domingo, 30 de dezembro de 2012

Mala cheia

Érima de Andrade

A vida como uma viagem... eu gosto muito dessa imagem...

E não sou só eu. Mesmo que a gente não se dê conta, usamos essa metáfora o tempo todo. Nos referimos ao nascimento de uma criança como uma chegada; a morte como uma partida; objetivos como destino; e a forma de chegar nele como um caminho.

Usamos frases como: o bebê está a caminho; o bebê está vindo; o bebê chegou. Ou ele se foi; ele nos deixou; ele partiu. E também, esse menino vai longe; ainda tem muita estrada pela frente; ou aonde você quer chegar com esse seu sonho?

Considerando que estamos viajando, com essa imagem em mente, como é a sua mala?

Você tem sempre espaço para um novo aprendizado?

Você evita pegar, receber, aceitar mais coisas justificando que não quer carregar peso?

Você é do tipo que fica desconfortável no frio e no calor, mas satisfeito por ter uma mala leve?

Você é aquele que carrega todas as quinquilharias que sabe que não vai usar, mas não quer deixar para trás?

Ou você é quem nunca tem espaço para nada, nem nada que possa ser usado?

Você se organiza milimetricamente sem nenhum espaço para imprevistos?

Você segue a risca seus planos iniciais mesmo que eles não façam mais sentido para você?

Você troca informações com outros viajantes, ou prefere guardar para si suas descobertas?

Quando você viaja acompanhado, você partilha a sua bagagem?

Você ouve o outro?

Você sabe viajar leve?

Você é capaz de combinar entre si as peças que colocou na mala?

Sua bagagem impede ou facilita a sua agilidade?

Muitas vezes você “despacha” sua bagagem e fica sem acesso ao seu conteúdo?

Ou você nem lembra mais o que colocou na mala?

Se você abrisse a sua mala, e avaliasse cada item com a intenção de eliminar os excessos, de tirar as coisas que não servem mais, de se desfazer do que nunca foi usado, ela ficaria mais leve?

Ou tudo que você carrega é essencial?

Independente de como está sendo essa sua viagem, desejo que você a conclua com a mala cheia.

Cheia do que lhe faz bem; cheia de realizações; cheia de aprendizados. Que você sinta conforto e bem-estar, sempre. Que você consiga sempre escolher o pensamento que lhe faz sentir melhor. Que você encontre auxilio por todo o caminho para se conectar ao seu verdadeiro ser. Que você possa ser a melhor versão de si mesmo.

Que você faça uma ótima viagem!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Para cuidar de você.

Querido Ser de Luz.

Você nasceu para viver em inteira sintonia com a melhor versão de Si Mesmo. Nasceu para amar quem você é e onde você está.

Ser de Infinita Luz, que caminha seguro e firme em seus próprios passos, que abraça os sonhos do próprio coração porque eles são importantes, sim, e porque eles são sagrados; nunca esqueça quem você é: um Ser de Luz com belíssimas possibilidades de aproveitar essa magnífica existência.

A vida lhe ensinou a apreciar imensamente o caminho percorrido; a respirar profundamente dizendo sim; e a acolher cada uma das transformações que você sente que ainda precisam acontecer em sua vida. Você é pleno de sabedoria.

Prepare-se Ser tão querido, generoso e gentil consigo, para um momento de carinho especial. Imagine uma caixa de cuidados para o Ser que decidiu dizer Sim a si mesmo, Você.

Eis uma sugestão, Flor de Luz, de um roteiro para aproveitar os produtos dessa sua caixa. Use sua sintonia e liberdade para decidir o melhor momento de usar, e como usar.

Que você esteja bem e seja feliz.

Comece colocando uma música, e enquanto ela preenche todo o espaço, aqueça a água para o chá e o escalda-pés.

Numa bacia de água morna, acrescente gotas de óleo essencial. Mergulhe seus pés nessa água enquanto saboreia o seu chá. Perceba os aromas e os sabores desse momento, permitindo que seu corpo inteiro relaxe.

Seque bem seus pés, e cubra-os com um esfoliante fazendo uma leve massagem. Seus pés, seus queridos pés, que lhe aguentam o dia inteiro, merecem esse cuidado.

