domingo, 29 de janeiro de 2012

Braille

Érima de Andrade

Louis  Braille, alguém que seguiu em frente apesar das dificuldades. É inspirador.  

 O Menino que Trouxe Luz ao Mundo da Escuridão de Willian J. Bennett

“Um  dia, um menino de  3 anos estava na  oficina do pai, vendo-o  fazer arreios e selas.  Quando crescesse, queria  ser igual ao pai. Tentando  imitá-lo, tomou um  instrumento pontudo e começou a bater numa  tira de couro. O  instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.  

Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego. Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores.

Aprendeu  a ajudar o pai  na oficina, trazendo  ferramentas e peças  de couro. Ia para  a escola e todos  se admiravam da sua  memória

De  verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas. 

Um  dia, ouviu falar de  uma escola para cegos.  Aos dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas.  

Ali  havia livros com letras  grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases. 

Logo  o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas. O processo de leitura  era muito demorado. A  impressão de tais volumes era muito cara. Em  pouco tempo o menino  tinha lido tudo que  havia na biblioteca.  

Queria mais. Como adorava música,  tornou-se estudante de  piano e violoncelo.  

O amor à música aguçou seu desejo pela leitura.  Queria ler também notas musicais. Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema.

Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A  escrita noturna consistia  em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobreos  códigos,  ler sem  precisar de luz.  

Ora,  se os soldados podiam,  os cegos também podiam, pensou o  garoto. Procurou  o capitão Barbier que  lhe mostrou como funcionava  o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador, muito semelhante ao que cegara o pequeno. 

Noite  após noite e dia  após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o. 

Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo. 

Com  persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam.  À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender.  

Finalmente, aos 20 anos de  idade, Louis  chegou a um alfabeto legível com combinações  variadas de um a seis pontos. O método Braille estava pronto. O sistema permitia também ler e escrever música. A idéia acabou por encontrar aceitação. 

Semanas antes de morrer, no  leito do hospital, Louis disse a um amigo: 

"Tenho  certeza de que minha  missão na Terra terminou." 

Dois  dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu.  

Nos  anos seguintes à sua  morte, o método se  espalhou por vários  países. Finalmente,  foi aceito como o  método oficial de leitura e escrita para aqueles  que não enxergam. 

Assim,  os livros puderam fazer parte da vida dos  cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.” 


Louis Braille, 4 de Janeiro de 1809 / 6 de Janeiro de 1852.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Amizade

Érima de Andrade

Recebi esse texto, escrito por Ana Paula Silva, que descreve de maneira bem clara o que ela considera o ABC da amizade. Minha sugestão é que você o leia pensando em você mesmo; em você sendo seu/sua melhor amigo/a.

"Alfabeto da Amiga

Aceita você do jeito que você é.
Bota fé em você.
Chama ao telefone só pra dizer “oi”.
Dá amor incondicional.
Ensina-lhe o que sabe de bom.
Fica contigo quando você não está legal.
Grava na memória só os bons momentos.
Humor não lhe falta para lhe fazer sorrir.
Interpreta com bondade tudo o que você diz.
Jamais o julga, esteja você certo ou errado.
Livra-o da solidão.
Manda-lhe pensamentos de ternura e gratidão.
Nunca o deixa em abandono.
Oferece ajuda quando vê sua necessidade.
Perdoa e compreende as suas falhas.
Quer vê-lo sempre feliz.
Ri com você e chora quando você chora.
Sempre se faz presente nos momentos de aflição.
Toma suas dores e evita que o maltratem.
Um sorriso seu basta para fazê-la sorrir.
Vai com você a qualquer lugar.
Xinga se for preciso e briga por você.
Zela, enfim, pela jóia que você lhe representa."

Você tem sido seu/sua amigo/a?

domingo, 22 de janeiro de 2012

Quebra - cabeças

Érima de Andrade

Quanto mais desafiado e estimulado, mais saudável fica nosso cérebro. Muitas pesquisas mostram que a estimulação intelectual é a melhor maneira de fazer com que o cérebro trabalhe bem durante toda a vida. Exercícios práticos, que enfoquem funções cerebrais específicas, influenciam na saúde e no desempenho do nosso cérebro.

