domingo, 15 de abril de 2012

Bob Hoffman e eu

Não conheci Bob Hoffman pessoalmente, mas sou profundamente grata a ele por tudo que me ensinou.

Costumo dizer que compreendo o ser humano pelo olhar de Bob Hoffman.

Meu primeiro processo foi em 1987, numa época em que, o curso não era em regime de internato, recebíamos as viagens em fitas K7 e usávamos uma quantidade impressionante de papel, com carbono, xerocado e impresso.

Alguns trechos impressos vinham com a assinatura de Bob Hoffman, eu acabei atribuindo a ele a autoria de todo aquele material.

Como hoje, naquele tempo também, ao final do curso, recebíamos orientações escritas de manutenção da luz pós-processo. Eram várias páginas, e delas ficou uma frase, que atribuo a Bob Hoffman, que me norteia até hoje:

“Ao viver bem com as pessoas, afora amá-las, lembre-se de que elas precisam:
- privacidade;
- espaço para serem criativos;
- permissão para errar;
- aceitação pelo que são e pelo que não são.”

Amar as pessoas é simples. E nem por isso fácil. Mas pode ser treinado. Treine olhar o outro lembrando que ele também é uma quadrinidade. Lembre, que como você, aquele corpo também expressa a programação negativa da infância e a sabedoria do ser espiritual. Com seu ser espiritual no comando, fica mais fácil reconhecer que aquela negatividade, afinal, é só programação. Trabalhando a sua programação, o amor brota, aumenta e transborda. Amar o outro depois disso, é quase inevitável.

Privacidade nada mais é que respeitar o espaço pessoal. Você pode viver numa comunidade alternativa, morar numa casa sem divisões internas, e ainda assim, manter seu espaço pessoal e respeitar o dos outros. Respeitar os ciclos e ritmos, a necessidade de recolhimento e de festa, as lembranças e os objetos significativos de cada um.

Lembra? Você também tem um bichinho de pano, que ninguém entende bem por quê, faz você se conectar com emoções e lembranças muito positivas.  Privacidade também é respeitar esses momentos de reconexão.

Espaço para serem criativos: o novo nos tira da zona de conforto, e por hábito, acabamos nos automatizando, perdendo a criatividade. E se eu não me dou espaço para ser criativo, também não autorizo quem convive comigo a tentar novas soluções. Então se pergunte: o que eu posso fazer diferente hoje? E não precisa ser nada muito exótico, do tipo ir trabalhar com uma calça florida e uma camisa xadrez ao invés do mesmo terno de sempre... Pode ser sentar num lugar a mesa diferente do que você senta sempre durante as refeições; ou trocar o relógio de braço; ou ainda fazer um percurso alternativo para voltar para casa. Sua criatividade, seus neurônios, sua vida ganham com essas mudanças.

Permissão para errar: alô perfeccionistas, essa informação é para vocês: erro é aprendizagem. Só é possível melhorar reconhecendo seus erros, aprendendo com eles, consertando o que fez de errado e seguindo em frente.

E já lhe ocorreu que o que você considera errado, às vezes, é apenas uma maneira diferente da sua de fazer a mesma coisa?

Aceitação pelo que são e pelo que não são: gosto de usar frutas para falar dessa parte: mais do que se aceitar maçã é preciso também aceitar que você não é manga. A melhor maçã que você puder ser, não vai lhe deixar nem um milímetro mais perto de se transformar em manga. Você, sem duvidas, é mais perfeito sendo maçã do que tentando ser manga.

A transformação é sempre pessoal, então: para viver bem consigo mesmo, além de se amar, lembre-se de que você precisa de privacidade; espaço para ser criativo; permissão para errar e aceitação pelo que é e pelo que não é.

Depende apenas de você.

Érima de Andrade – ex aluna do Processo Hoffman

(publicado originalmente no Centro Hoffman)

2 comentários:

  1. FANTÁSTICO!!!!!!!!!!!! Posta no FB. Mas mesmo assim nunca recebi uma postagem tua, eles 'esscolhem" pra quem mandamos. Se vc me permitir queria postar!

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    1. Tudo bem! Mantendo meu nome, está autorizada! bjs e obrigada!

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