Lave-os até retirar todo o creme, e sentado confortavelmente, com a ajuda de um hidratante, comece uma auto-massagem completa, dos pés para as pernas, depois o tronco, braços, mãos, cabeça, couro cabeludo, encerrando com a massagem no rosto. Dê sua atenção e seu cuidado a cada pequena parte do seu Ser. Entenda que cada partezinha do seu Ser é infinitamente abençoada o tempo todo, sinta isso ao longo da sua massagem.

Após a massagem, acenda um incenso e deite-se por um instante. Aproveite almofadinhas para a nuca e os olhos, e relaxe. Sinta seu corpo bem pesado, afundando completamente, de tal maneira que se você quisesse, seu corpo ficaria desenhado na terra quando você se levantasse. Deixe sair tudo o que tem cansado você ultimamente. Descanse. Relaxe. Permita que o aroma do incenso seja uma recordação desse momento de total cuidado com você mesmo. Deixe-se estar perfeitamente em paz, ouvindo a música que lhe acompanhou por todo esse processo.

Lembre-se de adoçar a vida cada vez que saborear uma balinha de algas. Nutra-se com o melhor, física e emocionalmente, por exemplo, saboreando seu chá com um biscoitinho. Coloque conscientemente sua energia no que lhe alimenta.

Permita-se lembrar que a qualquer hora, e em qualquer lugar, você pode cuidar de si. Você que é inteiro e que está presente em cada palavra que diz, em cada olhar que derrama sobre o mundo, em cada gesto de carinho com quem caminha ao meu lado, vive ciclos de encantamento e expansão. Desfrute-os.

Que você sinta conforto e bem-estar, sempre. Que você consiga sempre escolher o pensamento que lhe faz sentir melhor. Que você encontre auxilio por todo o caminho para se conectar ao seu verdadeiro Ser. Que você possa ser a melhor versão de Si Mesmo.

Receba a minha gratidão por me permitir participar desse seu momento.

Érima

domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal é tempo de festa

Érima de Andrade

Natal é tempo de festa, de celebrações e de belos rituais. Os meios de comunicação não nos deixam esquecer que é Natal. Mesmo assim, o mais importante, em qualquer comemoração, é saber o que você está comemorando e por que você está celebrando. Você sabe? Seja honesto com você, e com seus sentimentos, e responda:

O que essa data significa para você? O que motiva a sua festa? Você é aquele que celebra por amor essa tradição de jantares, ceias e trocas de presentes? Você é do tipo de pessoa que celebra quietinho, movido por um sentimento de paz? Ou para você só é Natal se tiver muita gente? Ou você é aquele que nem percebe que é Natal?

Independente do sentimento que essa época desperta em você, eu desejo que sejam dias de alegrias, felicidades e encontros. Quem sabe você aceita o meu convite e canta Natal é Tempo de Festa, junto com esse coral regido pelo Pato Donald?


Natal é tempo de festa,
Queremos comemorar,
Que os anjos toquem os sinos
Para vida alegrar!

Que as bençãos do céu,
De Deus Salvador,
Nos deem um ano novo,
De paz e amor!


Que seja um feliz Natal,
Que os anjos digam amém,
Um ano de muita paz,
E saúde também!

Natal festa de criança,
Queremos papai Noel,
Que os sonhos se realizem,
Das estrelas do céu!

Desejam um feliz natal,
O ano novo também.

Natal é tempo de festa
Natal é tempo de festa
Natal é tempo de festa
De paz e amor.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Eu agradeço, eu escolho.

Érima de Andrade

Eu agradeço:
ao amor,
aos meus amores,
aos meus amigos.

Agradeço:
os encontros,
os re-encontros,
os aprendizados,
as conquistas,
as escolhas.

Sou grata:
pelas alegrias,
pelas descobertas,
pelas vivências,
pelos que sempre estiveram comigo,
pelos distantes que ficaram perto pela internet,
pelos de perto que sempre estiveram ao meu lado.

Gratidão pela inspiração, pela felicidade, pela convivência, pela resiliência, por todas as mudanças e transformações.

Sou grata a esse ano, por tudo o que eu vivi.

Eu escolho:
o amor,
os amores,
os amigos.

Escolho:
o olhar atento,
a intuição,
a sensibilidade,
a compreensão,
o perdão,
a aceitação,
a clareza de propósito,
e o discernimento.

Escolho viver um dia de cada vez.
Escolho confiar.
Escolho fluidez.
Escolho saúde.
Escolho abundância.
Escolho prosperidade.
Escolho a felicidade.
Escolho a escolha consciente.

