quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dengue

Érima de Andrade

Existe uma verdade incontestável sobre a dengue: para ser erradicada, é preciso a ação e atenção constante de toda a população.

Como quem não pegou dengue não se empenha nesse combate tanto quanto quem já passou por isso, pesquisadores têm investido em divulgar estratégias fácies de controle do mosquito, numa tentativa de conquistar a colaboração de todos.

Uma dessas campanhas reforça o compromisso histórico da Fiocruz em colocar o conhecimento científico a serviço da saúde pública, 10 Minutos Contra a Dengue.

Oswaldo Cruz foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Na sua época, organizou batalhões de mata-mosquitos, encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores da febre amarela no Rio de Janeiro.

Hoje o empenho do Instituto Oswaldo Cruz é na informação, para que cada um se responsabilize por manter o seu entorno livre dos criadouros do mosquito.

Cingapura foi capaz de interromper o pico de epidemia da dengue com ações semanais da população dentro de suas residências. É nessa experiência que se baseia a proposta 10 Minutos Contra a Dengue.  

Por que dentro das residências? Simples, o mosquito vive e se reproduz dentro das nossas casas. De acordo com as pesquisas, o ambiente doméstico concentra 80% dos focos.

Por que 10 minutos? Esse foi o tempo considerado suficiente para checagem e limpeza dos locais onde o mosquito costuma colocar seus ovos.

Por que uma vez por semana? Este é o período que o Aedes aegypti precisa para se desenvolver e passar da fase de ovo para a fase de mosquito adulto. Uma rotina de checagem semanal pode interromper esse ciclo e evitar o nascimento de novos mosquitos.
10 Minutos Contra a Dengue é uma campanha que orienta a ficar atento a calhas entupidas, caixas d’água destampadas, ralos com água da chuva acumulada, pratinhos de vasos de planta e a necessidade de colocar baldes e garrafas com a boca virada para baixo.

Pesquisas indicam que os grandes reservatórios, como caixas d’água, galões e tonéis são os criadouros que mais produzem A. aegypti e, portanto, os mais perigosos. É preciso mantê-los sempre tampados.

Mas isso não significa que podemos nos descuidar dos pequenos reservatórios, como garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, entre outros. Esses precisam estar sempre secos.

De uma olhada na sua casa, no seu quintal, na sua calçada e liste todos os lugares que podem ser atraentes para que o mosquito coloque seus ovos. Com essa lista em mãos, comprometa-se a checar e limpar semanalmente esses possíveis criadouros.

Lembre-se que vasos de plantas aquáticas, tanques que armazenam água, bebedouro de animais domésticos, jarras, potes, garrafas, baldes, e qualquer outro utensílio usado para guardar água, precisa ser lavado por dentro usando escova, água e sabão. Nesse ambiente as fêmeas depositam os ovos nas paredes e eles não são eliminados quando esvaziados.

Em seu blog Sonia Hirsh nos conta:

“Por séculos e séculos populações tropicais sobreviveram comendo apenas o que dava no local onde tinham suas aldeias. Nas regiões úmidas, ladeando as grotas, sempre houve fartura de inhame - na Ásia, na África, na América do Sul. Fácil de colher, fácil de preparar e ainda por cima gostoso, o inhame se tornou um dos principais alimentos básicos desses povos.

O que não se sabia é que, durante séculos e séculos, o pequeno e cabeludo inhame estava protegendo as gentes da malária, da dengue, da febre amarela.”

E tem mais:

“Comer inhame continua funcionando para evitar e tratar as doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue. Há algo no inhame, talvez o altíssimo teor de zinco, que neutraliza no sangue o agente infeccioso transmitido pelo mosquito. Diz o povo que é seu visgo que tem poderes. Não se sabe ao certo. A pesquisa científica ainda não se interessou. Mas o inhame ainda está nas feiras e mercados para quem quiser se beneficiar dele. Cru, cozido, amassado, em sopa, em creme, em caldo, batido com água de coco ou como massa de pizza: veja as receitas em www.correcotia.com/inhame . Bom, barato, gostoso. Para quem acredita mais na saúde do que na doença.”

Comer inhame funciona tanto como preventivo, quanto no tratamento e na recuperação da saúde. E ainda é gostoso.

Então, vamos evitar a dengue?

2 comentários:

  1. Mais uma vez, excelente post Érima. Aprendi antes da minha filha mais velha nascer, dentro da Antroposofia, a utilizar inhamne tanto no pré como no pós parto. Também quando ela iniciou a alimentação salgada, o inhame era o principal ingrediente. Todos os meus filhos (nossa são 4) comem agora adultos inhame de todas as formas. Não conhecia essa propriedade defensiva contra a Dengue. Em casa colocamos nos vasos, o pó de café, para evitar a proliferanção do mosquito. E vamos divulgar a campanha 10 mintuos contra a Dengue. Abraço grande, Gisleine M Philot T.O.

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  2. O inhame é mesmo poderoso Gisleine! Com essa ação de faxineiro do organismo, ele auxilia, e muito, nas dores musculares. Eis a receita: uma maçã batida com um inhame e um pouco d'água. É coar e beber. Fica um suco mais consitente de maçã, é muito bom! Bem vinda e obrigada! Érima

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Vou ficar feliz com seu comentário. É muito bem vindo!