Érima de Andrade
Os desafios fazem parte da nossa vida e podem ser muito estimulantes. Essa é inclusive a proposta dos exercícios cerebrais: fornecer ao cérebro pequenos desafios no dia a dia.
Os desafios fazem parte da nossa vida e podem ser muito estimulantes. Essa é inclusive a proposta dos exercícios cerebrais: fornecer ao cérebro pequenos desafios no dia a dia.
Os exercícios/desafios fazem com que as células nervosas produzam nutrientes naturais, as neurotrofinas, que promovem o crescimento neuronal em diferentes regiões cerebrais, principalmente no hipocampo, área responsável pela memória. Ao reagir a uma novidade, ao desafio, a atividade neural aumenta melhorando a saúde geral do cérebro.
A avó de uma amiga só joga bingo com a cartela de cabeça para baixo. E explica para quem estranha: “estou exercitando o meu cérebro.” Está mesmo! Exercitando, estimulando, tornando mais ágil, saudável e flexível.
Os desafios estão em toda parte. Tudo que fazemos pela primeira vez é sempre um desafio.
Para o filho de outra amiga, andar de ônibus pela primeira vez foi um desafio. Ele vibrou ao descobrir como identificar o ônibus; comemorou reconhecer o ponto que precisava saltar; se sentiu independente ao descobrir o caminho de volta.
Como diz Padma Samten: “O mundo ao redor continua o mesmo, mas nós mudamos nosso olhar, e isso muda tudo.” E como mudou para ele! Um mundo novo foi descoberto.
Para uma ex-paciente o mundo também ficou maior ao aceitar o exercício, proposto por mim, de preparar uma refeição. Ela pensou no cardápio, pesquisou as receitas, e foi pela primeira vez a um supermercado. Precisou descobrir as diferenças entre mamão e abóbora; entre coco verde e coco seco; entre ervas frescas e ervas desidratas.
Em casa tudo foi também um grande desafio. A cozinha ela sabia onde era, mas nunca tinha entrado... descobriu como acender o fogão, como picar legumes, refogar arroz, temperar a comida e se saiu muito bem! A refeição foi um sucesso!
Sair da rotina é um desafio, e desafios podem ser muito criativos. Recebi um texto de autor desconhecido onde o desafio foi escrever sem usar a letra A. Eis o texto:
Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.
Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento.
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.
Crie desafios na sua rotina, provoque-se, atreva-se, estimule-se. A sensação de conquista, de bem estar e de realização após vencer um desafio é a melhor recompensa.
“Pois o triunfo pertence a quem se atreve.” Charles Chaplin
Bem legal este post. Na nossa comemoração de Páscoa vai ter bingo e com certeza um deles vai ser de cabeça para baixo.Bjks Edma
ResponderExcluirIsso! Vamos nos desafiar! Bjs
ResponderExcluir