“Impor desafios previne a deterioração cognitiva porque fortalece as conexões nervosas utilizadas frequentemente”, diz Randy Buckne. “Algumas teorias dizem que estas conexões se desintegram não importando o que faça, mas estimular o cérebro o pressiona a criar outras conexões para compensar a deterioração”, explica.

Montar quebra-cabeças, por exemplo, é um ótimo estímulo para o seu cérebro. Um jogo prático, desafiador, lúdico e divertido que melhora a saúde do cérebro, estimula a agilidade mental e desacelera o envelhecimento cerebral.

É um jogo onde exercitamos concentração, percepção, raciocínio, memória, imaginação, dedução, solução por exclusão, perspicácia, paciência, lógica, atenção, figura-fundo, agilidade e eficiência mental, habilidades em desafios visuais, estratégias e flexibilidade de pensamento. Enfim, quebra-cabeças intrigam, provocam, desafiam e divertem o cérebro, influenciando diretamente na saúde mental e promovendo a longevidade cerebral.

Objetivos que podem ser trabalhados na terapia ocupacional, com o jogo quebra-cabeças:

- Tirar o cérebro da zona de conforto;
- Concentrar, raciocinar, perceber e integrar;
- Comparar, relacionar, selecionar e julgar;
- Classificar, ordenar, associar e sintetizar;
- Planejar, organizar e estruturar;
- Contextualizar e descontextualizar;
- Descobrir opções;
- Associar e memorizar;
- Analisar, interpretar e completar;
- Despertar curiosidade;
- Experimentar, vivenciar, testar;
- Agir, mudar, solucionar;
- Imaginar, inventar, criar, recriar;
- Construir e reconstruir;
- Criar desafios pessoais;
- Superar limites.


Objetivo do jogo? Encaixar cada peça em seu lugar para que a imagem apareça perfeitamente, o mais rapidamente que conseguir.

Imagine que você tem agora um quebra-cabeças para montar, mas ele é totalmente diferente de qualquer outro que já tenha montado. Independente de conhecer ou não, é possível usar um mesmo roteiro:

1. Inicie observando a imagem a ser montada. Olhe as cores da imagem como um todo. Agora divida mentalmente a imagem em 4 ou mais partes, e veja se existe diferenças de tonalidades de um pedaço para o outro. Por exemplo, se for a imagem de um castelo visto do jardim. Nesse caso, talvez na faixa mais alta, esteja o céu, azul e branco; logo abaixo a construção em tons de cinza e bege; depois a parte gramada do jardim, com vários tons de verde e por fim um canteiro de flores em tons de laranja e amarelo. 

2. Agora que você conhece a imagem que vai construir, coloque todas as peças numa superfície plana voltadas para cima, de maneira que fiquem todas visíveis.

3. Comece a montagem pela borda, pela moldura, pois são as peças mais fáceis de serem identificadas. Com a moldura pronta o trabalho fica delimitado. Você já saberá o espaço que ele vai ocupar quando estiver todo montado.

4. Agrupe, separe por cor, e/ou por formato, para facilitar a procura e o encaixe.

5. Continue pelo mais fácil, pelas que têm identificação mais rápida. À medida que o trabalho avança, você vai tornar sua percepção mais aguçada, percebendo detalhes nos formatos e nas cores que não havia notado no início. Olhe quantas vezes sejam necessárias o desenho da imagem montada, ele orienta o seu trabalho.

6. Divida o trabalho em partes; monte por blocos, que serão gradualmente reunidos.

7. Finalize com o mais difícil e encaixe, por fim, as peças restantes.

Esse é um roteiro muito útil para solucionar problemas na vida, sejam eles quebra-cabeças ou não.

Como no jogo, comece olhando o problema como um todo (1); junte, de maneira que seja visível para você, todas as partes do seu problema num mesmo lugar (2); visualize com clareza os limites do seu problema (3); agrupe as partes por afinidades e semelhanças (4); dê a elas uma ordem de prioridade e inicie resolvendo as questões mais rápidas e fácies (5); delegue soluções (6); finalize resolvendo/encaixando as partes que ainda faltam para que o problema seja totalmente solucionado (7).

Com ou sem quebra-cabeças, divirta–se!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Reflexo condicionado

Érima de Andrade

“No final do século XIX e no início do século XX, um fisiologista russo chamado Ivan Pavlov (1849-1936), ao estudar a fisiologia do sistema gastrointestinal, fez uma das grandes descobertas científicas da atualidade: o reflexo condicionado.