Escolho a franqueza, a paz e a segurança.

Escolho viver com tranquilidade o ano que se inicia.

Érima de Andrade

domingo, 16 de dezembro de 2012

Revendo 2012, abrindo caminhos para 2013

Érima de Andrade

Sim, o ano chegou ao fim. E mesmo que tenhamos o hábito de nos surpreender afirmando “como passou rápido”, também nos surpreendemos quando lembramos de tudo que vivemos lá no início de 2012, “parece que faz tanto tempo...”

Por isso, essa é a melhor época para fazermos um balanço de tudo que aprendemos, vivemos, construímos nos últimos meses. Quais foram as suas conquistas? O você perdeu? O que você ganhou? O que você ainda deseja? O que ficou de importante desse ano para você?

Também essa é a época de agradecer. É o momento de gratidão a tudo o que você viveu em 2012; gratidão a quem você é, gratidão pelo que você faz, gratidão pelo que recebeu, e gratidão por tudo aquilo que você se tornou nesse ano. A gratidão abre um espaço de reconhecimento do caminho percorrido, e com isso, ampliamos o espaço interno para novas metas e pedidos.

Então aproveite essa energia de fim de ano e faça também um lista de escolhas. O que você escolhe para você em 2013? Faça sua lista assumindo o compromisso de trabalhar junto com o universo, de ser parceiro na conquista dos seus objetivos, de fazer a sua parte para transformar positivamente a sua vida. Não basta apenas apresentar uma lista de pedidos, é preciso se comprometer com eles.

E celebre o ano que está terminando e o ano que está começando! Celebre em grupo, celebre com a natureza, celebre o que sente por você e o que você entrega aos outros. Celebre o amor por você e deixe fluir para todos os que estiverem ao seu redor. Precisamos amar e ser amados sem esperar nada em troca. Então celebre e contagie com o seu amor.

Parafraseando a Bárbara Petri,que seu ano seja mágico e que você tenha infinitas oportunidades de amar incondicionalmente tudo o que chegar até você.”



quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Como foi o ano de 2012 para você?

Érima de Andrade

Ontem, na reunião do grupo de meditação, nos fizemos essa pergunta: Como foi o ano de 2012 para você?

Enquanto eu ouvia sobre o ano das outras pessoas, uma imagem clara se formou na minha mente: meu ano foi como a cena da ponte invisível.

Lembrei dessa cena específica de um filme do Indiana Jones: o personagem sai de um túnel e encontra um abismo entre ele e a estrada que deve seguir. A principio sem pontes, sem cipós, sem caminhos possíveis.

Desde o inicio dessa jornada, Indiana segue as instruções do diário do seu pai. E segundo o diário, ele deve dar o passo da fé para transpor a salvo esse obstáculo. Ele então fecha seus olhos, ergue o pé na direção do abismo e… confia.

Para sua surpresa, havia uma ponte sólida e forte, mas impossível de ser vista do ângulo que ele estava. Pisando em solo firme, ele inicia a caminhada que o leva ao outro lado com segurança.

E essa foi a minha descoberta desse ano de 2012: mesmo que a principio eu só veja o abismo, as pontes estão lá.

Me descobri amparada, em segurança, amada e cercada de amigos. Nunca estive só, mas em alguns momentos, aconteceu de me esquecer disso. 2012 se encarregou de me lembrar que sempre houve pontes sobre os abismos.

Devidamente conectada a essas bençãos, que nunca deixei de receber, sigo atravessando a ponte que me leva a um 2013 repleto de realizações.

Que você também se lembre do quanto é diariamente abençoado.



domingo, 9 de dezembro de 2012

Amizade Sincera

Amizade Sincera 

Renato texeira

"A amizade sincera é um santo remédio
É um abrigo seguro
É natural da amizade
O abraço, o aperto de mão, o sorriso
Por isso se for preciso
Conte comigo, amigo disponha
Lembre-se sempre que mesmo modesta
Minha casa será sempre sua
Amigo

Os verdadeiros amigos
Do peito, de fé
Os melhores amigos
Não trazem dentro da boca
Palavras fingidas ou falsas histórias
Sabem entender o silêncio
E manter a presença mesmo quando ausentes
Por isso mesmo apesar de tão raros
Não há nada melhor do que um grande amigo" 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Amparando a vida

Érima de Andrade

Quando Michael contou ao pai que o bebê nascera antes da cesariana, o velho homem sorriu e balançou a cabeça.

