domingo, 16 de setembro de 2012

Calçadas

Érima de Andrade

Sempre caminho aqui perto de casa. Por ter um trânsito próximo de zero, vou tranquila pelo meio da rua.

Ontem foi diferente.

Já que ia mesmo caminhar, aproveitei para pegar o carro que meu filho deixou aqui por perto.
Horário de trânsito, então, comportadamente fui pela calçada.

Que susto!

Impressionante a má conservação das calçadas aqui na minha cidade!

Moro num lugar sem trânsito, tenho carro, posso escolher onde caminhar, então essa realidade tinha me passado despercebida. Claro que idosos, mães conduzindo crianças, cadeirantes ou deficientes visuais, sabem disso há séculos. Mas eu, tomei consciência de verdade ontem.

Alguns conhecidos meus, dizem sem nem pensar, que a culpa disso é das árvores e suas raízes.

Injustiça; pelo menos por aqui.

No trajeto que fiz, as árvores além de não ter nada a ver com isso, são bem cuidadas, estão em calçadas planas e com espaço suficiente para seu desenvolvimento, uma beleza.

Mas as outras calçadas... meu Deus! Vão de variações de entradas de garagem com todo tipo de obstáculo, a mato alto, entulho, lixo, passando por buracos que se multiplicam.

Senti uma gratidão imensa pelas calçadas bem cuidadas do caminho.

Não aconteceu nesse meu trajeto a pé, a ocupação indevida. Mas como fiquei mais atenta ao assunto, fui vendo calçadas usadas como estacionamento, depósito de materiais de construção, vitrines para mercadorias, local de vendedores de todo tipo, caçambas, pisos inadequados, desníveis, e a lista segue com vasos, propagandas, etc.

Acessibilidade também tem a ver com a circulação com segurança nos espaços que a priori, são dos pedestres.

Calçadas, porta de entrada de nossa residência, comércio, indústria e serviços, são públicas, fazem parte do nosso patrimônio, e se integram ao conjunto de equipamentos urbanos da cidade. Mas cabe a cada proprietário, inquilino, comerciante, enfim cidadão, cuidar da calçada em frente ao seu imóvel, eliminando todo e qualquer tipo de barreira urbanística, evitando problemas de falta de mobilidade.

Passeios públicos integram os canteiros centrais, praças, parques e são de responsabilidade da prefeitura, e devemos cobrar a sua boa conservação.

Conservar significa manter, e manter bem cuidada depende de cada um de nós, moradores do lugar.

Por educação, por respeito, por segurança, por cidadania, pelo direito constitucional de ir e vir, pelo desejo de morar num lugar bem cuidado, ou por qualquer outro motivo, vamos cuidar das nossas calçadas?

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