Foi uma das primeiras abordagens realmente objetivas e científicas ao estudo da aprendizagem, principalmente porque forneceu um modelo que podia ser verificado e explorado de inúmeras maneiras, usando a metodologia da fisiologia.

Pavlov inaugurava, assim, a psicologia científica, acoplando-a à neurofisiologia. Por seus trabalhos, recebeu o prêmio Nobel concedido na área de Medicina e Fisiologia em 1904.

A experiência clássica de Pavlov é aquela do cão, a campainha e a salivação à vista de um pedaço de carne.

Sempre que apresentamos ao cão um pedaço de carne, a visão da carne e sua olfação provocam salivação no animal.

Se tocarmos uma campainha, qual o efeito sobre o animal? Uma reação de orientação. Ele simplesmente olha, vira a cabeça para ver de onde vem aquele estímulo sonoro.

Se tocarmos a campainha e em seguida mostrarmos a carne, dando-a ao cão, e fizermos isso repetidamente, depois de certo número de vezes o simples tocar da campainha provoca salivação no animal, preparando o seu aparelho digestivo para receber a carne.

A campainha torna-se um sinal da carne que virá depois. Todo o organismo do animal reage como se a carne já estivesse presente, com salivação, secreção digestiva, motricidade digestiva etc.

Um estímulo que nada tem a ver com a alimentação, meramente sonoro, passa a ser capaz de provocar modificações digestivas.” Júlio Rocha do Amaral e  Renato M.E. Sabbatini

Eu sei exatamente como se sentia esse cão. Reajo igual a ele quando ouço o sino que toca na torre de um shopping aqui de Niterói. E nem precisei frequentar muito o lugar para ficar assim condicionada.

Faço no shopping o meu check-up anual. Às vezes é o único período que vou até lá. E mesmo assim, é impossível, para mim, pelo menos, passar pelo quiosque e ignorar o sino que avisa que a pizza de banana está pronta. Desperta automaticamente meu apetite.

É um fenômeno interessante de ser observado. O quiosque fica no terceiro piso, entre as duas escadas rolantes. O dono fica lá tranquilamente preparando suas pizzas, num momento de pouco movimento no balcão.  Aí, ele toca o sino, retira as pizzas do forno e começa a fatiar. É o tempo exato do balcão lotar.  Acho que ele condicionou com seu sininho e suas pizzas toda a população de Niterói...

É muito interessante os condicionamentos que vamos construindo ao longo da vida. Eu me transporto automaticamente para a casa da minha mãe, quando vejo um molho de tomate encorpado. Infelizmente, na maior parte das vezes, me decepciono... Mesmo com a aparência do molho da minha mãe, o sabor não é igual... Como o da minha mãe, acho que ninguém faz...

Os aromas também me transportam. Incensos sempre me levam à casa de uma amiga que tem o hábito de colocar uma vareta queimando no caminho entre o portão e a varanda. Posso estar na rua, passando por alguém que vende incensos e o aroma já me coloca no caminho de uma casa querida.

Roupas no varal, lavadas com um sabão e um amaciante específicos, também me transportam. Vou direto para São Paulo, noutra casa querida que me acolheu em muitas ocasiões por vários meses.

Pôr do sol provoca em mim um momento de reflexão; vento e chuva me deixam animada; praia no fim de tarde me dá um imenso prazer; chocolate com biscoitos me levam para o grupo de bandeirantes; café com leite me dá aconchego... Sou muito bem condicionada por meus afetos.

Que estímulos provocam suas melhores lembranças?

domingo, 15 de janeiro de 2012

Quando me amei de verdade

Érima de Andrade

Eu gosto muito desse texto. Eu o recebi por email há alguns anos, e passei a usá-lo nos meus grupos. Como eu não gosto de compartilhar texto, impresso ou por email, sem confirmar a autoria, pesquisei e descobri que, como o email que eu havia recebido, esse texto está em vários sites e blogs com autoria atribuída a Charles Chaplin.

Uma vez recebi uma crônica, absolutamente contemporânea, citava inclusive o telefone celular, e veio assinada por Claude Monet. No fim da página, entre parênteses, a explicação: “texto original de Claude Monet, tradução de Fulano de Tal”, um nome brasileiro que não me lembro quem era.