-  Houve muito medo – disse-lhe o pai, em espanhol.

Ele ouvira falar dos temores da nora e percebeu que o filho sentia-se da mesma forma. Por isso, sabia que o bebê também estava com medo. Assim, sozinho na sala de espera, conversou mentalmente com o neto, encorajando-o a nascer.

Ele falou com o bebê sobre suas muitas lembranças da beleza da terra, do alvorecer, do pôr-do-sol, da nova colheita e da riqueza das safras. Disse ao neto que aguardava ansioso pelo momento de poder caminhar com ele sobre a terra, falou da bondade da vida, da amizade, do riso e do trabalho bem feito. Finalmente, falou sobre o seu amor pela família. Lembrou-se de seu próprio pai, no México, e da esposa, ambos mortos. Falou com o bebê sobre cada um dos irmãos de Michael, que seriam seus tios. Falou da bondade e da força de todos os seus filhos, do orgulho que sentia deles e das mulheres com quem se casaram. Lembrou antigos natais, aniversários e casamentos. Contou da alegria que sentiam pela felicidade uns dos outros. Ofereceu ao bebê o seu coração. E o bebê veio.

Nesses muitos anos, atendi vários partos como pediatra, orientadora, parente ou amiga. Algumas vezes, sugiro aos pais que, nesses momentos, falem com seus filhos que estão para nascer, mostrando-lhes imagens mentais da bondade do mundo, compartilhando com eles seu amor pela vida, fortalecendo-os e encorajando-os nessa passagem tão difícil.” Rachel Naomi Remen

É preciso muito tempo até que nos lembremos de que os bens preciosos que temos para dar não foram aprendidos nos livros e que a sabedoria de viver bem não é conferida aos que alcançam um alto nível nos estudos. Os verdadeiros professores estão em toda parte. Nossa vida será abençoada pelos outros muitas e muitas vezes até que, finalmente, consigamos nos lembrar de como nós mesmo podemos abençoá-la.” Rachel Naomi Remen

Abençoe todas as coisas que lhe transmitem sabedoria, pois elas irão se tornar parte de quem você é e vão aproximar você da vida. Os tibetanos reverenciam aqueles que lhes ensinaram a inestimável dádiva da sabedoria de viver bem. Talvez isso signifique reverenciar toda e qualquer vida – a formiga e a águia, o inimigo e o amigo, o parceiro, o parente, o filho. Todos eles nos oferecem a oportunidade de conhecer a nós mesmos e de conhecer a vida. A oportunidade de ampará-la. Isso vale para nossas vitórias e nossas derrotas, nossas doenças, nossas celebrações, nossas alegrias e nossas tristezas. Todas elas nos oferecem sabedoria. Que sejam todas abençoadas.” Rachel Naomi Remen


domingo, 2 de dezembro de 2012

Enfim dezembro!

Érima de Andrade

Enfim dezembro!

E vamos nós de novo ouvir/falar: “nossa, como esse ano passou rápido!”
Já já será 2013, porque dezembro, tradicionalmente mês cheio de festas publicas e particulares, passa voando.

Então, essa é a hora de repensar escolhas. É um bom momento para se planejar, traçar metas, objetivos, estratégias, e se organizar da melhor maneira possível para as mudanças que precisam ser feitas.

Avalie o que aconteceu com você durante o ano. O que tem acontecido na sua vida? Você está satisfeito com o rumo que sua vida está tomando? Suas escolhas estão alinhadas ao que você quer para você? Tem pendências para o ano que vem? Tem alguma correção de rota a ser feita?

Todos temos uma tendência de permitir processos de repetição. Por isso é tão importante se olhar, lembrar quem você é, do que você gosta e o que lhe faz feliz, para sempre que necessário, corrigir/acertar, ou manter a rota no caminho da sua realização.

Você está fazendo aquilo que lhe faz bem? Você está fazendo aquilo que faz melhor? No que você é bom? Tem usado esse seu talento para alcançar seus objetivos? Como você reage diante das dificuldades? Como você reage diante das oportunidades?

