quarta-feira, 28 de março de 2012

Nas tardes de 6° feira

Érima de Andrade

Vamos conversar no Espaço Corporal Vania Maciel?

Você é muito bem vindo quando estiver livre nas tardes de sexta e quiser se nutrir de uma boa e leve reflexão a respeito desse tão procurado bem estar nos dias de hoje.

Proposta: com a intenção de produzir ao menos uma boa conversa, nos reuniremos toda sexta-feira, das 15h às 17h para ler e discutir textos associados a autoconhecimento, saúde e bem estar.

Alguns textos disponíveis:
Amor e Medo
Trabalho em equipe ou com equipe?
Eu não tenho tempo, eu não consigo, eu cansei
Lidando com a raiva
Seguindo em frente
Autoexigência
Caixinha de cuidados
Escolhendo o que sentir
Chefe ou líder?
Gentileza gera felicidade!

Dinâmica: um aquecimento soltando tudo da semana e respirando para preparar um final de semana gostoso; leitura e discussão dos textos escolhidos; uma meditação para fechar consciente o trabalho; e encerrando com chave de ouro, um chazinho feito com ervas frescas, da nossa horta, colhidas na hora.

Venha participar, sem compromisso, do nosso 1° encontro dia 30/3/2012


Endereço: Itaipu Multicenter, sala 328 – Itaipu – Niterói - RJ
Telefone: (21) 2608 1088 ou (21) 8892 6195
Email: contato@espacovaniamaciel.com.br

domingo, 25 de março de 2012

Com tudo e apesar de tudo

Érima de Andrade

Tenho escrito com frequência que podemos escolher o que sentimos, mas isso não é verdade. Temos escolha sim, mas não temos controle sobre nossos sentimentos diante de uma situação inesperada.

Temos controle, e poder de escolha, sobre o que continuar sentindo depois de uma reação inesperada. Você pode escolher que sentimento alimentar depois da sua primeira reação.

Se no meio da manhã você recebe uma notícia desestruturante? Ok, sinta sua fragilidade, sua impotência e depois de tudo, e apesar de tudo, se reestruture. Uma nova realidade exige uma nova postura, novas atitudes, novos caminhos, e mesmo nessa situação, você pode ser feliz.

É uma escolha: se lamentar infinitamente ou ser feliz apesar de tudo?

Nem tudo dá certo, há que se aprender a suportar a frustração. Mas se diante das adversidades você lembrasse que pode olhar o mundo de forma diferente? E se o que você acha que não deu certo, deu certo sim!, mas você não acredita por que esperava outra coisa?

Com tudo o que você passou, e apesar de tudo o que você passou, você pode escolher sentir gratidão e carinho, por cada aprendizado.

Se passou por uma situação de estresse, demorado, mas depois foi tudo maravilhoso, o que você vai escolher lembrar? Do estresse, ou da sensação de tudo resolvido?

Se o corte de cabelo não deu certo da primeira vez; se o vôo parecia mais longo e interminável do que você lembrava; se resolver qualquer coisa com qualquer operadora de telefonia móvel consome muito mais tempo do que você queria; se mesmo com toda sua atenção, a comida não ficou boa; se acontecesse tudo isso num mesmo dia, ainda assim, com tudo isso, e apesar de tudo isso, você pode continuar a sorrir, pode continuar a ser feliz.

“Rir não é uma forma de desprezar a vida, e sim de homenageá-la. Mas atenção pra sutileza: isso não significa passar os dias feito uma "boba alegre", dando bom dia pra poste. Trata-se de rir por dentro. De achar graça nas coisas. Mesmo as que não dão muito certo. A essa altura você já deve ter descoberto que nem tudo dá certo.” Martha Medeiros

Com tudo e apesar de tudo, você pode.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Paciência

Érima de Andrade

Nessa canção Lenine nos lembra que a vida está sempre tentando nos impor um ritmo. A letra é linda, desfrute-a:


"Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo
Pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma...
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei...
A vida não para...
A vida não para..."

O que você faz quando quer desacelerar?
Quer aprender a tocar essa música com o próprio Lenine?
Talvez esse momento, uma paradinha para aprender uma nova canção, seja tudo o que você está precisando.