Com certeza... Entre 1840 e 1926, na França, os pintores, e artistas em geral, se comunicavam por telefones celulares... Uma confraria secreta, por isso não sabíamos disso até que a crônica fosse “descoberta”... Preciso voltar para as aulas de história da arte para me atualizar... Já até recebi um poema de Toulouse-Lautrec... quanta coisa eu fiquei sem saber nas minhas aulas na faculdade de Belas Artes... 

A crônica do Monet, numa pesquisa rápida via Google, descobri ser de Martha Medeiros. Aliás, como existem textos de Martha Medeiros circulando na internet com autoria atribuída ao Pedro Bial, Dráuzio Varella, Luiz Fernando Veríssimo, Jean Jacques Rousseau... Que coisa... Tenho muita dificuldade de compreender quem gosta tanto de um texto, a ponto de copiá-lo, ilustrá-lo num PPS, às vezes com música de fundo, mas ao enviá-lo aos seus contatos troca o nome do autor... Por quê????????????

Quando resolvi postar aqui Quando me amei de verdade, pesquisei novamente a autoria, e surpresa, não, não é do Charles Chaplin...

Tem um site que eu gosto muito, e recomendo, o Wikiquote, http://pt.wikiquote.org
Na página inicial a frase: “Revisão geral: Ajude a localizar e inserir as fontes das citações do Wikiquote.”

Foi lá que obtive essa informação:

“O texto "Quando me amei de verdade" não é de Chaplin, é uma tradução de trechos presentes no livro "When I love myself enough"  de Kim & Alison McMillen. A versão brasileira foi feita por Iva Sofia G. Lima e foi publicada pela Editora Sextante. Obs:"Quando me amei de verdade" (When I loved myself enough, dos McMillen), foi traduzida em sites BR/PT com o título "As I began to love myself", por motivos óbvios não é de Chaplin.”

Então com vocês, Quando me amei de verdade, de Kim e Alison McMillen:

“Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome: Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável: pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas vezes menos. Hoje descobri a Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.

Tudo isso é Saber viver!!!” Kim e Alison McMillen

 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Não quero

Érima de Andrade

É muito comum, nos finais/inícios de ciclo, como ano novo, aniversário, casa nova, trabalho novo, segunda-feira, etc., que a gente liste o que quer e o que não quer para essa nova etapa que está começando. Uma lista de renovações, de mudanças para a “vida nova”.

Como escreveu Mario Quintana: “O bom das segundas-feiras, do primeiro de cada mês e do Primeiro do Ano é que nos dão a ilusão de que a vida se renova... Que seria de nós se a folhinha estivesse marcando hoje o dia 713.789 da Era Cristã?"

Adriana Britto transformou num texto sua lista de desejos para renovação da sua vida. É inspirador. Vale à pena ler, reler e compartilhar. Ela o batizou de Certezas.

“Não quero alguém que morra de amor por mim...

Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.

Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...

Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...

E que esse momento será inesquecível...

Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.

Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém... e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...

Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento... e não brinque com ele.

E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesma.

Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...

Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.

Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.

Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...

Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.”

Não quero brigar com o mundo... Mas ao pesquisar a autoria do texto para colocá-lo aqui, descobri que não, não é do Mario Quintana. Foi a Adriana Britto que o escreveu.

Que me desculpem os que repassam o texto mudando a autoria, para, quem sabe, dar um “peso” maior ao seu “conhecimento”. É preciso respeitar a produção intelectual das pessoas. Gostou? Homenageie o autor dando-lhe o crédito.

“Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...” Adriana britto

domingo, 8 de janeiro de 2012

Com os amigos

Érima de Andrade

Não é preciso motivos especiais para encontrarmos com os amigos. Mesmo assim, o encontro de ontem tinha um: rever um casal que está morando em outro estado e deu uma passada por aqui.

Como é comum na casa onde nos encontramos, estávamos quase todos sentados em almofadas no chão da sala, numa grande “roda”... A que é possível numa sala em L.

Num dado momento, nossa anfitriã propôs uma dinâmica: que cada um de nós dissesse o seu nome e falasse um pouco do seu momento de vida atual. Simples assim.

Foi preciso falar o nome, o grupo cresceu depois que eles se mudaram, todos amigos, mas nem todos se conheciam.

Cada um falou por no máximo 2 minutos. E foi emocionante.