A essa altura da vida, você já sabe que nenhuma mudança é mágica, e que não acontece do dia para noite. Toda mudança é um processo, depende mais da força de vontade e atitudes realizadoras, do que planejamento. É preciso paciência e persistência para que seus planos se concretizem, para que as mudanças aconteçam em você, e na sua vida, no próximo ano. É preciso colocar em prática as mudanças que você quer na sua vida, para que elas realmente aconteçam.

Mas antes de tudo, é preciso saber, o que você quer para você? O que você escolhe para sua vida? O que faz você feliz? Do que você gosta? O que precisa ser alterado na sua estratégia de vida para que você se sinta útil, pertencendo e feliz? Aonde você quer chegar?

Aproveite esse clima de empolgação e de planos para o futuro, que sempre impera em dezembro, para tomar providências que acelerem suas mudanças. Um ano novo vai começar,
torne-o novo. Explore as possibilidades infinitas das escolhas, as chances de mudança e oportunidades de crescimento e de transformação dos mesmos velhos padrões de pensamentos e sentimentos. Identifique quais atividades e atitudes serão mais favoráveis no seu dia-a-dia para lhe colocar na direção do que você procura. Invista em você e agradeça sempre que possível.

Se queres um novo caminho, tens que aprender a deixar para trás o que já não tem significado para ti, para assim, dar lugar ao novo que é a tua mais pura realidade. A realidade que pertence ao conhecimento de ti mesmo; abrangendo áreas do teu ser que precisam e devem ser expandidas, para que possa saltar para mais perto da tua origem. Decide esquecer o que traz bloqueio a tua jornada, a tua alegria, a tua confiança; o que traz medos e inseguranças aos teus planos. Decide esquecer o que não pode te dar consciência do teu potencial que é feito para ser atento, criativo e amoroso. Coloca tua atenção na sutileza, na integridade dos teus verdadeiros sentimentos, que mostram o caminho a ser percorrido para que sejas puro de coração. Desfruta disso, é o único meio de compreender que a vida brota de cada momento presente que doares a ti próprio.” (Estação Paz)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Endereço novo!!!

Aceitando o generoso convite de uma amiga muito querida, as segundas-feiras, de manhã, vou atender em Icaraí:

Rua Mem de Sá 111 sala 905 – Icaraí – Niterói – RJ - CEP 24220-260

Para mais informações entre em contato pelo email:


Que o melhor se manifeste sempre!

Beijos!

Érima


domingo, 25 de novembro de 2012

Feriado!

Érima de Andrade

Ou melhor, feriados!

Ou melhor ainda feriado + fim de semana + feriado.

Aqui em Niterói: feriado + fim de semana + feriado + feriado + fim de semana...

E aí não teve jeito, a rotina mudou...

Para alguns mudou por excesso de programas, de comidas, de bebidas, de festas, etc. Para outros mudou por falta de sono, do que fazer, de rotina, de aula, etc.

Um amigo meu aproveitou para fazer um curso de autoconhecimento, o Processo Hoffman da Quadrinidade. Uma amiga que já sabe que vai estar de plantão nas festas, aproveitou para viajar. Meu vizinho aproveitou para acelerar a obra na casa dele.

Mas, surpreendentemente, a maioria esmagadora das pessoas que eu conheço, simplesmente reclamou, e muito, por ser feriado... Transformaram esses dias, em dias de indignação, dificuldades e aborrecimentos.

Ninguém foi pego de surpresa. Os feriados estavam anunciados desde o inicio do ano. Foram amplamente divulgados pelo comércio e pelas escolas. Não são imprevistos do qual não temos controle. Mas houve quem escolheu reclamar por total falta de jogo de cintura.

Os rituais diários, que ajudam a tornar uma parte da vida previsível, mudam com os feriados. Os prazos de entrega, e outros prazos, ganham dias a mais, já que contam apenas os dias uteis. Algumas escolas optam por suspender as aulas. Algumas repartições também emendam; lojas alteram o horário de funcionamento; e essa rotina totalmente diferente deixa algumas pessoas sujeitas à um ataque de nervos a qualquer momento.

É uma escolha. James C. Hunter escreveu, "a vida não é tanto o que nos acontece, mas a maneira como reagimos ao que nos acontece."

Você pode escolher entre a indignação, as dificuldades e os aborrecimentos; ou as oportunidades, as resoluções e a criatividade para enfrentar qualquer circunstância acreditando no seu potencial.