Divirta-se!

domingo, 18 de março de 2012

Arrependimentos

Érima de Andrade

No livro escrito por Bronnie Ware, uma especialista em cuidados paliativos e doentes terminais, The Top Five Regrets of the Dying -Top Cinco dos Arrependimentos Daqueles que Estão Para Morrer, ela lista e comenta os arrependimentos mais comuns que ouviu dos pacientes ao longo de sua carreira como enfermeira. No livro estão suas memórias e experiências durante anos de trabalho com doentes terminais, e a forma como a sua vida foi transformada com essa convivência.

"Encontrei uma lista grande de arrependimentos, mas no livro me concentrei nos cinco mais comuns", disse a Bronnie Ware à BBC. "E o principal arrependimento de muitas pessoas é o de não ter tido coragem de fazer o que realmente queriam e não o que outros esperavam que fizesse", acrescenta.

Bronnie contou que a idéia para o livro surgiu depois que o post Arrependimentos dos Moribundos, foi publicado no seu blog e se transformou em um texto viral.

No livro ela conta mais a respeito destas confissões. Bronnie Ware afirma que com esses pacientes viveu "momentos incrivelmente especiais. Porque passei com eles as últimas três a doze semanas de suas vidas".

Os pacientes geralmente eram pessoas que já não tinham chances de recuperação e podiam morrer a qualquer momento. "As pessoas amadurecem muito quando precisam enfrentar a própria mortalidade", afirmou Bronnie Ware. "Cada pessoa experimenta uma série de emoções, como é esperado, que inclui negação, medo, arrependimento, mais negação e, em algum momento, aceitação," explicou ela.

Ela chamou atenção para o fato de que as pessoas se arrependem do que não fizeram. Na maioria dos casos observados por ela, as pessoas não pareciam se arrepender de algo que tinham feito.

Ela percebeu também que muitos se arrependiam de não terem tido "coragem para expressar seus sentimentos. E isso se aplica tanto aos sentimentos positivos como aos negativos", explica Bronnie. "Muitos diziam: ‘queria ter tido coragem de falar que não gostava de uma coisa’, ou então que queriam ter tido coragem de falar às pessoas o que realmente sentiam por elas", afirma Bronnie Ware.

A autora espera que seu livro "ajude as pessoas a agir hoje e não deixar as coisas para amanhã, para não se arrepender depois. Minha mensagem principal”, diz Bronnie Ware, “é que todos vamos morrer e que se, neste momento, nos arrependermos de algo, vamos então solucionar o problema agora."

"Quando questionados sobre desejos e arrependimentos, alguns temas comuns surgiam repetidamente", disse Bronnie. Eis um resumo dos cinco mais comuns:

1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse - “A saúde traz uma liberdade que poucos conseguem perceber, até que eles não a têm mais," diz  Bronnie Ware.

2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto - "Eu ouvi isso de todo paciente masculino que eu trabalhei. As mulheres também falaram desse arrependimento, mas como a maioria era de uma geração mais antiga, muitas não tiveram uma carreira. Todos os homens com quem eu conversei se arrependeram de passar tanto tempo de suas vidas no ambiente de trabalho," afirma Bronnie Ware.

3. Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos - "Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos para ficar em paz com os outros. Como resultado, eles se acomodaram em uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eles realmente eram capazes de ser,” diz Bronnie Ware. “Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ao ressentimento que eles carregavam," completa.

4. Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos - "Frequentemente eles não percebiam as vantagens de ter velhos amigos até eles chegarem em suas últimas semanas de vida, quando não era mais possível rastrear essas pessoas. Muitos ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que eles deixaram amizades de ouro se perderem ao longo dos anos. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo," afirma Bronnie Ware.

5. Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz - "Esse é um arrependimento surpreendentemente comum,” diz Bronnie Ware. “Muitos só percebem no fim da vida que a felicidade é uma escolha”, explica ela. “As pessoas ficam presas em antigos hábitos e padrões. O famoso 'conforto' com as coisas que são familiares. O medo da mudança fez com que eles fingissem para os outros e para si mesmos que eles estavam contentes quando, no fundo, eles ansiavam por rir de verdade e aproveitar as coisas bobas em suas vidas de novo," conclui Bronnie Ware.

