domingo, 5 de abril de 2015

Atitudes

Érima de Andrade 

Já aconteceu de você ter “decidido” fazer uma coisa, e mesmo tendo certeza que era o melhor a ser feito, você não conseguir?

Pode ser uma dieta, a melhora num relacionamento, uma mudança no estilo de vida,
qualquer coisa que você tenha colocado como objetivo, mas que nunca alcançou.

Saiba que você não foi à única pessoa a passar por isso, pois é bem comum... Não bastam nossas boas intenções, muitas vezes raciocinadas, temos que decidir também emocionalmente.

Para alcançarmos nossos objetivos, nossas emoções e nosso intelecto tem que estar de acordo, senão a auto sabotagem é certa.

Como suas emoções sabotam seus planos?
Fácil. Basta pensar na sua vida e ver quantas vezes você se sentiu cansada na hora de estudar, quantos brancos você teve na hora de apresentar um trabalho, quantas vezes se “premiou” com um docinho no fim do dia por ter passado o dia inteiro de dieta. Essas são algumas sabotagens das suas emoções.

E seu intelecto, como ele lhe sabota? Lembra daquela festa que você estava doida para ir, se planejou, se arrumou, e chegou lá não teve coragem de interagir, de dançar, de conversar, porque uma vozinha dentro da sua cabeça ficava insistentemente dizendo “para, você está ridícula, estão todos olhando para você, você esta parecendo uma palhaça” e sabe-se lá de que outras coisas você se acusa. Isso é o seu intelecto sabotando a sua diversão.

Não tem jeito, se você quer que suas atitudes sejam da direção dos seus objetivos, intelecto e emoção tem que caminhar juntos.

Para isso é preciso se conhecer, se auto observar, olhar para você sem julgamentos, de uma maneira amorosa visando descobrir o que sente ou pensa em cada momento.

Você sabe, você colhe tudo o que planta. Mas é possível, através do autoconhecimento, tomar consciência do que você tem plantado, e isso é feito através da consciência do que você tem colhido. Colhemos aquilo que plantamos, observe a sua colheita, pois esse processo de plantio e colheita vai permitir a expansão da sua consciência. Uma vez consciente da sua colheita, você pode tomar consciência das sementes que tem plantado por aí, e escolher não plantar mais.

Por exemplo, o que passa na sua cabeça na hora de pegar um docinho num dia de dieta? O que faz você jogar fora um dia inteiro de mudanças alimentares? Por que o “prêmio” de ter conseguido precisa ser algo que invalide todo o seu esforço? Olhe-se com sinceridade, sem julgamento, apenas com curiosidade e interesse em descobrir o que provoca a sua auto sabotagem.

Uma vez descoberto o que lhe faz agir assim, você pode mudar. A consciência é o primeiro passo na sua transformação.

Então todas as vezes que suas atitudes estiverem levando você para longe dos seus objetivos, pare, e se observe, pergunte-se, o que eu estou plantando agora? Respire nesses momentos e com a mente clara decida qual o caminho que você quer seguir, o que vai levar aos objetivos, ou o que vai lhe deixar no mesmo lugar?

Você sempre tem escolha. O caminho é bem simples, mas não significa que é fácil. Você se habituou a uma maneira de agir, e sempre que estiver menos consciente do que está fazendo, o hábito vai lhe levar pelo caminho de sempre. É assim mesmo. Às vezes você vai perceber, “ih, fiz de novo”, depois talvez comece a perceber “estou fazendo de novo”, e por fim poderá parar antes de começar. É um treino de atenção plena. Mas é um treino amoroso de atenção plena. Nada de pegar o chicotinho e se martirizar por não conseguir. Trate-se sempre com carinho, com amorosidade, e você vai ver que suas atitudes vão estar sempre a favor dos seus objetivos.

Que nessa época de Páscoa, que somos envolvidos pela energia de renovação da festa cristã, você possa decidir se conhecer.

E se precisar de ajuda, conte comigo.

Bom feriado!

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