domingo, 22 de março de 2015

Feliz por nada

Érima de Andrade

Estou lendo o livro Feliz por Nada, escrito pela Martha Medeiros. É uma coleção de crônicas que ela escreveu para jornais, e bem gostoso de ler. O livro não é meu, peguei emprestado com a minha mãe. Minha mãe tem o hábito de destacar no livro, frases, parágrafos, palavras que chamem a atenção dela de alguma forma especial. E aí, não dá para ler o livro, sem também destacar essas partes no texto. São uma ótima reflexão. Eis alguns trechos destacados:

Falando de Deus: “mãe é sempre um atestado da presença desse cara.” Martha Medeiros

“Se você tem mais de nove anos de idade, já sabe reconhecer uma ironia e entendeu o meu recado: seja gentil, mas não a ponto de perder o tino. Se tiver que ferir suscetibilidades para salvar sua pele, paciência. Atravesse a rua. Desça pela escada. Dê no pé. Sucesso é chegar em casa com vida.” Martha Medeiros

“Vive melhor quem lê a respeito das questões que lhe afligem.” Martha Medeiros

“...uma relação não traz apenas privações, tédio e brigas, mas traz também muita realização, estabilidade, parceria, intimidade, gratificações. Casar é muito bom.” Martha Medeiros

“Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar a magia de se viver um grande amor. Independência não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero.” Martha Medeiros

“Sente-se confortável em qualquer ambiente porque sabe que o dinheiro não torna ninguém melhor do que os outros.” Martha Medeiros

“Mas também sabemos que o poder e o dinheiro nos confinam numa espécie de prisão.” Martha Medeiros

“Um dos sintomas do amadurecimento é justamente o resgate da nossa jovialidade, só que não a jovialidade do corpo, que isso só se consegue até certo ponto, mas a jovialidade do espírito, tão mais prioritária.” Martha Medeiros

“Dores, cada um tem as suas. Mas o que nos faz cultivá-las por décadas? Creio que nos apegamos com desespero a elas por não ter o que colocar no lugar, caso a dor se vá. E então se fica ruminando, alimentando a própria “má sorte”, num processo de vitimização que chega ao nível do absurdo. Por que fazemos isso conosco?

Amadurecer talvez seja descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável, mas que não precisamos nos agarrar à dor para justificar nossa existência.” Martha Medeiros

“...a complexidade humana também é atributo dos que nasceram do nosso ventre...” Martha Medeiros

“Nem sempre temos conhecimento das carências mais profundas daquele que vive sob o nosso teto, e não porque ele esteja sonegando alguns sentimentos, mas porque nem ele consegue explicar para si mesmo o que lhe dói e o que ainda lhe falta.” Martha Medeiros

“Cada vez mais o dinheiro controla os desejos. É importante ganha-lo, pois sem independência não somos donos de nós mesmos, mas para ganha-lo você não precisa perder nada: nem escrúpulos e nem caráter, ou você estará se deixando comprar.” Martha Medeiros

“Não importa a situação: saiu de casa, esforce-se. (...) Dentro da igreja, ajoelhe-se. No estádio de futebol, grite pelo seu time. Numa festa, comemore. Durante um beijo, apaixone-se. De frente para o mar, dispa-se. Reencontrou um amigo, escute-o.
Ou faça de outro jeito, se preferir: dentro da igreja escute-O. Durante um beijo, dispa-se. No estádio de futebol, apaixone-se. De frente para o mar, ajoelhe-se. Numa festa, grite pelo seu time. Reencontrou um amigo, comemore.

Esteja!

Se não quiser participar, tudo bem, então fique na sua: na sua casa, no seu canto, na sua respeitável solidão. Melhor uma ausência honesta do que uma presença desaforada.” Martha Medeiros

“Mas existe verdadeiramente outro rumo? Na verdade, só existe a direção que tomamos. O que poderia ter sido já não conta.” Mario Benedetti

“Aquela farofa que sempre faz falta quando o mundo fica besta demais.” Martha Medeiros

“Mas creio que esse projeto de vida que falta a tantas pessoas consiste justamente no que é considerado pequeno e, por ser pequeno, novo para quem não está acostumado a se deslumbrar com o que se convencionou chamar de “menor”.

Onde é que se encontra o sublime? Perto. Ao regar as plantas do jardim. Ao escolher os objetos da casa conforme a lembrança de um momento especial que cada um deles traz consigo. Lendo um livro. Dando uma caminhada junto ao mar, numa praça, num campo aberto, onde houver natureza. Selecionando uma foto para colocar no porta-retrato. Escolhendo um vestido para sair e almoçar com uma amiga. Acendendo uma vela ou um incenso. Saboreando um beijo. Encantando-se com o que é belo. Reverenciando o sol da manhã depois de uma noite de chuva. Aceitando que a valorização do banal é a única atitude que nos salva da frustração.”  Martha Medeiros

“Perguntas-me qual foi meu maior progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo.” Sêneca

“Não há prêmio ou punição na vida, apenas consequências.” Autor desconhecido

“... lembre-se do que sua bisavó dizia: regue as plantas, regue suas relações, regue seu futuro, porque sem cuidar, nada floresce.

E, por via das dúvidas, confie em Deus, que mal não faz.”  Martha Medeiros

“É comum pensarmos que ao ficarmos parados no mesmo lugar, sem agir, sem mudar nada, estamos assegurando um destino tranquilo. Engessados na mesma situação, é como se estivéssemos protegidos de qualquer possível ebulição que nos inquiete. Sssshh. Quietos. Ninguém se mexe para não acordar o demônio.” Martha Medeiros

“Seja qual for o caminho que optarmos seguir, haverá altos e baixos.” Martha Medeiros


Tenham uma boa semana!!!!!

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