domingo, 29 de setembro de 2013

Fadiga

Érima de Andrade
Li uma matéria interessante na revista Ponto de Encontro, escrita por Ana Carolina Contri, sobre o cansaço fora de hora. Nele ela explica que esse cansaço é uma síndrome típica do século 21, que se manifesta a partir de situações de estresse repetitivas no dia a dia.

Fadiga adrenal é o nome da síndrome e está diretamente ligada ao mau funcionamento das glândulas suprarrenais. Então se você vai dormir mais cedo, mas acorda igualmente cansado, tira férias ou prolonga o feriado e ainda assim se sente cansado, saiba que você está com fadiga adrenal, a considerada síndrome do homem moderno.

Como explica na matéria Lilian Kanda Morimitsu, o termo fadiga adrenal diz respeito a um estado de estresse crônico físico e mental. Pode ocorrer por doenças graves, por insistência em persistir sem descanso, sem sono nem férias adequadas ou simplesmente por situações não controláveis, como traumas emocionais.

A síndrome é reconhecida por esses sintomas:
  • imensa dificuldade de sair da cama pela manhã;
  • desejo incontrolável de consumir delícias açucaradas, massas e pães;
  • a energia atinge o pico só a partir das 18hs;
  • nem se lembra mais que tem libido;
  • ganha peso com facilidade e não consegue se livrar dele rapidamente;
  • não vive sem café;
  • infecções e gripes frequentes;
  • ansiedade;
  • irritabilidade;
  • alterações do sono;
  • tonturas;
  • baixa concentração e falta de memória;
  • compulsão por doces, salgados, cafeinados e frituras;
  • depressão e medo sem causa aparente.

Explica Flávia Cyfer, “tudo começa quando se instala em sua vida um quadro repetitivo, ou você passa a vivenciar experiências não muito boas que aparentemente não tem solução a curto prazo. Isso inclui problemas financeiros, emocionais, tensão no ambiente de trabalho, trânsito conturbado e a pressão social sobre o indivíduo.” E continua o constante requerimento das suprarrenais para produzir cortisol acaba por esgotá-las. Configura-se, portanto, uma resistência a esse hormônio, que já não é mais tão potente como antes. Ou seja, as suprarrenais entram em fadiga. Como o cortisol equilibra o sistema imune, na sua falta a pessoa fica mais suscetível a inflamações, infecções, feridas, problemas autoimunes, alergias, dermatites, dores musculares e articulares.”

O diagnóstico é basicamente clínico, por meio da história relatada pela pessoa e do exame físico, excluindo-se outras patologias.

Mas tem solução! O modo de evitar é levar uma vida mais equilibrada emocionalmente, comer castanhas, verduras, frutas, alimentos integrais e peixes. Fazer atividade física três vezes por semana, descansar no mínimo dois finais de semana por mês e tirar 30 dias de férias por ano.

A pessoa só ficará 100% livre se adotar hábitos de viver de maneira mais leve. Mudar radicalmente hábitos arraigados e partir em busca de mais qualidade de vida são coisas difíceis de se fazer imediatamente, e, por isso, a cura completa do problema acaba se tornado mais lenta,” alerta Lilian Kanda Morimitsu.

É preciso evitar alimentos que possam trazer alergias como aveia, malte, trigo, cevada, centeio, biscoitos, pães e massas, além de laticínios. “Outros itens, no entanto, devem fazer parte da sua rotina alimentar diária, pois influenciam diretamente na melhora do quadro. São eles: salmão, linhaça, chia (contém grande quantidade de ômega 3), cacau, chá verde, frutas e vegetais com alto teor de vitamina C, fontes de zinco (como abóbora, cereais integrais como o arroz, quinoa e amaranto). Para combater os radicais livres produzidos nesse processo, nada como apelar para os sucos de açaí, uva integral, frutas vermelhas, suco verde, castanhas e sementes”, explica Flávia Cyfer.


A reconquista da disposição, da energia, da alegria de viver, do peso ideal, da libido e da memória configura se preparar para um novo jeito de levar a vida. Afinal, todo mundo merece ser feliz”, completa Ana Carolina Contri.

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