Vale à pena pensar a respeito.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Amor e Medo

Érima de Andrade

“Oh! não me chames coração de gelo!
Bem vês: traí-me no fatal segredo.
Se de ti fujo é que te adoro e muito!
És bela – eu moço; tens amor, eu – medo!…”
Casimiro de Abreu

Amor e medo não são diferentes, eles são qualidades diferentes da mesma energia.

Amor e medo nos aproximam e nos afastam das pessoas, dos ambientes, das experiências... quanto mais amor, mais próximos; quanto mais medo, mais distantes.

O que não conhecemos nos dá medo, e nos afastamos. Caminhos conhecidos nos protegem do medo.

Cultivando o amor: nos aproximamos do desconhecido e o medo vai desaparecendo.
Alimentando o medo: nos afastamos do conhecido e o amor vai desaparecendo. É uma escolha.

Muitos sentimentos alimentam nosso medo, e todos tem um traço em comum: estão nos defendendo. De perigos reais, e também dos imaginários...

Como amar mudanças, novidades e o desconhecido?

"O caminho para a dissolução desse conflito é a libertação dos sentimentos trancados em negação, para que você possa transitar do ódio para o amor e do estado de separação e isolamento para o estado de união.” Sri Prem Baba

Comece por reconhecer que sentimentos são esses. Reconhecendo seus sentimentos, você pode transformá-los, pode escolher sair dessa energia de isolamento e separação.

Você pode ter mais de um sentimento de uma vez, e isso não é um problema. O problema é quando você reprime o que sente, o problema é a negação do que você sente.

Existem varias técnicas de transformação dessa energia. Uma delas é a visualização criativa. Eis um exemplo:

Comece reconhecendo e nomeando os sentimentos que alimentam o seu medo.

De olhos fechados, visualize na tela da sua mente um lugar da natureza.

Você não precisa conhecer esse lugar. A natureza é a professora mais direta da nossa consciência. As coisas naturais conversam conosco no fundo da nossa alma. Aprenda a compartilhar as qualidades da natureza, porque tudo é você.

Ai nesse lugar veja uma caverna. A caverna é o útero da Mãe Terra. É o lugar da nutrição e da proteção, de morrer para renascer, o lugar da transformação, das respostas dentro de si mesmo.

Caminhe até lá e entre na sua caverna. Nessa caverna você pode se libertar dos sofrimentos antigos, e curar suas feridas. Pode se tornar responsável por suas ações, corrigir comportamentos inadequados, e aprender a não carregar culpas que impedem o seu bem estar.

Dentro dessa caverna, crie uma imagem para cada um dos sentimentos que você nomeou no inicio do exercício.

Agora vá até um deles, e o abrace. Relembre todas as vezes que esse sentimento interferiu na sua vida, e reconheça que era uma defesa.

Leve-o com você para fora da caverna, para o sol, agradeça por não precisar mais dele e deixe que ele se desfaça suavemente, aí, na luz.

Imediatamente você sente que um sentimento positivo preenche o espaço deixado por esse sentimento dentro de você. Sinta-se totalmente envolvido por esse sentimento positivo.

Inspire, e de novo, volte à caverna e abrace outro sentimento. Relembre todas as vezes que esse sentimento interferiu na sua vida. Leve-o para o sol e reconheça que era a sua defesa. Agradeça por não precisar mais dele e deixe que o sol o leve, suavemente.

Imediatamente você sente que um sentimento positivo preenche o espaço vazio dentro de você. Sinta-se totalmente envolvido por esse sentimento positivo.

E faça o mesmo com todos os outros sentimentos que estão na sua caverna.

Você é divino e tem o poder de criar a sua realidade. Visualize agora todas as mudanças necessárias para que você possa viver com harmonia, alimentando os sentimentos positivos percebidos durante o exercício.

Inspire profundamente e comprometa-se com a sua transformação.

Abra os olhos, e se quiser, escreva essa experiência. Isso vai ajudá-lo a ancorar sua decisão.

