Cléo
é nossa gata preta.
Totalmente
preta.
Já
que eu ia ganhar de natal um gatinho, fiz questão que fosse preto.
Acho
lindo.
Ela
teve sorte, muitos outros não tiveram. Então, se você ama seus
animais, castre-os.
Eis
a história:
Amanda,
amiga da minha filha, é a pessoa que nós conhecemos mais engajada
em conseguir lares para filhotinhos. Ela topou arranjar um gatinho,
de até um mês, preto, antes da virada do ano.
Uma
amiga dela, vizinha da prima, tinha filhotes e um deles preto.
Parecia fácil. Mas entre achar quem tivesse, e combinar, esse
filhotinho arranjou um lar... e não era o meu.
Nessa
busca, descobriram uma gatinha grávida por perto. Mas aí, corria o
risco de não ter um gato preto na ninhada... E queríamos um gato
novo no natal... não dava...
Solução:
sites que ofereçam animais.
Pesquisa
daqui, pesquisa dali, e acharam alguns sites como o Oito Vidas, o
Canil Municipal entre outros sugeridos por várias amigas.
Quase
escolheram um no site Oito Vidas que tem fotos. Era lindinho, o
máximo, se chamava Hit (Hitcock) mas ainda estava amamentando...
não poderia ser levado antes da virada do ano.
Nesse
meio tempo Amanda teve uma intuição, um sentimento forte e explicou
o quase óbvio: todos esses filhotinhos, principalmente o Hit, tem
chances muito boas de serem adotados. Já estão cuidados e de alguma
forma tem boas chances de sobreviver. Mas no Campo de Santana,
pessoas abandonam gatinhos e filhotes em geral. Esses sim estão em
risco.
Ela
tinha razão, era preciso mudar o foco. Se eu queria um gato, por que
não pegar um dos que estão em risco?
A
missão passou a ser resgatar um filhote abandonado. De onde? Do
Campo de Santana, no Rio. A equipe? Minha filha, Amanda com o marido,
a mãe e duas amigas.
Num
sábado de manhã vão todos num carro rumo ao Campo de Santana atrás
do meu presente de natal.
Chegando
lá, ao conversarem com o guarda do local, ele explicou que o parque
é grande, e que ele sabia que tinha filhotes pretos, porque são os
campeões de abandono. Contou que passa alimentando e procurando
gatinhos de dois em dois dias. E que, pertinho do parque, fizeram um
super gatil que tem associação com uma faculdade de veterinária, e
é para lá que os gatos são levados.
Os
mais abandonados?!? Eu acho lindo e as pessoas desprezam? Que
coisa... pelo menos as chances de sair dali com um filhote preto
aumentaram e muito. Bora procurar.
Começa
a caçada aos filhotes, e eis que essa criaturinha, a Cléo, passa
pela minha filha e mia se apresentando! Uma coisa! Todos se
aproximaram para ver.
O
guarda calculou que ela provavelmente havia chegado após a chuva,
porque no dia anterior da chuvarada ele tinha feito uma coleta dos
bichinhos abandonados. Ou seja, Cléo não ficou muito tempo por lá,
senão teria sido levada para o gatil.
Estava
com um irmãozinho barrigudinho que não deu a menor bola para o
grupo. Por perto um filhote um pouco maior todo branco. E entre eles
um pouco de jornal.
Cléo
escolheu o grupo, e foi a escolhida. Aceitou toda a comidinha
oferecida, comeu até na mão. Missão cumprida, gata adotada. Os
outros dois gatinhos foram levados para o gatil.
Do
Campo de Santana para uma veterinária para uma revisão geral. Exame
feito, gata perfeitinha, saudável e segundo a avaliação, com quase
um mês de vida. Banho, vermifugo, anti-pulgas e pronta para a casa
nova.
Já
era essa figurinha que é agora.
Por
tudo o que descobrimos, ela não sabe a sorte que teve ao ser
adotada. Então, se você é como eu, e ama esses animais, castre o
seu gato. Evite ninhadas não desejadas. A natureza agradece.
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