Novas estratégias também proporcionam êxitos. O resultado disso muitas vezes é a descoberta de novas ferramentas para lidar com circunstâncias complexas do dia a dia, como adversidades e imprevistos que colocam a prova nossa capacidade de ação e reação.

A maneira como nós pensamos, sentimos e somos, é o que vai determinar o nosso destino. Então, que tipo de pessoa você escolhe ser? Alguém que apenas se queixa e se faz de vítima ou alguém que assume a responsabilidade sobre sua própria vida e reações emocionais?

Lembre-se: você é o que se fizer ser.

Boas escolhas!


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Meditando

Érima de Andrade

As vezes, ao olhar as estatísticas aqui do blog, me deparo com uma postagem de meses atras, bombando. Dia desses, ou seja, no mês de novembro, as estatísticas me informaram que eu tive 131 leitores no texto sobre saúde social, que foi escrito em fevereiro!(Olhando agora, enquanto escrevo,constato que é uma postagem que já teve 420 leitores desde que foi publicada.) 

Isso faz crescer em mim uma vontade de transformar essas postagens num livro... é mais fácil de ser manuseado que um blog na internet... será?

Enquanto amadureço essa ideia, divido com vocês outros pensamentos que ultimamente, provocaram em mim uma reflexão.

Boa leitura!


A surpresa daquilo que você deixou de ser ou deixou de possuir revela-se nos lugares estranhos, não nos conhecidos.” Ítalo Calvino

Pergunte-se: para que você faz o que você faz? Na resposta, estão seus valores. Respire e pense nisso.” Heloisa Capelas

"Em algumas tribos xamânicas, se você chegar ao curandeiro se queixando de desânimo, de depressão, ele irá te fazer 6 perguntas:
Quando você parou de dançar?
Quando você parou de cantar?
Quando você parou de acreditar?
Quando você parou de se encantar pelas estórias?
Quando você parou para silenciar?
Quando você parou de amar?"

Meditação do Amor Universal

Estou limpando minha mente de todas as impurezas.
Que eu esteja livre da inimizade;
que eu esteja livre da maldade;
que eu esteja livre do sofrimento;
que eu seja feliz.

Que todos os seres sejam felizes,
que seus corações estejam alegres e se sintam seguros.

Que todos nós estejamos livres do sofrimento;
que todos nós encontremos a paz.

Meditação da Criança Interior

“Sentado ou deitado confortavelmente, respire, relaxe...
O objetivo é encontrar você mesmo, quando era criança, em algum lugar. Essa criança pode estar brincando no jardim, dormindo na cama, rindo, chorando, feliz ou mau-humorada. Chame essa criança da maneira que lhe chamavam quando era pequeno. Converse, brinque, leve presentes, acaricie, cante canções de ninar, dê a essa criança (que é você) o que ela mais precisa. Quando perceber que fez tudo o que podia fazer e a criança ficou satisfeita, volte à realidade.

Eis uma excelente maneira de encontrarmos auto-suficiência emocional. Faça essa meditação sempre que se sentir frustrado ou carente, verá como funciona. Lógico, não é uma cura milagrosa, estamos num longo processo de aprendizado. Mas creio que aprender a cuidar de nossa criança interior, a "dar colo" pra nós mesmos já é um bom passo no caminho.

Sejamos felizes!!!” Marcelo Dalla



domingo, 18 de novembro de 2012

Símbolo

Érima de Andrade

Símbolo, do latim symbŏlum, é uma invenção humana, uma representação visível de uma ideia, e seu significado é convencional. Um símbolo pode representar alguma coisa sem ter qualquer semelhança ou relação com ela, é uma convenção social.

No livro escrito por Ítalo Calvino, As Cidades Invisíveis, ele escreve entre outros temas, sobre as cidades e seus símbolos. Em Tamara, um jarro representa a taberna, e uma balança, a quitanda. Na astrologia um jarro vertendo água representa o signo de aquário, e a balança o de libra...

Que símbolos são importantes para você?

"As cidades e os símbolos 1"  

Caminha-se por vários dias entre árvores e pedras. Raramente o olhar se fixa numa coisa, e, quando isso acontece, ela é reconhecida como símbolo de alguma outra coisa: a pegada na areia indica a passagem de um tigre; o pântano anuncia uma veia de água; a flor do hibisco, o fim do inverno. O resto é mudo e intercambiável – árvores e pedras são apenas aquilo que são.

