domingo, 24 de abril de 2011

Vivendo e aprendendo

Érima de Andrade

Já cantava Elis Regina, a música do Guilherme Arantes:

“Vivendo e aprendendo a jogar
Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando
Nem sempre perdendo
mas, aprendendo a jogar.”

É isso, vivendo e aprendendo. Nós nascemos com um enorme potencial para o aprendizado e aprendemos com tudo o que nos acontece. Aprendemos inclusive quando não queremos aprender mais nada.

Aprendemos quando estamos motivados e também aprendemos por conta de uma necessidade. Aprendemos com tentativas e erros, fazendo, observando e ajustando até sair como queremos, ou como achamos que deve ser.

Aprendemos, especialmente, prestando atenção a experiência adquirida com o que já vivemos.

Nossos relacionamentos, e a convivência com os outros, também são grandes estímulos à aprendizagem, onde a principal lição a aprendermos é que não temos que mudar as pessoas, e apesar dos nossos desejos, elas mudam.

Precisamos aprender a conviver com tantas diferenças. A grande arte do ser humano é viver em grupo, e o grande desafio é manter relações de qualidade.

Aprendemos que na vida tudo, e todos, se transformam, cada um de um jeito, dentro das suas possibilidades, e ainda que alguns insistam em não se transformar, eles também estão se transformando.

A nossa tendência é permitir processos de repetição na nossa vida, é viver numa roda de repetições. O caminho conhecido parece sempre mais fácil, mesmo que a gente já saiba que ele não é o melhor. Não é o melhor, mas é o mais fácil, é o conhecido.

Para que o aprendizado aconteça, para que a vida se renove, há que fazer uma ruptura na repetição, romper com a estagnação provocada pela repetição. E se a gente já se acostumou a deixar que tudo aconteça sempre do mesmo jeito... lá vamos nós repetir os mesmos erros que já cometemos no passado.

Discípulo: Como faço para ter sua sabedoria?
Mestre: Faça boas escolhas.
Discípulo: E para fazer boas escolhas?
Mestre: Tenha experiências.
Discípulo: E para ter experiências?
Mestre: Más escolhas.”


E quando finalmente pudermos parar para observar o que tanto se repete nas nossas vidas, poderemos dar um salto no nosso aprendizado e amadurecer. E à medida que amadurecemos, ampliamos nossa capacidade perceptiva e entendemos os fatos passados com maior clareza. Podemos mudar a nossa história nos apropriando da nossa própria vida, compreendendo a importância de caminhar, deixando paisagens para trás. O que nos diferencia não é o que nos acontece, mas como reagimos ao que nos acontece.

E ao observamos o que nos acontece, ao tomarmos consciência das nossas repetições, podemos alterar nossas atitudes e reações. As circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos, por nossa mudança, pelo nosso crescimento.

O aprendizado depende da nossa intenção de aprender, de se abrir para o novo, para novas pessoas, novos olhares, novas perspectivas. Nossa maneira de ser é uma escolha e podemos escolher ser diferentes.

Mas só a intenção de mudar não basta, é preciso ação, é preciso colocar a mão na massa, é preciso agir. Antes de decidir temos escolhas, depois que decidimos, arcamos com as consequências da nossa escolha, nos responsabilizamos. Então...

“Esteja pronto para tomar responsabilidade pela sua própria miséria, alegria, negatividade, positividade, inferno ou paraíso.
Quando essa responsabilidade é entendida e aceita, mudanças começam a acontecer. Esteja aberto a uma nova possibilidade.” Osho


“Sei que me enganei várias vezes, mas isso faz parte do aprendizado e não da derrota.” Meishu-Sama


2 comentários:

  1. MTO BOM TEXTO!!!!!!!!!!!!
    TODO DIA TODA HORA, SE QUISERMOS E ESTIVERMOS ATENTO, SEMPE TIRAREMOS ALGO DE NOVO!!!
    E ESSA É A EXPERIÊNCIA QUE FAZ TODA Á DIFERENÇA.
    BJOS.
    ROSE NANCI.

    ResponderExcluir

Vou ficar feliz com seu comentário. É muito bem vindo!