Érima de Andrade
O
melhor de junho são as festas juninas, momento de se fazer
homenagens aos três santos católicos: Santo Antônio, dia 13, São
João, dia 24 e São Pedro, dia 29. São festas tão boas que em
alguns lugares continuam por todo mês de julho.
Festas
juninas são celebrações católicas que acontecem em vários países
e que são historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício
de verão, no hemisfério norte, e de inverno, no hemisfério sul,
que era celebrada no dia 24 de junho. Tal festa foi cristianizada na
Idade Média, se tornando a Festa de São João, e depois passou a
celebrar também os outros santos católicos desta mesma época São
Pedro e São Paulo, e Santo Antônio.
A
nossa festa têm origem em países católicos da Europa, e foram
trazidas para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período
colonial. E desde lá, já havia uma grande influência de elementos
culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses.
Da
França veio a dança marcada que influenciou as quadrilhas. Da China
veio a tradição de soltar fogos de artifício. E da península
Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na
Espanha. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como
centro para a famosa dança de quadrilhas, e é ainda hoje, o traço
comum que une todas as festas de São João europeias, da Estônia à
Portugal, da Finlândia à França.
As
tradições fazem parte das comemorações e hoje em dia, entre os
instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha,
encontram-se o acordeão ou sanfona, pandeiro, zabumba, violão,
triângulo ou ferrinhos, cavaquinho, reco-reco etc. Não existe uma
música específica que seja própria a todas as regiões. A música
é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de
marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.
Todos
estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se
aos aspectos culturais dos brasileiros nas diversas regiões do país,
tomando características particulares em cada uma delas.
Na
região Nordeste, é comum a formação dos grupos festeiros, grandes
ou pequenos, reunidos no arraial, que é um
largo espaço ao ar livre cercado ou não,
usado
nas festas caipiras. Essa festa reúne a comunidade com fartura de
comida, quadrilhas, casamento matuto e muito forró. Geralmente, o
arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e
palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais, acontecem as quadrilhas, os
forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.
Nas
festas do Brasil caipira, ou seja, os estados de São Paulo, Paraná,
Minas Gerais e Goiás e em toda região Sudeste são tradicionais a
realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas
por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas
com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da
quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Se
animou para participar de alguma festa? Então vista o seu traje
“matuto completo” e vá se aquecendo ao som de “Isto é Lá Com
Santo Antônio” de Lamartine Babo:
“Eu
pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
São João disse que não!
São João disse que não!
Isso é lá com Santo Antônio!
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio!
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
São João ficou zangado
São João só dá cartão
Com direito a batizado
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Disse o velho num sorriso:
Minha gente, eu sou chaveiro!
Nunca fui casamenteiro!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio”
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
São João disse que não!
São João disse que não!
Isso é lá com Santo Antônio!
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isto é lá com Santo Antônio!
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
São João ficou zangado
São João só dá cartão
Com direito a batizado
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Disse o velho num sorriso:
Minha gente, eu sou chaveiro!
Nunca fui casamenteiro!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Matrimônio! Matrimônio!
Isso é lá com Santo Antônio”
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