domingo, 27 de setembro de 2015

Pertencendo à Terapia Ocupacional

Érima de Andrade

Uma das necessidades básicas do ser humano é pertencer.
Pertencer e se identificar com um grupo é tão necessário ao ser humano quanto para a maioria dos animais. É por isso que nos unimos e formamos famílias, tribos, torcidas, grupos e até gangues.

Queremos sentir que fazemos parte de algo maior, queremos estar acolhidos e protegidos, e pertencendo as coisas do mundo.
Eu pertenço a algo e me sinto bem e muito seguro neste algo. É uma sensação agradabilíssima: pertencimento. Fazer parte é tudo de bom!

Essa semana me senti de novo pertencendo. Quer dizer, sempre me senti pertencendo,
internamente sempre fiz parte, mas essa semana foi especial, eu vivi o pertencimento e a identificação.

As sensações vieram juntas: pertencimento, identificação, completude, e a certeza de que escolhi o caminho certo, com a convicção de que eu quero sim isso pro resto da minha vida.

Estou falando da terapia ocupacional. Se você conhece algum terapeuta ocupacional já ouviu a queixa recorrente: terapeutas ocupacionais sofrem de solidão. É fato, sofremos mesmo. São raras as equipes que contam com mais de um terapeuta ocupacional.

Claro que fazer parte de uma equipe multiprofissional é tudo de bom, mas estar entre os seus é maravilhoso! Há quanto tempo não me acontecia de informar: “vou fazer uma palestra sobre neuróbica”, e não precisar explicar o que é!!!!

Ou falarmos das nossas soluções sem precisar explicar, detalhadamente, como chegamos nelas! Nós sabemos! Fazemos esse mesmo caminho na nossa prática diária. A conversa flui fácil, gostosa, leve.

Por favor, se você não é terapeuta ocupacional, não se ofenda. Temos o maior prazer de explicar tudo, de divulgar nossa profissão, de mostrar os caminhos que escolhemos, mas falar sem precisar explicar é como voltar para casa.

Me senti como se estivesse morando há anos no Japão e de repente ouvi alguém falando português perto de mim. É muito bom!

Sim, eu quero ser terapeuta ocupacional o resto da vida, mas também quero encontrar sempre com T.O.’s que trabalham em saúde mental. E conversar, e aprender, e trocar, e crescer sempre. Parafaseando os espíritas, progredir sempre, tal é a lei!Eu quero!

E Cíntia Schwab, uma terapeuta ocupacional porreta, como se diz lá na Bahia, tem energia, disposição e criatividade para nos juntar. Fazer um curso com ela é viver a terapia ocupacional no que ela tem de melhor, o olhar sobre o outro, o cuidado para respeitar limites, a abertura para ouvir, a disposição para trocar, tocar e transformar.

Juntar é o verbo certo, turma pequena, mas com terapeutas de todos os cantos do Brasil. Vários sotaques, e mesmo assim, a mesma língua. Ô coisa boa!!!!!!

Meu sentimento agora é de gratidão. Alma renovada, mente aberta, sentimento pleno, corpo feliz, socialmente integrada. Todos os aspectos da saúde plena nutridos e satisfeitos.

Obrigadas queridas da turma de modulação sensorial. Obrigada Cíntia. Obrigada a todo mundo que tornou possível minha participação.

Sou bem feliz porque sou T.O.

4 comentários:

  1. Fico feliz por v/c de saber o que quer e como quer seguir ... Parabéns !!

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  2. Que lindooooo!!!
    Só você mesmo pra escrever com tanta sensibilidade, Érima!!!
    Obrigada por ter compartilhado suas experiências conosco!!! Ter o apreço de alguém do seu quilate é especial!!!
    Muito obrigada por ter confiado em mim ao decidir participar deste curso!
    Você é demais!!!
    Beijo enorme!!!

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Vou ficar feliz com seu comentário. É muito bem vindo!