Érima de Andrade
Somos seres sociais, temos necessidade da vida em sociedade, buscamos pertencer a um grupo.
Somos seres sociais, temos necessidade da vida em sociedade, buscamos pertencer a um grupo.
O site Só Biologia, www.sobiologia.com.br, explica que uma “sociedade é composta por um grupo de indivíduos da mesma espécie que vivem juntos, de forma permanente e cooperando entre si.”
Diferente das abelhas e das formigas, que nascem sabendo qual o seu papel na sociedade, nós precisamos descobrir como cooperar na sociedade que vivemos. Como elas, também visamos, com a cooperação, a sobrevivência da espécie e da comunidade.
Mas estamos aprendendo a cooperar? Estamos ensinando aos nossos filhos a cooperação?
Tenho atendido cada vez mais adultos no consultório que se percebem socialmente inábeis. São pessoas totalmente voltadas para seus próprios mundos. Não sabem o que fazer, como agir, como se portar ou falar, quando estão num grupo diferente do seu grupo de pessoas conhecidas. São adultos com baixíssima resistência a frustração. Ou é da maneira deles, ou se fecham para as relações.
Como fez falta a esses adultos brincar na infância. Foram crianças responsáveis, inteligentes, com muita coisa para aprender e estudar. "Brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde", dizia Donald Woods Winnicott. “Os jogos e as brincadeiras infantis, além da competição, propiciam o desenvolvimento da imaginação, o espírito de colaboração, a socialização e ajudam a criança a se adaptar melhor ao mundo.”
Cristiane Montenegro Rondelli escreveu: “Os diversos conflitos sociais que testemunhamos na sociedade apontam a deficiente saúde social da humanidade. As dificuldades de relacionamentos entre as pessoas, a falta de uma comunicação clara, a insensibilidade em relação às necessidades dos outros e a própria dificuldade em lidar com as emoções afloradas durante os contatos pessoais são sintomas desta deficiência em nossa saúde social.”
E continua: “Estes conflitos, normalmente, se iniciam pela dificuldade dos indivíduos em se relacionar afetivamente, isto é, em identificar e controlar as próprias emoções e impulsos, acabando por dificultar, também, uma convivência saudável, tanto nos círculos sociais restritos, desde a própria família, como em grandes grupos e até entre nações.”
E completa: “O remédio sugerido para a cura desta doença é a inteligência emocional, que favorece um convívio social equilibrado. A homeostase social necessita de um cuidado entre as relações humanas, partindo do indivíduo, que deve desenvolver as habilidades para se motivar e persistir frente a frustrações; canalizar as emoções para situações apropriadas; praticar gratificações e incentivos; motivar as pessoas, ajudando-as a liberar seus melhores talentos e conseguir seu engajamento a interesses comuns. Todas essas habilidades se referem à inteligência emocional e vão possibilitar a saúde social.”
O Instituto Hoffman Internacional propõe “curar o mundo curando uma pessoa de cada vez.” E cada um que se esforce para se tornar um ser humano melhor, melhora o mundo como um todo. Qualquer mudança só acontece partindo do indivíduo.
Daniel Goleman destacou cinco áreas de habilidades da inteligência emocional que são necessárias para a saúde social:
“1. Autoconhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre.
2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os à situação.
3. Automotivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca.
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
5. Habilidade em relacionamentos interpessoais.”
2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os à situação.
3. Automotivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca.
4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
5. Habilidade em relacionamentos interpessoais.”
São habilidades que podem ser desenvolvidas por todos nós, em qualquer época da vida. Melhorar, crescer, se desenvolver, é uma escolha. E escolher mudar é apenas o primeiro passo.
Márcia Alves propõe uma reflexão: “Dos relacionamentos que você já teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente você foi modificado para melhor? Será que você é a lembrança doida na vida de alguém? Será que você já construiu cativeiros? Ou será que já viveu em algum? Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a oportunidade de encontrar situações e as pessoas certas? Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas. Perguntar-se é uma maneira interessante de se descobrir como pessoa, pois as perguntas são pontes que nos favorecem travessias.”
Saúde social, vamos investir nessa idéia?
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