quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Férias

Érima de Andrade

Nada me faz sentir mais em férias do que não ter compromissos com hora marcada. Se posso ignorar o relógio, já estou de férias.

Se além do relógio, posso passar alguns dias sem precisar consultar o calendário, esquecendo se é fim de semana ou dia útil, pronto! Já me recarrego para outro período de trabalho e rotina.

E sem relógio e sem calendário, tanto faz se viajei, se fiquei em casa, se estou num grupo, se estou sozinha, minhas férias acontecem de qualquer maneira.

É meu período de restauração, de repor as energias perdidas no dia a dia. São meus dias de descanso, de relaxamento, de vivências e convivências agradáveis, divertidas, essenciais, restauradoras.

São dias de cultivar o bom humor, de brincar, de recrear, de viver coisas tão essenciais para a minha saúde quanto a alimentação e o sono.

Gosto de lembrar do significado de refeição, re-fazer-se, refazer as forças físicas. E recreio, uma re-criação das forças da alma.

Férias melhoram a auto-estima e geram bem estar são, portanto, uma ferramenta de manutenção da minha positividade.  

A música Lumiar, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, é, para mim, a melhor tradução em palavras desse descompromisso de um período de férias. E aí tanto faz estar em Lumiar, Itaipu, Boca do Mato ou Ibiúna. O importante é viver o momento.
  
“Anda, vem jantar, vem comer, vem beber, farrear
Até chegar Lumiar.

E depois deitar no sereno
Só pra poder dormir e sonhar
Pra passar a noite
Caçando sapo, contando caso

De como deve ser Lumiar

Acordar, Lumiar, sem chorar, sem falar, sem querer
Acordar em Lumiar
Levantar e fazer café
Só pra sair, caçar e pescar
E passar o dia

Moendo cana, caçando lua
Clarear de vez Lumiar

Amor, Lumiar, pra viver, pra gostar, pra chover
Pra tratar de vadiar
Descansar os olhos, olhar e ver
E respirar

Só pra não ver o tempo passar
Pra passar o tempo

Até chover
Até lembrar
De como deve ser Lumiar

Anda, vem jantar, vem dormir, vem sonhar pra viver
Até chegar Lumiar
Estender o sol na varanda, até queimar
Só pra não ter mais nada a perder

Pra perder o medo
Mudar de céu
Mudar de ar
Clarear de vez Lumiar”

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