“Que o bem em mim se uma ao bem nos outros, até que todo o mundo seja transformado pela força arrebatadora do amor.” Rebbe Nachman de Breslau

Obs: diferente dos outros textos, esse, não sei ainda porquê, estou sentindo uma necessidade maior de informar que é de minha autoria. Aliás, sempre que uso texto de um outro autor, eu dou o crédito. Então, fica combinado assim, se não está entre aspas, fui eu que escrevi, ok? Érima de Andrade

domingo, 11 de março de 2012

Psicoterapia e Autoconhecimento

Érima de Andrade

O que leva alguém a buscar uma terapia, ou qualquer outro trabalho de autoconhecimento?

O desejo de ser mais feliz.

Por que a terapia é efetiva na busca da felicidade?

Porque num processo terapêutico você tem a possibilidade de pensar sobre a sua própria vida, de compreender seus processos internos, de conquistar independência emocional e ser mais feliz.

Um terapeuta não tem respostas, todas as respostas são internas e pessoais. Mas um terapeuta estimula a coragem, e a ousadia, de viver no momento presente.

A consequência de fugir do presente é a incapacidade de tomar decisões no momento certo. Quem só pensa no futuro, ou vive no passado, desaprende como interagir com as coisas que estão bem aí diante de seus olhos.

Outra consequência da fuga do presente é a insatisfação eterna dos que não valorizam o que possuem, enquanto possuem, desejando sempre as coisas que estão distantes.

E se não existe satisfação no seu momento de vida atual, é hora de repensar os erros que se repetem na sua vida e as virtudes que não estão sendo praticadas; é hora de buscar uma terapia.

“Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo". Hermann Hesse

Chamamos essa visão do seu próprio mundo de autoconhecimento. E o que praticamos com o autoconhecimento adquirido, abre os caminhos para a felicidade.

Você quer se conhecer melhor? Conte comigo; porque às vezes o que você precisa é mais do que só falar.

Érima de Andrade
TERAPEUTA OCUPACIONAL - CREFITO 2 4284TO


Estrada Francisco da Cruz Nunes – 6501(Itaipu Multicenter) – 3° piso, sala 328,
Itaipu – Niterói –RJ

(21) 26081088  (21) 88926195

Não é mágico, algumas vezes não é rápido, mas sempre vale à pena.


quinta-feira, 8 de março de 2012

8 de março

Érima de Andrade

Dia Internacional da Mulher

“Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida....” Milton Nascimento


Parabéns a todas nós!

domingo, 4 de março de 2012

Constelação Familiar

Érima de Andrade

Constelação familiar é um método psicoterapêutico, com abordagem sistêmica fenomenológica, de fundo filosófico, desenvolvido pelo filósofo e psicoterapeuta alemão Bert Hellinger. Seu método foi criado a partir de observações empíricas, fundamentadas em diversas formas de psicoterapia familiar.

Explica a Wikipédia: “Esse filósofo deparou-se com um fenômeno descortinado pela psicoterapeuta americana Virginia Satir nos anos 70, quando esta trabalhava com o seu método das “esculturas familiares”: que uma pessoa estranha, convocada a representar um membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa a qual representa, às vezes reproduzindo, de forma exata, sintomas físicos da pessoa a qual representa, mesmo sem saber nada a respeito dela.”

E continua: “A “constelação familiar” consiste em um método no qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida, o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família.”

“Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo, de preferência estranhos a sua história, alguns para representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as relações entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.”

Ver, de fora, a dinâmica emocional da família é muito esclarecedor. Nessas ocasiões eu sempre me lembro de uma professora que eu tive na faculdade de educação física. Ela dava aulas de psicologia da educação, e nos pedia para acompanhar a novela que a Globo passava na época, nem lembro mais qual era... Ela considerava muito importante que pudéssemos ver toda a dinâmica emocional da família para compreender melhor o “aluno” fictício que acompanhávamos. E como isso fazia diferença!

Não sou consteladora, mas sempre que posso, participo das constelações que acontecem lá na clinica. É sempre um aprendizado. Repito com alguma frequência que só é possível estudar comportamento por que somos todos muito iguais. Apesar das milhares de nuances diferentes que existem entre nós, e que nos torna esse individuo único que somos, somos todos muito parecidos.