Finalmente, a viagem conduz à cidade de Tamara. Penetra-se por ruas cheias de placas que pendem das paredes. Os olhos não veem coisas mas figuras de coisas que significam outras coisas: o torquês indica a casa do tira-dentes; o jarro, a taberna; as alabardas, o corpo da guarda; a balança, a quitanda. Estátuas e escudos reproduzem imagens de leões delfins torres estrelas: símbolo de que alguma coisa – sabe-se lá o quê – tem como símbolo um leão ou delfim ou torre ou estrela. Outros símbolos advertem aquilo que é proibido em algum lugar – entrar na viela com carroças, urinar atrás do quiosque, pescar com vara na ponte – e aquilo que é permitido – dar de beber às zebras, jogar bocha, incinerar o cadáver dos parentes. Na porta dos templos, veem-se as estátuas dos deuses, cada qual representado com seus atributos: a cornucópia, a ampulheta, a medusa, pelos quais os fiéis podem reconhecê-los e dirigir-lhes a oração adequada. Se um edifício não contém nenhuma insígnia ou figura, a sua forma e o lugar que ocupa na organização da cidade bastam para indicar a sua função: o palácio real, a prisão, a casa da moeda, a escola pitagórica, o bordel. Mesmo as mercadorias que os vendedores expõem em suas bancas valem não por si próprias mas como símbolos de outras coisas: a tira bordada para a testa significa elegância; a liteira dourada, poder; os volumes Averróis, sabedoria; a pulseira para o tornozelo, voluptuosidade. O olhar percorre as ruas como se fossem páginas escritas; a cidade diz tudo o que você deve pensar, faz você repetir o discurso, e enquanto você acredita estar vistando Tamara, não faz nada além de registrar os nomes com os quais ela define a si própria e todas as suas partes.

Como é mesmo a cidade sob esse carregado invólucro de símbolos, o que contém e o que esconde, ao sair de Tamara é impossível saber. Do lado de fora, a terra estende-se vazia até o horizonte, abre-se o céu onde correm as nuvens. Nas formas que o acaso e o vento dão às nuvens, o homem se propõe a reconhecer figuras: veleiro, mão, elefante...” Ítalo Calvino

"A memória é redundante: repete os símbolos para que a cidade comece a existir." Ítalo Calvino




quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Compaixão

Érima de Andrade

E de repente a definição dada pelo Lama Padma Samten, “compaixão não é um comportamento piedoso, é uma inteligência lúcida”, me deixou com vontade de pensar sobre isso aqui no blog.

Você sabe agir com compaixão?

Padma Samten escreveu,“começamos com a prática de compaixão, uma das qualidades incomensuráveis. A essência é a capacidade de compreender os outros seres em seu próprio contexto de vida e de mundo. Nos colocamos no mundo mental e emocional de quem queremos beneficiar e de lá vemos como nós ultrapassaríamos as dificuldades experimentadas por ele. Surge em nós um impulso natural e intenso de produzir a saída da situação em que o outro vive. Surge uma energia poderosa de ação compassiva. Sentimos também a clara necessidade de termos habilidades para ultrapassar as dificuldades que se apresentam.” Lama Padma Samten

Compreender os outros seres em seu próprio contexto de vida e de mundo. Acredito que essa é a grande dificuldade. De modo geral queremos “ajudar” a partir da nossa própria história, do nosso contexto de vida, com nossos recursos, e muita vezes pioramos a situação.

Lembro em particular de uma história que se tornou clássica na faculdade onde me formei terapeuta ocupacional. Na reabilitação de um jovem hemiplégico, atendido por estagiários, no treinamento de higiene pessoal, ele foi treinado, e se saiu muito bem, no banho de chuveiro. Uma semana depois, ao retornar para o tratamento ele relatou que a mãe ainda o ajudava no banho.

  • Mas você teve alguma dificuldade com o chuveiro?”
  • Não. Aqui eu tomo banho sozinho sem problemas. Em casa não temos chuveiro e minha mãe ajuda no banho com o balde.”
Nossa realidade interferindo na ajuda efetiva ao cliente...

Com pena também não dá para ajudar. Heloisa Capelas usa uma imagem que eu gosto muito para diferenciar a pena da compaixão. Ela pede para imaginarmos alguém dentro de um buraco. Quando você sente pena dessa pessoa, você vai até ela. A abraça, a conforta e ficam os dois lá, dentro do buraco...

