem da compreensão de que as pessoas fizeram o melhor que podiam.

Olhe para o seu passado de um novo ponto de vista. Olhe com sua compreensão de adulto. Aquela dor, aquele medo, você criança, não dava conta. Mas agora adulto, você pode cuidar disso. Pode perdoar. Mais que isso, pode agradecer, pois você é hoje uma pessoa legal, e só é quem você é, porque você viveu tudo que viveu. Então sim, obrigada a todo mundo que fez parte do meu passado.

Quando você compreende, perdoa e agradece, você fecha as contas com seu passado, e pode então, viver plenamente o presente. Você se torna inteiro, identificou seus medos, aceitou suas falhas, integrou seu passado a sua história, compreendeu que não era pessoal, era apenas o que eles podiam fazer, e perdoou.

No meu caso, sou grata a todos os movimentos de autoconhecimento que eu vivi, pois me permitiram ser grata a todos que conheci. Gosto de quem eu sou hoje, gosto do que descobri a meu respeito.

Mais que isso, olho o meu passado e vejo sempre muita gente muito legal! É sempre uma delícia reencontrar essas pessoas que viveram comigo os anos de estudos no colégio. Tão legal como foi encontrar quem estudou comigo na faculdade. Tão legal como são meus encontros de família.

E viva o Facebook que possibilitou tantos reencontros! E uma vez encontrados, marcar um reencontro anual ficou muito fácil. 

O de ontem foi com Vicentinas/os. Somos Vicentinas/os, ex-alunos do Colégio São Vicente de Paula, de Niterói. E sabemos que uma vez Vicentinas/os, sempre Vicentinas/os!


Aqui vale contar que quando entramos era um colégio só para meninas. No equivalente ao que hoje é a oitava série, a escola passou a ser mista. Traduzindo, numa turma nossa de 40 alunos, 3 eram meninos.



Também vale informar que ontem choveu em Niterói desde a madrugada, parou depois das 23 horas. Muita gente ficou sem conseguir chegar. Mas super valeu encontrar quem conseguiu. E sim, ano que vem tem mais, em novembro, no mesmo lugar.

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2016

Então gente querida, até 2017!