Então, em alguma medida, aquela cena que acompanho na constelação, me afeta e contribui para minha compreensão do outro. É muito impressionante como, por alguns momentos, eu sei exatamente como aquela pessoa que estou representando se sente, pensa, age.

“A empatia nada mais é do que a capacidade, muitas vezes que nasce da simples boa vontade, de se colocar no lugar do outro e compreender as coisas a partir do ponto de vista alheio.” Personare.

E a constelação vai muito além da empatia. O constelado tem a possibilidade de uma visão que permita uma avaliação mais fiel, justa e sensível da realidade das pessoas que estão ao seu redor, e essa visão contribui para a solução do problema que ele levou para a sessão.

Como explica Prem Baba “o amor real nasce da visão objetiva da realidade.” E a realidade é que somos humanos, falíveis e dignos de perdão. A Síndrome de Walt Disney, que é essa esperança mágica de que o relacionamento e a família vão trazer a felicidade duradoura,” (Prem Baba), atinge de tal maneira a nossa sociedade que deixamos de considerar o outro humano e cobramos/esperamos a “perfeição” nos relacionamentos.

“Enquanto você estiver se julgando e se condenando, não será possível amar ao outro com as suas imperfeições. Se existe uma idealização de perfeição muito severa em relação a si mesmo, você será cruel consigo e com o outro.” Prem Baba

Poder ver de fora como essas relações acontecem, é um dos caminhos para a construção de relacionamentos saudáveis, preenchedores e gratificantes.

Eu super recomendo.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Como anda seu aprendizado?

Érima de Andrade

É interessante notar que a maioria das pessoas responde a essa pergunta como se o único aprendizado possível fosse o acadêmico: já me formei; estou em período de provas; ainda está tranquilo; etc.

A Wikipédia define assim: “aprendizagem é o processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamentos ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação.”

Então aquele exercício respiratório que você aprendeu numa palestra e passou a praticar é um aprendizado; também é um aprendizado a dica sobre como evitar o transito no horário de rush que você ouviu no jornal local; eu, como estou numa fase de descoberta da culinária, também estou passando por um aprendizado. (Aos preocupados de plantão informo: sim, meus filhos estão muito bem de saúde, minhas experiências culinárias estão dando certo.)

Sílvia Somenzi escreveu: “Se você é daqueles que acredita que algumas coisas não têm importância, mude o rumo desta visão, pois tudo importa e em tudo há consequências. 
Se você não aplica o que aprende então fica no mesmo lugar. Por merecimento...

Observação, experiência, raciocínio, estudo, está tudo ao seu alcance, desde aprender a observar aquela sua plantinha para saber se precisa ou não de mais água, até uma nova profissão. O aprendizado está em toda parte.

Experimentou, observou o que aconteceu, pensou a respeito e o aprendizado se transformou em conhecimento. Conhecimento é o ato ou a atividade de conhecer, realizado por meio da razão e/ou da experiência.

E o conhecimento, como escreveu Mauro L. Iasi, tem muitas fases: não sabe que sabe; pensa que sabe; amadurece e reinicia.

Como está o seu aprendizado?

“Aula de Vôo

O conhecimento
caminha lento feito lagarta.
Primeiro não sabe que sabe
e voraz contenta-se com cotidiano orvalho
deixado nas folhas vividas das manhãs.

Depois pensa que sabe
e se fecha em si mesmo:
faz muralhas,
cava trincheiras,
ergue barricadas.
Defendendo o que pensa saber
levanta certeza na forma de muro,
orgulha-se de seu casulo.

Até que maduro
explode em vôos
rindo do tempo que imagina saber
ou guardava preso o que sabia.
Voa alto sua ousadia
reconhecendo o suor dos séculos
no orvalho de cada dia.

Mas o vôo mais belo
descobre um dia não ser eterno.
É tempo de acasalar:
voltar à terra com seus ovos
à espera de novas e prosaicas lagartas.

O conhecimento é assim:
ri de si mesmo
E de suas certezas.
É meta de forma
metamorfose
movimento
fluir do tempo
que tanto cria como arrasa
a nos mostrar que para o vôo
é preciso tanto o casulo
como a asa.” 
                                        Mauro L. Iasi