Quando você sente compaixão, mais do que confortar, você quer ajudar essa pessoa, e vai atras de uma solução, uma escada, mais pessoas para amparar na saída do buraco, uma corda, ou qualquer outra coisa que você perceba como necessária para essa tarefa. É a inteligência lúcida atuando.

Como explicou Padma Samten, compreendendo o ser em seu próprio contexto de vida e de mundo, vendo de lá como ultrapassar as dificuldades. Uma escada, uma corda, como você agiria para tirar a pessoa do buraco?

Se o amor está transbordando do seu coração e se você realmente se importa com o outro, encontre um meio para ele se levantar. A compaixão é desinteressada. Você quer realmente ver o outro feliz; você quer vê-lo brilhar, respeitando o processo dele.” Sri Prem Baba

Que você viva num espaço de compaixão, respeito e integridade. 

domingo, 11 de novembro de 2012

Santuário

Érima de Andrade

Numa das histórias do livro Histórias que Curam escrito por Rachel Naomi Remen, ela fala sobre santuário.

Ela começa falando desse espaço interno observado nos animais. Conta que seu gato Charles, de 18 anos, tem muitos esconderijos, e quando está num deles acontece uma mudança sutil: ele deixa de ficar vigilante e cauteloso, parecendo em paz e sem medo.

Mas tem um lugar, bem à vista de todos, que Charles também se envolve na costumeira inviolabilidade de todos os esconderijos. Totalmente visível, num ponto do tapete da sala, não importa o que aconteça ao redor, ele se mantém calmo e descontraído. Nesse lugar, ele se sente totalmente a salvo.

Meus gatos, Jotinha e Willy, também tinham um santuário, na cozinha, bem à vista. Brincávamos dizendo que eles pensavam que estavam escondidos, tal a mudança de atitude que esse lugar provocava.

Rachel continua contando que leu num livro sobre touradas na Espanha, que há um lugar na arena onde o touro se sente em total segurança. Se ele consegue alcançar esse lugar, para de correr, não sente mais medo e pode recuperar totalmente suas forças. Como esse lugar difere de touro para touro, cabe ao toureiro, estar ciente disso, e evitar que o touro ocupe esse espaço de integridade, que eles chamam de querencia.

Ela explica,“para os humanos, a querencia é um lugar em nosso mundo interior. Com frequência, é um lugar que não foi notado antes de um momento de crise. Às vezes é um ponto de vista, uma posição a partir da qual se conduz a vida, diferente para cada pessoa. Muitas vezes, é simplesmente um lugar de profundo silêncio interior.” Rachel Naomi Remen

E continua, “trabalhando com pessoas com câncer, tenho visto a mudança que ocorre quando a pessoa encontra sua querencia. Bem à vista do matador, elas se mantêm calmas e serenas. Sábias. Reuniram suas forças ao seu redor. O silêncio é mais seguro do que qualquer esconderijo.”

Rachel chama esse espaço de santuário e conta que uma das meditações que faz com seus clientes, começa com a sugestão “encontre um lugar seguro”.

Ela transcreve a vivência de um dos clientes: “eu nunca iniciava o exercício porque não conseguia encontrar um lugar seguro para começar. Procurava por toda parte. Eu me imaginava em minha casa. Imaginava-me pescando trutas. Imaginava-me à mesa do escritório em minha empresa ou na cabeceira da mesa na sala da diretoria. Nada ajudava. No meio disso, percebi que esse tipo de busca era familiar; venho me empenhando nela toda a minha vida. Comecei a ficar desesperado. No fim, eu me imaginei como um menininho no colo da minha mãe.

Está última me ajudou. Pouco a pouco, comecei a me sentir mais calmo, a serenar por dentro, e quando por fim me senti seguro, subitamente, me dei conta de que os braços a minha volta não eram os da minha mãe, mas os meus. O lugar seguro é dentro de mim. Não fora, onde o tenho procurado a vida inteira. Todos aqueles esconderijos, todas aquelas realizações estão dentro de mim. Por isso é que nunca o tinha encontrado antes.”

Santuário, onde o silêncio está sempre ali, imutável, ligado ao silêncio de toda a parte.

Que você encontre o seu santuário.