Quem conseguiu traduzir em palavras o sentimento de todos nós, explicou o quanto foi especial, e maravilhoso, ser ouvido com atenção, respeito e cuidado.

Estávamos todos sinceramente interessados no que o outro estava dizendo. Só quando a emoção tomou conta do grupo, nos demos conta do silêncio que reinou durante todo o tempo.

Não havia um sentimento de saudades, a internet realmente nos mantém conectados. Mas o contato ao vivo, o toque, a emoção do momento, o clima, a luz, o vento, os perfumes, tudo isso fez muita diferença.

"Quero um dia poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e  às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena." Adriana Britto

Sim, concordo com ela, vale à pena.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Férias

Érima de Andrade

Nada me faz sentir mais em férias do que não ter compromissos com hora marcada. Se posso ignorar o relógio, já estou de férias.

Se além do relógio, posso passar alguns dias sem precisar consultar o calendário, esquecendo se é fim de semana ou dia útil, pronto! Já me recarrego para outro período de trabalho e rotina.

E sem relógio e sem calendário, tanto faz se viajei, se fiquei em casa, se estou num grupo, se estou sozinha, minhas férias acontecem de qualquer maneira.

É meu período de restauração, de repor as energias perdidas no dia a dia. São meus dias de descanso, de relaxamento, de vivências e convivências agradáveis, divertidas, essenciais, restauradoras.

São dias de cultivar o bom humor, de brincar, de recrear, de viver coisas tão essenciais para a minha saúde quanto a alimentação e o sono.

Gosto de lembrar do significado de refeição, re-fazer-se, refazer as forças físicas. E recreio, uma re-criação das forças da alma.

Férias melhoram a auto-estima e geram bem estar são, portanto, uma ferramenta de manutenção da minha positividade.  

A música Lumiar, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, é, para mim, a melhor tradução em palavras desse descompromisso de um período de férias. E aí tanto faz estar em Lumiar, Itaipu, Boca do Mato ou Ibiúna. O importante é viver o momento.
  
“Anda, vem jantar, vem comer, vem beber, farrear
Até chegar Lumiar.

E depois deitar no sereno
Só pra poder dormir e sonhar
Pra passar a noite
Caçando sapo, contando caso

De como deve ser Lumiar

Acordar, Lumiar, sem chorar, sem falar, sem querer
Acordar em Lumiar
Levantar e fazer café
Só pra sair, caçar e pescar
E passar o dia

Moendo cana, caçando lua
Clarear de vez Lumiar

Amor, Lumiar, pra viver, pra gostar, pra chover
Pra tratar de vadiar
Descansar os olhos, olhar e ver
E respirar

Só pra não ver o tempo passar
Pra passar o tempo

Até chover
Até lembrar
De como deve ser Lumiar

Anda, vem jantar, vem dormir, vem sonhar pra viver
Até chegar Lumiar
Estender o sol na varanda, até queimar
Só pra não ter mais nada a perder

Pra perder o medo
Mudar de céu
Mudar de ar
Clarear de vez Lumiar”

domingo, 1 de janeiro de 2012

Meta para 2012

Érima de Andrade

"Sempre que houver alternativas tenha cuidado. Não opte pelo conveniente, pelo confortável, pelo respeitável, pelo socialmente aceitável, pelo honroso.

Opte pelo que faz o seu coração vibrar. Opte pelo que gostaria de fazer, apesar de todas as consequências." Osho

Minha meta para 2012: A toda hora, em todo lugar, onde quer que seja, eu vou cuidar de mim.

Vou manter contato com meu coração, buscar a alegria e o amor nesse meu espaço interior de abundância e paz. Vou respirar a luz que emana desse lugar, me sentir preenchida e escolher onde quero estar, o que quero ser, o que quero fazer e acontecer em todos os dias desse ano.

E se acontecer de eu me desviar do meu propósito, eu vou sempre lembrar que posso respirar, meditar, reciclar e transformar o que eu estiver sentindo. E assim, eu retomo o meu caminho. É a minha escolha.

E com a escolha clara, o universo conspira para nos lembrar dos nossos propósitos. Esse vídeo confirma o que no fundo a gente sempre soube: a toda hora, e em qualquer lugar, é possível acessar o seu espaço interno de bem estar.





Feliz 2012!