Érima de Andrade
De um modo geral, nós gostamos de planejar. É tranquilizador fazer planos, organizar a agenda, perceber que vai dar tempo de fazer tudo. A vida organizada é uma tranquilidade.
De um modo geral, nós gostamos de planejar. É tranquilizador fazer planos, organizar a agenda, perceber que vai dar tempo de fazer tudo. A vida organizada é uma tranquilidade.
E aí, pega o carro, tudo funcionando bem, chega ao estacionamento, abre a janela e descobre que o vidro abaixa e não sobe mais... E agora?
Tudo bem... Fora dos planos, mas dá para resolver. Todos os compromissos do dia acontecem com atraso, mas não houve realmente nenhum prejuízo.
E se não fosse o carro? Se fosse um imprevisto com você? Nada muito grave, apenas um corte de cabelo que não deu certo, uma tintura que ficou horrível, e de novo, todos os compromissos do dia com atraso...
O que fazer?
Como lidar com imprevistos?
E se os imprevistos não puderem ser contornados?
Como lidar com uma mudança definitiva que você não escolheu?
A vida não acontece sempre como nós queremos, mas nós podemos escolher como agir quando os imprevistos acontecem.
Podemos escolher fingir que nada aconteceu, negar a existência do problema. Podemos ignorar o que estamos sentindo, ignorar a nova realidade, alimentar uma louca esperança de que tudo vai se realizar conforme o planejado, como se nada tivesse mudado e tudo dependesse exclusivamente da nossa atuação.
Essa escolha faz com que soframos ainda mais, nos mantém agarrados a uma visão distorcida dos fatos, presos numa teia de sofrimentos e mentiras.
Também podemos escolher viver as emoções associadas ao acontecimento e contornar o obstáculo, mesmo que isso implique algum tempo e muita energia. Essa é uma escolha que nos mantém do controle da situação, e só é possível quando estamos bem com nosso interior.
“Seguir em frente implica reconhecer os imprevistos e aceitar que a vida é recheada de eventos não planeados e indesejados. “Esbravejar” perante uma realidade que já aconteceu é importante, mas permanecer apenas esbravejando sem tomar outra decisão e ter outra atitude de seguir em frente com escolhas sensatas fará com que gastemos o nosso precioso tempo e a nossa energia.” explica Ieda Dreger, psicóloga e terapeuta sexual.
Autoconfiança e autoestima podem dizer muito sobre como as pessoas são capazes de enfrentar desafios e lidar com frustrações. As pessoas com autoestima elevada tendem a ser mais seguras, têm mais energia, motivação e iniciativa. Enxergam situações novas como desafios e não ameaças.
Mas, de onde vem e como fortalecer a autoconfiança e a autoestima?
O primeiro passo é o autoconhecimento. “A vontade de se encontrar, de entender a si mesmo e de olhar a mesma situação por diferentes ângulos é fundamental”, ressalta Pisani.
Pessoas com baixa autoestima viciam o cérebro com pensamentos negativos a respeito de si mesmo. Portanto, outra atitude muito importante para fortalecer a autoestima é a mudança desse comportamento. “Ao invés de pensar: não sei fazer isso e não vou conseguir aprender, mudar para: vou vencer minha dificuldade e dominar a situação, porque sou capaz de aprender.”
O mundo pode não mudar, mas sua atitude perante o que lhe acontece pode mudar e muito, depende apenas de você.
Pisani lembra que tanto a autoestima quanto a autoconfiança estão relacionadas à maneira e a importância que damos a nossas vivências. “Devemos valorizar as coisas em que nos destacamos e não dar tanta importância às coisas que achamos não fazer muito bem. É um trabalho constante de seleção daquilo que fará e não fará bem.”
Se observar, se conhecer, se respeitar, esse é um exercício contínuo para alimentar sua autoestima, sua autoconfiança, e depende apenas de você e da sua atenção.
A viagem ao autoconhecimento é feita aos poucos de maneira ilimitada, com persistência, assiduidade e paciência. E ela é uma escolha.
Se conhecendo e respeitando quem você é menos conflitos internos você tem, e melhor você irá se relacionar com os imprevistos e as mudanças.
Como diz Martha Medeiros: “Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.”
E você, como você lida com os imprevistos e as mudanças?
Érima, muito bom esse post. Importante também nessa viagem do autoconhecimento é conseguir a conscientização do quanto podemos controlar ou influenciar as mudanças ou as novas situações que se descortinam. Quanto menos podemos fazer em relação a elas, menos elas deveriam nos afetar negativamente. Bjos, Edu.
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