Érima de Andrade
“Oh! não me chames coração de gelo!
“Oh! não me chames coração de gelo!
Bem vês: traí-me no fatal segredo.
Se de ti fujo é que te adoro e muito!
És bela – eu moço; tens amor, eu – medo!…” Casimiro de Abreu
Se de ti fujo é que te adoro e muito!
És bela – eu moço; tens amor, eu – medo!…” Casimiro de Abreu
Amor e medo não são diferentes, eles são qualidades diferentes da mesma energia.
Amor e medo nos aproximam e nos afastam das pessoas, dos ambientes, das experiências... quanto mais amor, mais próximos; quanto mais medo, mais distantes.
O que não conhecemos nos dá medo, e nos afastamos. Caminhos conhecidos nos protegem do medo.
Cultivando o amor: nos aproximamos do desconhecido e o medo vai desaparecendo.
Alimentando o medo: nos afastamos do conhecido e o amor vai desaparecendo. É uma escolha.
Muitos sentimentos alimentam nosso medo, e todos tem um traço em comum: estão nos defendendo. De perigos reais, e também dos imaginários...
Como amar mudanças, novidades e o desconhecido?
"O caminho para a dissolução desse conflito é a libertação dos sentimentos trancados em negação, para que você possa transitar do ódio para o amor e do estado de separação e isolamento para o estado de união.” Sri Prem Baba
Comece por reconhecer que sentimentos são esses. Reconhecendo seus sentimentos, você pode transformá-los, pode escolher sair dessa energia de isolamento e separação.
Você pode ter mais de um sentimento de uma vez, e isso não é um problema. O problema é quando você reprime o que sente, o problema é a negação do que você sente.
Existem varias técnicas de transformação dessa energia. Uma delas é a visualização criativa. Eis um exemplo:
Comece reconhecendo e nomeando os sentimentos que alimentam o seu medo.
De olhos fechados, visualize na tela da sua mente um lugar da natureza.
Você não precisa conhecer esse lugar. A natureza é a professora mais direta da nossa consciência. As coisas naturais conversam conosco no fundo da nossa alma. Aprenda a compartilhar as qualidades da natureza, porque tudo é você.
Ai nesse lugar veja uma caverna. A caverna é o útero da Mãe Terra. É o lugar da nutrição e da proteção, de morrer para renascer, o lugar da transformação, das respostas dentro de si mesmo.
Caminhe até lá e entre na sua caverna. Nessa caverna você pode se libertar dos sofrimentos antigos, e curar suas feridas. Pode se tornar responsável por suas ações, corrigir comportamentos inadequados, e aprender a não carregar culpas que impedem o seu bem estar.
Dentro dessa caverna, crie uma imagem para cada um dos sentimentos que você nomeou no inicio do exercício.
Agora vá até um deles, e o abrace. Relembre todas as vezes que esse sentimento interferiu na sua vida, e reconheça que era uma defesa.
Leve-o com você para fora da caverna, para o sol, agradeça por não precisar mais dele e deixe que ele se desfaça suavemente, aí, na luz.
Imediatamente você sente que um sentimento positivo preenche o espaço deixado por esse sentimento dentro de você. Sinta-se totalmente envolvido por esse sentimento positivo.
Inspire, e de novo, volte à caverna e abrace outro sentimento. Relembre todas as vezes que esse sentimento interferiu na sua vida. Leve-o para o sol e reconheça que era a sua defesa. Agradeça por não precisar mais dele e deixe que o sol o leve, suavemente.
Imediatamente você sente que um sentimento positivo preenche o espaço vazio dentro de você. Sinta-se totalmente envolvido por esse sentimento positivo.
E faça o mesmo com todos os outros sentimentos que estão na sua caverna.
Você é divino e tem o poder de criar a sua realidade. Visualize agora todas as mudanças necessárias para que você possa viver com harmonia, alimentando os sentimentos positivos percebidos durante o exercício.
Inspire profundamente e comprometa-se com a sua transformação.
Abra os olhos, e se quiser, escreva essa experiência. Isso vai ajudá-lo a ancorar sua decisão.
“Que o bem em mim se uma ao bem nos outros, até que todo o mundo seja transformado pela força arrebatadora do amor.” Rebbe Nachman de Breslau
Obs: diferente dos outros textos, esse, não sei ainda porquê, estou sentindo uma necessidade maior de informar que é de minha autoria. Aliás, sempre que uso texto de um outro autor, eu dou o crédito. Então, fica combinado assim, se não está entre aspas, fui eu que escrevi, ok? Érima de Andrade
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